quarta-feira, setembro 26, 2007


Por Amor... Uma Carta


Sim, eu sei que já falei muito do Darfur! Mas, se o faço é porque estamos perante uma tragédia humana que precisa de ter um fim.

Por iniciativa do - Jovens e Missão - e do - Eu estou aki - , convidamo-vos a escrever uma carta pelo Darfur. Esta carta será entregue à Presidência da União Europeia, tal como a petição que está e curso. O lema é "Por Amor... Uma Carta!".

Podem enviar por correio ou por mail. Aqui ficam os contactos.

CVJ – Missionários Combonianos Areeiro3030-168 Coimbra

Mail: jovemissio@gmail.com

Mais informações em - http://www.pordarfur.org/

Este povo merece! E precisa muito da nossa ajuda! Vamos escrever?

segunda-feira, setembro 24, 2007

Onde cais sementinha?


Nesta passagem bíblica http://www.paroquias.org/biblia/?c=Lc+8 (Lc 8, 4-15), Jesus fala-nos de como a semente nem sempre dá fruto. Provavelmente já ouvimos esta passagem muitas vezes, mas é inevitável não falar dela hoje em dia.

Numa sociedade em que vivemos à espera de resultados rápidos, ganhamos dentro de nós uma impaciência que não se pode conjugar com a Vontade de Deus. Não falo apenas nas coisas do trabalho, dos estudos, da família ... Falo também de quando partimos em missão e tentamos ser uma gota de água no meio do sofrimento. É normal que, perante a dor, queiramos ver os frutos rapidamente. Mas, isso não acontece. O mesmo acontece quando se fala de Cristo e do seu exemplo que é tão universal. Quem o pratica realmente, vê que até quem não acredita em Deus ou professa outra religião, reconhece que se trata de um exemplo louvável. Mas, isso não significa que o vá pôr em prática...

Só que, como nos diz esta parábola, a semente lançada nem sempre dá fruto. Depende do estado do terreno. E, nós, vivemos nesta impaciência para ver os frutos? E, já agora, depois de lermos a parábola, onde cai a nossa semente? O nosso terreno é bom? O que podemos fazer para que o terreno receba a semente para dar fruto?









terça-feira, setembro 18, 2007

Cuidado com os "mestres bruxos" !
Vou falar-vos de ... bruxaria. Não é um tema muito fácil, envolve muita coisa, mas acho que é importante falar disto. Ainda este fim-de-semana passou uma reportagem num dos canais onde a polícia alertava para as muitas burlas que andam por aí. Aliás, basta andar de metro, para recebermos à saída um papelinho com um "professor" ou "mestre" que trata de todos os problemas. Amor, dinheiro, saúde, problemas espirituais.... O lema é páre de sofrer... a troco de uns euros.

Esta questão preocupa-me. Conheço quem viva viciado nestas pessoas. Não dão um passo sem irem perguntar se podem ou não fazer isto ou aquilo, o que é que vai acontecer... Chegam ao ponto de lhes aparecerem borbulhas, por causa do que se vem a confirmar como uma alergia, e acharem que o mal está com elas.
Não censuro. O desespero, a falta de conhecimento da Palavra de Deus, a falta de pôr em prática o que Jesus nos ensinou, leva muita gente a cair na armadilha. Na reportagem falavam de produtos que levam as poessoas a ficarem como que anestesiadas enquanto são roubadas, bolas de ténis usadas debaixo do braço do "bruxo" para que o sangue não circule tão facilmente e provoque certos sintomas que eles chamam de "incorporar o espírito". Psicologicamente influenciam a pessoa das mais variadas maneiras. Com imagens de santos, de Cristo, de Nossa Senhora, associando à bruxaria técnicas de medicina alternativa, como forma de credibilizarem o que fazem.

