terça-feira, junho 26, 2007

Não dá para entender!

Cada vez entendo menos esta sociedade. Agora, não há taxas moderadoras para as mulheres que querem fazer um aborto voluntariamente! Compreendo que não haja em casos de risco de vida. Aí estamos perante situações delicadas. Mas, nos outros, em que a mulher aborta voluntariamente, sem estar a correr qualquer risco?

Não consigo compreender uma lei destas ao olhar para situações como as que vi há pouco tempo num hospital público e central. Uma senhora precisava de um determinado medicamento e só o teve, porque a filha o foi buscar a uma farmácia fora daquela unidade de saúde. Já para não falar que não há comparticipação em muitos medicamentos ou, pelo menos, não há a devida comparticipação. Quer dizer, para se fazer uma TAC, o pedido tem de ir para o director do centro de saúde, e só depois de ele aprovar é que podemos fazer o exame, e nestes casos facilita-se tudo. Por favor, uma coisa é uma mulher em risco de vida e que precisa mesmo de abortar, outra coisa é uma mulher que vai abortar porque quer pensar primeiro na carreira! Aí a escolha é dela. Não está em risco de vida, para ter estas regalias que deviam ser dadas a doentes que estão mesmo com falta de saúde. Isto não faz sentido nenhum!

domingo, junho 24, 2007

Os livros que me marcaram

Mais um desafio do meu amigo do http://abrigodossabios-paulo.blogspot.com/ . Desta vez, pediu-me para falar sobre livros. Vou deixar-vos com alguns que me marcaram especialmente.


Bíblia Sagrada - É inevitável não falar da Palavra de Deus. Infelizmente, nem sempre se sabe ler a Bíblia. Tem-se o preconceito de que é um livro diferente, onde tudo é lido à letra. Pois é, mas a Bíblia, tal como outros livros, contém imagens, parábolas, expressões, usos e costumes e deve ser lida, como é normal num livro, de forma integral e contextualizada. E, sem se perceber o Novo Testamento, dificilmente se percebe certas passagens do Antigo Testamento. Com Jesus a lei foi aperfeiçoada. E, claro, trata-se de um livro de fé. O amor por Deus e pelo próximo não se consegue exprimir sem adjectivos, comparações, etc. É uma sensação demasiado boa para falarmos sem sentimento.


Meditações sobre a Fé de Tadeusz Dacjczer, editado pela Paulus - Quem olha para o título, pensa que se trata de algo muito teológico, próprio para teólogos. Enganam-se! Este foi dos melhores livros que já li sobre religião. Numa linguagem simples e acessível, fala-se de Deus como Pai, Amigo, Confessor... enfim como Alguém que não é nenhum ditador. Infelizmente, esta ideia ainda existe na nossa sociedade.


O Príncipe e a Lavadeira de Nuno Tovar de Lemos sj, editado pela Tenácitas - Este é outro livro extraordinário que fala das questões mais pertinentes da fé de uma forma muito simples. É admirável a forma como o autor fala das questões da Fé.


O Preço de Uma Criança de Marie-France Botte e Jean-Paul Mari, editado pela Terramar - É um livro chocante, mas que conta a história real de uma voluntária de uma ONG que deixou o seu mundo de conforto e partiu para o mundo da prosituição na Tailândia. Tem passagens muito fortes, mas mostra o mundo terrível da pedofilia, um mundo que devemos conhecer cada vez melhor.



E, agora , passo o desafio a outros amigos:


http://laboratoriodafe.blogspot.com/

http://sede-de-deus.blogspot.com/

http://derrotarmontanhas.blogspot.com/

quarta-feira, junho 20, 2007

O Amor e a entrega total

Amor, Amor… O meu amigo do http://seguirjesus.blogspot.com/ pediu-me para falar de Amor.

Podia falar de muitos tipos de amor. Mas, vou falar do amor total a Deus de certas pessoas. Não quero menosprezar os actos de fé e de amor de todos nós, mas há um amor que me deixa arrepiada e que me sensibiliza bastante. O dos missionários que saem do seu país. Acho que o que aconteceu com eles foi o mesmo que aconteceu com o rapaz rico que perguntou a Jesus o que devia fazer para O seguir. Depois de mostrar que seguia os mandamentos, Jesus pede-lhe para deixar todas as riquezas (materiais e não só) e segui-Lo. Só que ao contrário desse rapaz, os missionários disseram ”Sim”

Não os quero tratar como heróis. Aliás, nem eles gostariam, afinal partiram porque receberam de graça e de graça querem dar, como nos pede Jesus. Mas, não consigo deixar de pensar nesta entrega total a Jesus. Eles partem das suas terras, deixam a família e os amigos (quantas vezes têm problemas familiares por não aceitarem a sua escolha), deixam o seu conforto, enfrentam muitas vezes perseguições e muitos tormentos, têm dificuldade em se adaptar ao clima, ficam doentes em locais onde nem sempre há grandes condições... Não é exagero. Em certas zonas, os cristão são perseguidos, presos e torturados. Isto ainda acontece em muitos países.

