Religião e Política. Ai, Jesus!
Estamos à beira de eleições e uma das questões que surge é: Religião e Política podem misturar-se de alguma maneira? Depende… Passo a explicar: o Estado português é laico (e não ateu, como muitos querem) e, obviamente aplica-se a máxima de Jesus “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 15). Na prática, é preciso haver respeito mútuo e a Igreja – católica ou outra – não deve dizer para se votar em X ou Y. Não pode fazer campanha política. Infelizmente, nem sempre nos portámos bem…
Contudo, esta máxima de Jesus não pode impedir o cristão de se esquecer de quem é: seguidor de Jesus. O seu voto tem de ser coerente com o Evangelho que escuta, medita e proclama. Nos últimos tempos, com a redes sociais, há muitos cristãos a seguirem movimentos partidários contrários ao Evangelho. É demasiado triste! Afinal, seguimos Jesus ou os nossos ideais políticos? O que é mais importante: Jesus ou um partido político?
Não basta ser-se contra o aborto e a eutanásia. Isso é muito importante, obviamente! Ser de Cristo é ser pró-vida. Mas ser pró-vida é também estar contra, por exemplo, o uso de porte de armas por causa do mandamento “Não matarás”. É ser a favor da dignidade dos imigrantes, das pessoas de outras religiões, das pessoas mais vulneráveis, etc. Não sou eu que o digo, mas sim, o Evangelho:
“Não matarás!” (Ex 20, 13): “Não usarás de violência contra o estrangeiro residente nem o oprimirás, porque foste estrangeiro residente na terra do Egipto” (Ex 22, 20)
Jesus deixou-nos o exemplo. “Não ofendais o Espírito Santo” (Ef 4, 30) por causa de partidos políticos. Nalguns casos, é mesmo vender a alma ao diabo…
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