segunda-feira, dezembro 02, 2019


Será que estamos a adorar o padre em vez de Deus? A propósito de umas notícias ...





Há uns anos, Deus deu-me uma lição que nunca mais me esqueço. Ao pé do trabalho tinha uma Igreja, onde costumava ir à Missa quase diariamente. Habituada a um padre mais carismático e alegre na minha paróquia, ali nem sequer havia homilia. Sem coro, a Missa começava e terminava num instante. Inicialmente fez-me muita confusão, mas depois percebi o que Jesus me queria mostrar: Participas na Missa por causa de Mim, Jesus, não por causa do padre ou do coro.


Estou a partilhar isto por causa das notícias de paroquianos que não aceitam a saída do padre para outra paróquia – às vezes é o próprio padre que também não quer sair. Preocupa-me seriamente este tipo de situações. Afinal, somos Igreja por amor a Jesus ou por causa do padre? Será que não estamos a adorar o padre em vez de Deus?



A imagem que se transmite a quem está de fora é de pura desunião. Não é uma imagem de amor e de humildade, mas de discórdia. Lembremos as palavras de Jesus: “Todo o reino dividido contra si mesmo será devastado” Mt 12, 25. Lembremos que Jesus nos diz: “Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” Jo 13, 34-35



Nesta discórdia cria-se o ódio, não o amor. Compreendo que não seja fácil para os paroquianos e para o padre aceitar a mudança, porque criam-se ligações de amizade e, por vezes, até familiares. Mas é a Vontade de Deus que tem de se cumprir, não a nossa, como dizemos no Pai-Nosso.



Que Jesus nos ajude a aceitar a Sua Vontade que, apesar de ser a melhor, continuamos a querer rejeitar a cada dia. E que nas paróquias impere a paz e o amor, apesar das imperfeições próprias de cada ser humano. Ámen.


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