Tudo por amor a Jesus. E, por mais dificuldades que têm, mais amam a Jesus e mais O louvam. Não vamos olhar para eles como heróis, mas olhemos para o exemplo deles e vejamos a luz de Deus Pai nos seus rostos e nos seus exemplos. É impossível não haver um certo clique cá dentro de nós... Não acham?

Passo o desafio a:


http://confessioxxi.blogspot.com/


http://caminhandoaoencontro.blogspot.com/

http://fontez.wordpress.com/

domingo, junho 17, 2007



“Se estamos à espera de uma época melhor e de meios mais fáceis, desceremos ao túmulo sem ter feito coisa alguma.” (in S. Daniel Comboni, cartas).



Esta frase faz-me pensar. Não apenas por causa da campanha do Darfur.

Por causa de tudo. Jesus pede-nos para não enterrarmos os nossos talentos.

Será que estamos a enterrá-los a maior parte do tempo?

Será que estamos a deixar muita coisa para amanhã?

quinta-feira, junho 14, 2007

Para mim não faz sentido!



O Vaticano exorta os católicos a não ajudarem a Amnistia Internacional (AI) por dizer que esta organização humanitária é a favor do aborto.

Não consigo deixar de sentir indignação por isto, apesar de ser católica. Também sou contra o aborto, mas isso não significa que agora passe a não ajudar a Amnistia. Relembro que a campanha do Darfur inclui também esta organização. Não digo isto apenas por causa do Darfur. Simplesmente não concordo com esta atitude. Para mim, isto é o mesmo que dizer não ajudem ou não falem com quem é a favor do aborto.

Compreendo que peçam para que não nos envolvamos numa campanha sobre o aborto. Mas, isso não significa que não ajudemos esta instituição noutras campanhas.


Já sabem, a AI lançou o http://www.eyesondarfur.org/. Conheçam melhor o drama do Darfur e assinem a petição. Estes irmãos em Cristo precisam de toda a ajuda.

terça-feira, junho 12, 2007

Em Timor conseguimos. E no Darfur?

O genocídio continua no Darfur. Já se fala numa catástrofe pior do que o Ruanda.
É preciso agir! No terreno temos várias organizações que tentam ser uma gota de água no meio de tanta tragédia. Cá, em Portugal, e um pouco por todo o mundo tentamos ajudar através de campanhas que informem e sensibilizem as pessoas para o que está a acontecer a este povo.
Toda a ajuda é precisa. Em Portugal, ainda estamos no início de uma campanha que visa informar, sensibilizar e fazer com que cada um de nós possa agir em prol dos direitos do povo sudanês. Se tiver ideias ou se se quiser juntar à campanha, basta ir a http://plataformafrica.blogspot.com/.

Quando foi a campanha de Timor, no início, a maioria da pessoas não acreditava que se pudesse fazer alguma coisa. Mas fez-se. Ainda ontem, nas comemorações do 10 de Junho, o presidente timorense, Ramos Horta, agradeceu a Portugal por ter contribuído massivamente para que Timor se tornasse numa democracia.

E se fosse connosco? Não gostaríamos, de certeza, que silenciassem o nosso sofrimento.

quinta-feira, junho 07, 2007

Não tenhas vergonha Daquele que Te ama tanto

Neste dia em que celebramos o Corpo de Cristo, lembrei-me de uma questão que sempre me fez pensar.


Conheço várias pessoas que vão à missa, rezam, têm os sacramentos, casam pela Igreja, baptizam os filhos, mas têm vergonha de dizer que são cristãs quando estão junto de pessoas que não acreditam em Deus. Não quero censurar. No início também tive vergonha. Uma vergonha que me fazia sentir muito mal, mas que teimava em continuar dentro de mim. Felizmente com muita oração e com a ajuda de outras pessoas cristãs, deixei de ter vergonha e hoje digo sem medo que amo o Pai. Podem gozar comigo, podem rir-se, mas não quero saber. Afinal, feliz daquele que for perseguido em nome de Jesus, nao é verdade?


Só quero deixar esta mensagem. Se tens vergonha de ser cristão, de acreditar em Deus, entrega essa dificuldade ao Pai. Ele vai-te ajudar. Ele é nosso Pai. Vamos ter vergonha do Pai que nos ama tanto e que nos atura tanta asneiras? Não vale a pena...

segunda-feira, junho 04, 2007

E quem não ouve?
Estou de volta à vida activa, graças a Deus. Hoje gostaria de partilhar convosco uma preocupação que já tenho há algum tempo.


Quando assisti à missa em casa, reparei que havia tradução em linguagem gestual. Se há na televisão porque não há nas nossas missas na igreja? Nem que fosse apenas numa das cerimónias. Aliás, na missa e noutros encontros. Há outras religiões que têm sempre alguém a falar em linguagem gestual. Para mim, parece-me uma grave lacuna. Afinal, os surdos-mudos também têm direito a ir à igreja e saberem o que é que o padre está a dizer...