quarta-feira, março 28, 2007

A Misericórdia de Deus é Infinita

O ser humano tem uma tendência terrível para achar que os outros estão perdidos e que jamais poderão encontrar Deus. És toxicodependente? És prostituta(o)? És alcoólico? És leviano? Só vives para ti? Não acreditas em Deus? Muita coisa serve para se dizer a famosa frase: "Está perdido!".

Não sei o que pensam, mas eu não acredito neste discurso catastrófico. Como cristã não quero acreditar, porque, como diz a Palavra de Deus, "Eu não vim chamar os justos e, sim, os pecadores arrependidos." (Mt 9, 13) Se olharmos para os exemplos que a Bíblia nos dá e para o nosso próprio dia-a-dia vemos que há muitas pessoas que estavam perdidas, sem rumo e que encontraram Deus. Nem sempre é preciso ser crente desde pequenos.
Afinal, Deus veio para nos salvar a todos ou não?

Para a próxima, quando virmos "um caso perdido" pensemos que é, principalmente, nesse rosto que está Jesus. Por que é essa pessoa que precisa de ajuda. Ao Pai nada é impossível e todos podem ser chamados a segui-Lo, nem que seja já quase no final da vida. A Sua Divina Misericórdia e o Seu Amor são abundantes. Ultrapassam todas as barreiras deste mundo imperfeito. E se pensarmos bem, os maires santos foram pessoas que tiveram vidas consideradas perdidas. Vejam o caso de S. Paulo que perseguia os cristãos e estava presente na sua condenação à morte.

Nesta altura da Quaresma, Jesus relembra-nos que é o"Caminho, a Verdade e a Vida" e que quer dar-nos uma mão. E Ele quer que sigamos o Seu exemplo de Amor e Misericórdia. Santa Faustina relembra-nos isso no seu Diário. Jesus falou-lhe da importância de confiarmos na Sua Dolorosa Paixão. Jesus chegou a dizer-lhe isto: "Quanto maior o pecador, tanto maiores direitos tem à Minha misericórdia" (Diário da Santa Faustina, 723).

Para a próxima, pensemos duas vezes nos casos perdidos e peçamos ao Pai que encha os corações dessas pessoas de Amor e Misericórdia. Penso que seria importante pensar nisto, porque, quantas vezes, não somos nós cristãos a apontar o dedo e a dizer "Está perdido!"...



PS: O Diário de Santa Faustina fala de alguns pedidos de Jesus, como rezar o Terço da Misericórdia, a novena que começa na Sexta-Feira Santa, a Festa da Misericórdia a seguir à Páscoa, entre outras coisas divulgadas pelo Papa João Paulo II. Se quiserem saber mais vão a http://rosariopermanente.leiame.net/devocoes/misericordia.php.

domingo, março 25, 2007

O melhor é não julgares os outros

Um dia, um pai com o filho de onze anos e um burro decidiram ir ao mercado. Mas, para lá chegarem, deviam atravessar quatro aldeias. O pai disse ao filho:

- Monta no burro, que eu vou a pé.

Passaram pela primeira aldeia, e as pessoas, vendo-os, começaram a murmurar:

- Vede, já ninguém se entende:o filho que é mais novo vai no burro, e o pai, pobrezito, vai a pé.

O homem ouviu e disse ao filho:

- Estas pessoas dizem mal de nós. Eu monto o burro e tu vais a pé.

Assim fizeram. Passaram pela segunda aldeia e ouviram as pessoas dizer:

- Ora vejam lá: o pai montado no burro e o filho a pé!

Então decidiram ir os dois montados no burro. Mas, ao passarem pela terceira aldeia, as pessoas murmuravam, dizendo:

- Pobre burro, com todo aquele peso! Já não há respeito pelos animais!

Desceram ambos do burro e foram a pé. Ao passarem pela quarta aldeia começaram a ouvir piadas:

- Que idiotas! Têm burro e vão a pé!