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Não precisamos dessas pessoas. Temos é de saber esperar e aceitar a vontade de Deus, que não tem de ser a nossa, mas que é sempre a melhor. É preciso conhecer mais e mais a Palavra de Deus, rezar, ir à Eucaristia e entregar nas mãos do Pai a tendência que se possa ter para ir a esses lugares. Não se vai parar de sofrer. Vai-se sofrer ainda mais. E porquê? Porque a pessoa vai-se iludir, criar falsas expectativas e achar que vai parar de sofrer. O sofrimento só acaba na vida eterna.
Cá, temos de carregar a cruz. "Não é o discípulo mais do que o seu mestre, nem o servo mais do que o seu senhor" (Mt 10, 24). Se Jesus sofreu, nós também sofremos. Mas, Ele está connosco até ao fim dos tempos (Cfr. Mt, 28, 20) e diz-nos: "Não temais, pois, mais valeis do que muitos passarinhos. Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus." (Mt 10, 31-32)
Confiemos mais na mão de Jesus.

segunda-feira, setembro 17, 2007

É um genocídio! É preciso gritar mais alto?


Para mim, um dos pontos altos da concentração pelo Darfur foi quando pusémos a venda nos olhos, enquanto ouviamos uma reflexão sobre o que se passa na região. Naquele momento deu-me vontade de chorar. Chorar por todas aquelas pessoas que estão a sofrer os maiores horrores que se pode cometer a um ser humano. E, infelizmente, não é exagero, não é drama. A ONU já disse: "É genocídio". A própria ONU considera o Darfur como a maior tragédia humanitária deste século.


Mas também senti vontade de chorar por ver que é tão difícil passar a mensagem que existe um povo a ser alvo de um genocídio e que precisa de toda a ajuda. Estou na campanha, como sabem. Sinto uma revolta muito grande quando vejo que é tão difícil passar a mensagem, principalmente junto dos media. Passaram várias notícias pequenas em várias publicações. Mas, onde está a televisão? Dos canais portugueses apenas um apareceu. Mas, também não passou notícia nenhuma, a não ser online. Pior, a Meia-Maratona teve como lema o Darfur. A reportagem que passou nem sequer disse isso.


Felizmente, tanto na concentração como na Meia-Maratona, conseguimos informar muitas pessoas e ter muitas assinaturas.


Mas, não basta dizer que se está perante um genocídio? Estamos assim tão anestesiados, a olhar para o nosso umbigo, que não consigamos ver que estas pessoas estão a sofrer? E não me digam que temos de pensar apenas nos que sofrem em Portugal. O amor é infinito. Somos muitos. Podemos dedicarmo-nos aos irmãos de cá e aos de lá.


E sabem o que também me revolta? Saber que ouve tantas vozes de missionários e voluntários que estão no terreno a dizerem "A situação é muito grave! Façam alguma coisa!" e ninguém ter feito nada. Só depois de se ter chegado ao genocídio, é que quem tem poder começou a pensar no que se podia fazer...


Quando é que se vai tirar a venda dos olhos?




sexta-feira, setembro 14, 2007

A Cruz... de Vida
Hoje celebra-se o dia da Exaltação da Cruz, Jesus!
Não somos mais do que o Mestre, do que Tu!
Se fizéste o caminho do Calvário,
também nós o temos de fazer!Não é fácil!
Ninguém gosta de sofrer, mesmo que saibamos
que só permites aquilo que conseguimos suportar!

Mas, como Tu sabes melhor do que nós, o peso da cruz pode ser muito grande. A vida pode ser muito dura. Por nos metermos onde não devemos, mas também por causa da maldade dos outros. A maldade que pode atingir proporções enormes. Nunca maiores do que o Teu Amor, a Tua Misericórdia, é verdade! Este mistério da cruz nem sempre é fácil de entender e de suportar!
Peço-Te que nos ilumines e nos deixes ver o Teu rosto em cada pedaço da nossa cruz. Peço-Te também para que nunca nos esqueçamos que passar pela cruz é carregar a nossa e a dos outros. Nã0 vivemos sozinhos, não somos os únicos a sofrer.
Mas, mais importante que isso, é que Tu também carregas as nossas cruzes. Essa é a razão pela qual te pedimos, muiras vezes sem termos consciência, "Dá-nos a Tua Paz!". Uma paz que só se consegue se pensarmos nos outros e deixarmos que Tu nos ajudes a carregar a cruz e a fazer o caminho que nos conduz à felicidade (aqui e na vida eterna).

