Na dor
e na angústia, Jesus fala contigo!
Nesta
Quaresma, mais que nunca, contemplemos Jesus na cruz. Como se fosse a primeira
vez… E deixemo-nos interpelar pela sua Paixão, consolando-O. A melhor maneira
de o fazer é aprender com Jesus como devemos levar a vida, sobretudo no
sofrimento.
Sentados,
em silêncio, recordemos algumas dicas fundamentais para o nosso dia a dia:
1 – Jesus
sentiu vontade de afastar aquele cálice amargo da Dolorosa Paixão e pediu-o ao
Pai. Mas, na mesma oração, disse: “… mas seja feita a Tua Vontade” (Mt
26, 42). E, quando Pedro corta a orelha de Malco, acrescentou: “Não
beberei o cálice que meu Pai Me deu?” (Jo 18, 11) Com isto, o Pai
deu-Lhe toda a força necessária para enfrentar a dor, a agonia, a repulsa pelo
sofrimento e pela morte iminente. Connosco é igual. É preciso orar. De forma simples
e sincera.
2 – Percebendo
que chegara a hora, não se rebelou contra a Vontade do Pai e aceitou a missão
por puro amor e misericórdia. O que não podemos mudar, é melhor enfrentar, em
oração. O truque: o amor e o desejo ardente da Vida Eterna.
3 - Orou
por todos, até pelos seus algozes e assassinos… (Lc
23, 34) E, nós, quantas vezes temos dificuldade em perdoar palavras
mais azedas…
4 – Pensou
na Sua Mãe e no discípulo amado, João, apesar das dores indescritíveis… (Jo
19, 25-34) Será que pensamos no sofrimento que provocamos aos
nossos? Quantas brigas por heranças, às vezes até bem pequenas… Quantas palavras
amargas contra quem nos ajuda, só porque estamos a sofrer…
5 – Ainda
perdoou e deu esperança a Dimas, que, na cruz, se arrependeu dos seus pecados (Lc
23, 42-43). Aquele homem, com os seus crimes, magoou imenso Jesus,
mas Jesus deu-Lhe a salvação. Será que oramos, sem cessar, por quem nos magoa,
pedindo a sua conversão?
O
sofrimento pode ser esmagador, do ponto de vista humano, mas não pode ter a
última palavra. Como Jesus, entreguemos as dores para a salvação de todos, principalmente
dos piores pecadores. Porque esses grandes pecadores até poderemos ser nós
mesmos…