Bendita
dor de cabeça!
É
quarta-feira, final de tarde. O dia foi longo e ainda falta tudo o resto para
fazer em casa. Exausta, com dores de cabeça, stressada e angustiada, olho para
as inúmeras pessoas que saem do Metro e penso: “Meu Deus! Se não fosses Tu, de
que valeria toda esta correria?”
O amor de
Deus transforma, de facto, a nossa vida e está sempre presente, mesmo quando
não O sentimos. Ele deixou-nos essa promessa: “Estarei sempre convosco até ao fim
dos tempos.” (Mt 28, 20)
Aquela
quarta-feira era mais um dia muito preenchido, com muito trabalho, muitas responsabilidades.
O cansaço era tão grande que mal suportava o barulho à minha volta. Só me apetecia
dormir ou ficar em silêncio total… Não podendo fazê-lo, agarrei-me a Jesus e
pedi-lhe força.
Apesar das
dores de cabeça e da confusão mental, Jesus abriu-me os olhos e fez-me ver que aquele
momento era uma bênção. Como? As dores de cabeça foram o gatilho para não
suportar o barulho; seguiu-se a sensação de que, sem Deus, nada daquela
correria valeria a pena. Isto levou-me à oração, a bendizer Deus por dar
sentido à nossa vida quotidiana, a orar por todas aquelas pessoas que estavam à
minha volta…
As dores de
cabeça passaram logo? Não! O cansaço (melhor dizer, exaustão) desapareceu no
momento? Não! Mas ficou a gratidão por um Deus que nos ama infinitamente e que
me ajudou a olhar para o meu próximo e a não me focar tanto nos meus
sentimentos, nas minhas dores…
No final do
dia, quando cheguei finalmente à cama, o amor de Deus reinava, apesar das dores…
Ensina-nos,
Jesus, a louvar-Te em todos os momentos, sobretudo nos mais difíceis, naqueles
em que apenas nos apetece olhar para o nosso umbigo. Ámen.


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