O pai e o filho olharam um para o outro e concluíram que seriam sempre criticados, fosse qual fosse o modo como se comportassem.



Li esta estória na Liturgia Diária. Quantas vezes somos o homem e o filho? E quantas vezes somos as pessoas das aldeias?

segunda-feira, março 19, 2007

E por que não eu?

Nós às vezes nem nos apercebemos como um convite pode mudar o rumo à nossa vida. Comigo foi assim. Em Dezembro passado recebi um convite para participar no Encontro Geral dos Missionários Combonianos. Na altura fiquei um pouco apreensiva. Devo ir? Mas, ao mesmo tempo, Deus dizia-me: “Aproveita esta oportunidade que te dou! Vai! Estou contigo!”. Decidi aceitar o Seu desafio. Levei uma amiga e lá fui.


Mal sabia eu que naquele dia Deus me ia mostrar e dar aquilo de que tanto precisava: a Sua Paz, o Seu Amor, a Sua União num grupo de jovens (dos 15 aos 30) que, como dizem (aliás, agora dizemos) são jovens, cristãos e missionários. Na altura andava triste, a sentir falta de um rumo. Sabia que o Caminho era Jesus, mas o que Ele me tinha dado até aí já não chegava. Precisava de mais. Precisava de viver e crescer muito na Fé e na Missão para espalhar a Boa Nova e para amar a Deus e ao próximo. Graças ao Pai, encontrei esse rumo no Fé e Missão, o grupo de Jovens dos Missionários Combonianos. Um grupo onde se respira Deus e o Seu Amor na oração, na Palavra e na acção missionária.

Ainda estou no início da caminhada, ainda tenho de aprender muito, mas sei que encontrei o rumo. A mensagem que deixo é esta: não desanimem, se se questionam do rumo que estão a levar, se calhar é por que o Pai tem algo mais adequado para vocês. É a altura de Lhe perguntar o que pretende de nós, de O ouvir e de dar o salto. Foi isso que fiz quando fui para os combonianos. Mas, não se esqueçam de uma coisa que é muito importante: não ponham para trás das costas o que vos foi dado até aí. Tudo o que sabem sobre Deus, tudo o que sabem sobre a Sua Palavra, tudo o que viveram foi dado por Ele. Se, nalguma altura, Ele nos pede para mudar de direcção na nossa caminhada espiritual, é por que Sabe que é o melhor para nós. Mais importante que isso: é por que sabe que é lá que somos precisos para ser a Sua Boca, as Suas Mãos e os Seus Pés.

Este mês vai haver outro Encontro Geral de Jovens nos Missionários Combonianos. Se quiseres ir, basta teres entre 15 e 30 anos, levares boa disposição e um coração aberto para receberes Deus. O encontro é no dia 24 de Março em Coimbra e Vila Nova de Famalicão e dia 30 de Março em Santarém. Se quiseres saber mais coisas, basta ires a

Podes também contactar-me através de mail.

Pode ser o teu rumo. Quem sabe? Mas, seja os combonianos ou não, o importante é não cruzares os braços. Reza, pede a Deus para Te dizer onde é que és preciso. Mesmo sendo difícil, espera com paciência, faz silêncio e escuta-O. E nunca te esqueças que Ele prometeu estar contigo até ao fim dos tempos e … AMA-TE MUITO! Não quer saber do teu passado. Simplesmente AMA-TE e quer-te dar a mão para que a vida tenha outro sabor.

quinta-feira, março 15, 2007

Eu creio por amor... não por medo

Costumo conversar várias vezes sobre religião com pessoas que se acham ateias e agnósticas.
E uma das coisas que mais me marca é a ideia feita de que quem acredita em Deus fá-lo por medo. Ou tem medo do Inferno, ou do castigo divino, ou de não conseguir que Deus não lhe dê o que mais quer...

