Ser cristã … na violência doméstica!
Gritos, falta de paz, uma dor que
esmaga o coração, alguma irracionalidade… Quem olha para a situação, estando de
fora, acha que a pessoa é desumana e que vive do passado, marcado pela maldita
violência doméstica. Mas não se trata disso. Esta mulher que está alterada só
demonstra que está apavorada por ver que, perto da saída da prisão do seu
agressor, ele mantém aquela chantagem psicológica, aquele dedo acusador mas tão
angélico para os outros… E, claro, usando para isso os próprios filhos… Afinal,
há maneira melhor do que esta para violentar uma mulher?
Olhando para esta situação concreta ou
até para outras mais graves, como é que a vítima, sendo cristã, pode reagir?
Jesus pede-nos para amar e perdoar. E assim deve ser, embora não esqueçamos que
tanto o amor como o perdão não dependem da nossa força, mas da graça de Deus.
Devemos pedir essa graça e pedir que as chagas de Jesus curem as muitas feridas
do coração, da mente e até do corpo. Mais: humildemente deve-se aceitar que a
cura pode levar muitos anos…
Mas, perante um caso de violência
doméstica, em que a própria vida pode estar em perigo, como se pode fazer isto?
A resposta está na prudência, como Jesus nos ensina (Mt 10, 16).
Deve-se orar pelo agressor, procurar a graça do perdão, mas sabendo que a
aproximação não é possível. Infelizmente, está provado que quase 100% dos
agressores voltam a fazer o mesmo, nem que seja de forma subtil, sem deixar
marcas físicas.
Jesus quer-nos dar, já aqui, vida e
vida em abundância (Jo
10, 10). Perdoar ajuda-nos a ser mais felizes, a curar mais depressa as
feridas, a viver em paz. Afastar-se o quanto possível do agressor é também
viver em paz, sem ter medo de abrir a boca ou de ser agredida… É preciso
conjugar amor, perdão, prudência.
PS: O exemplo é de uma mulher, mas
podia ser de um homem. A violência doméstica afeta mais as mulheres, mas os
homens também são vítimas. LINHA
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