Afinal, como dizia S. Daniel Comboni,
o grande defensor de África
e que sofreu tanto:
"As grandes obras nascem e morrem na Cruz!".


quarta-feira, setembro 12, 2007

Concentração pela Paz no Darfur
Voltando a falar-vos do Darfur... Este domingo celebra-se o Dia Internacional do Darfur.
Como forma de se chamar a atenção para o drama humanitário que se vive na região, vai haver concentrações na rua em vários países.

Aqui em Portugal, vai haver uma concentração a pedir a Paz pelo Darfur, no domingo, às 18h, no Largo Camões, Baixa-Chiado, Lisboa.

Tragam uma fita ou tira de pano preto. Têm mais informações em http://www.pordarfur.org/htmls/EElluAyykFYoVPNzcE.shtml . O simbolismo desta “venda” preta é o silêncio da comunidade internacional perante uma situação que já é considerada genocídio pela ONU.

Se puderem apareçam!

segunda-feira, setembro 10, 2007

O tempo de férias já acabou ou está a terminar. Pelo menos para a maioria das pessoas, claro.

Mas, fizémos férias só do trabalho e da escola ou também de Jesus Cristo?


Que tempo é que Te demos?

Continuaste a ser o melhor Amigo na nossa caminhada?

quarta-feira, setembro 05, 2007


Gestos de amor pelo Darfur


A campanha pelo e com o Darfur tem dado bons frutos, graças a Deus. São várias as pessoas que se têm empenhado para tirarem do silêncio o sofrimento deste povo.

Este fim-de-semana vai haver duas iniciativas:

- Vigília organizada pelo grupo de jovens da paróquia de Porto Salvo
Na Igreja da Cartuxa (Caxias - Lisboa), no dia 8 de Setembro de 2007, às 21h.

- Campanha da iniciativa da Elsa do blog Eu Estou Aki ( http://eu-estou-aki.blogspot.com/)
No Retaxo, Castelo Branco, nas Festas em honra de Nossa Senhora da Guia.


Muito obrigado a todos os que estão por esta causa. Se alguém quiser realizar alguma actividade de sensibilização, mande-me um mail para mariajoaogracia@hotmail.com.

No final deste post, deixo-vos com um comentário do Padre Feliz da Costa, o missionário comboniano que se encontra no Darfur com os refugiados. Dá que pensar...

"Sei, de teologia certa, que ninguém pode culpar Deus por esta situação... A culpa desta guerra e dos males que se lhe seguem, não haja dúvida, é só nossa, dos interesses políticos e mesquinhos dos homens. E sei também, de teologia ainda mais certa, que «Deus é amor» e não pode senão amar estes seus filhos e filhas".
Padre Feliz da Costa, missionário comboniano em Nyala, no Darfur


domingo, setembro 02, 2007

Como foi bom voltar, Jesus!


Este sábado voltei ao bairro. Fui convidada para ir a uma oração mariana. Foi, mais uma vez, uma experiência gratificante. Foi óptimo ver crianças a corerrem para mim e a abraçarem-me. Pessoas que olhavam para mim e que me diziam, no seu olhar, "Obrigado por teres voltado. Não mentiste quando disseste que continuavas a vir!". Também conheci novas pessoas e outras zonas do bairro que ainda me eram desconhecidas.


Desta vez fui sozinha. Foi um momento maravilhoso quando entrei. Sentia a Presença do Pai. Naquele momento sentia-me a quebrar a barreira do preconceito e a abrir as portas para a Luz de Cristo. Durante anos sempre ouvi que nunca nos devíamos aproximar do bairro. "É perigoso!" - diziam-me. Mal lá pus os pés lembrei-me de como devo agradecer ao Pai por me tirar as escamas dos olhos, chamadas preconceito.


Foi muito bom. O problema é mudar o preconceito em meu redor. Vai levar mais tempo. Tenho de ter paciência. Antes de ir lá tive de levar com o alerta: "O quê? Vais sozinha? Para aquele bairro?".


Mas, o Pai é grande e lá fui. Obrigado, Abbá! Nunca deixem de praticar o amor do Pai! Por mais difícil que seja... Afinal, enfrentamos tantas coisas por objectivos mais superficiais, porque não haveremos de ultrapassar palavras, gestos, atitudes menos boas (nossas e/ou dos outros)... para irmos ao encontro do nosso irmão em Cristo que precisa tanto de nós?