Compreendo a razão de me dizerem isto. Durante muitos anos, a Igreja transmitiu muito a imagem do Inferno e do castigo, assim como outras religiões. Aliás, ainda hoje temos pessoas que vivem a Fé de uma maneira que parece que Deus está com o chicote à espera da mínima falha. Proliferam também por aí muitas religiões que transmitem esta imagem errada de Deus.

Enfim, erros e imagens deturpadas há-de haver sempre. Mas, isso não me impede de dizer que esta imagem de adoração a Deus não faz sentido. Deus não é assim. Ele é Amor e Misericórdia. Jesus Cristo mostrou isso. Ele vivia a pensar nos outros. E era homem. Sofria como todos nós, apesar da Sua condição Divina.

Aliás, há muitas pessoas crentes que vivem o seu dia-a-dia para Deus, vivendo para os outros. Quantos missionários não se deslocam para terras distantes, passando pelas mais variadas dificuldades, para ajudarem quem mais precisa? Ou mesmo no nosso país. Estou a falar de sacerdotes, religiosos e leigos. Todas estas pessoas professam a Fé em Deus e seguem o exemplo de Amor e Misericórdia deixado por Jesus Cristo.

Só quero deixar isto bem claro. Erros das religiões, erros de crentes sempre haverá. Somos seres humanos que erramos. Não é por isto que vou justificar muitas atrocidades que têm sido cometidas em nome de Deus. Obviamente! Só quero dizer que quando acreditamos de verdade, acreditamos por que amamos a Deus e ao próximo. Não por termos medo de castigos divinos.

Só aos 23 anos descobri realmente Deus. Antes acreditava Nele, mas não sabia quase nada de nada sobre Deus, religiões, a mensagem de Jesus Cristo, etc. Não estou a falar como alguém que sempre viveu imbuída nesta tradição de ter uma religião e adorar a Deus. Não! Aliás, questionei tudo e mais alguma coisa. Só acreditava em Deus. Mas, de resto, questionei a bíblia, a religião, enfim... praticamente tudo. E depois de muita busca e dúvida, percebi que o acreditar é amar. Acreditar em Deus é amá-Lo com liberdade. O Seu Caminho só nos leva ao Bem. E Ele só nos pede aquilo que conseguimos dar. Nunca nos pede impossíveis.

Se calhar está na altura de se olhar para quem crê de maneira difrente. E os que crêem de transmitirem mais o Amor e a Misericórdia de Deus.

sexta-feira, março 09, 2007

A Palavra de Deus

A Bíblia é a Palavra de Deus. Todos nós já ouvimos esta expressão vezes sem conta.

Não sei o que pensam, mas eu acredito que assim seja. Claro que a Bíblia é um livro de Fé, com histórias reais, mas também com muitas metáforas e parábolas que têm como objectivo deixar-nos a pensar sobre as coisas da realidade. O próprio Jesus utilizava muitas parábolas para que as pessoas entendessem melhor a mensagem que Ele queria passar.

E vocês? Acreditam na Bíblia? Costumam lê-la?






segunda-feira, março 05, 2007

Dar a mão ... à distância
Estejamos na Quaresma ou não, podemos e devemos dar a mão a quem precisa. Hoje deixo-vos mais um apelo: ser padrinho à distância.

O Centro para a Cooperação e Desenvolvimento aceita padrinhos que auxiliam crianças pobres de África. A ajuda permite dar apoio a nível educacional, com material escolar, assistência alimentar e acesso a cuidados médicos.

Os padrinhos podem, inclusive, ter contacto com as crianças através de cartas ou outros meios. Há mesmo quem se desloque ao país de origem para conhecer pessoalmente a criança e a sua família. Graças ao apoio dos portugueses, já foi possível construir uma escola em Chigamane, Moçambique, e construir dois poços em Macunhe, outra região moçambicana.

Se poderem, aceitem este desafio de mudar a vida de uma criança. Se não tiverem possibilidades, passem palavra. O importante é que não deixemos morrer a chama do Amor de Deus.