S. José não quis saber se tinha de ser “muito macho” e optou pelo Amor
S. José é um
exemplo para qualquer homem, mas, sobretudo, para qualquer marido e pai. A Bíblia
(Cfr. Mt 1 e Mt2) fala pouco da sua vida, mas esse pouco já é muito, tendo em
conta o exemplo de amor, misericórdia, obediência, humildade, fé...
Confrontado
com a gravidez de Maria, sem saber o que se passava, achou que havia sido
traído. Se fosse outro, denunciava-a, deixava-a morrer apedrejada... Lutava
pela sua boa fama, sem se importar que uma mulher e um filho morressem, sem dó
nem piedade, em plena praça pública...
Mas S. José
não fez nada disso. Não quis saber da honra, da necessidade de ser “muito macho”,
do despeito... E resolveu repudiar Maria em silêncio (Mt 1, 19), deixando que a
“culpa” da gravidez fosse atribuída a ele... Não revela este gesto amor e
misericórdia?
Sendo homem
de fé, aceitou Maria e acreditou que havia concebido sob ação do Espírito Santo,
não querendo saber dos olhares incriminatórios, dos ditos e mexericos, das
infâmias de que seria alvo... S. José mostra que Deus não é apenas uma ideia
para ele, mas realmente Deus, com quem mantém uma relação de amor, alimentada
pela oração, meditação da Palavra, caridade.
Deus, para
ele, não é apenas Aquele de quem ouve falar na sinagoga e que supostamente
exige muitos rituais... E é assim que consegue aguentar todo o sofrimento que
vem após este “Sim”: ver nascer o Filho num estábulo sem condições, ter de
fugir com Ele ainda bebé para o salvar da morte, arranjar emprego para que nada
falte à família no meio de todas as tempestades, continuar a ser um exemplo,
sobretudo para o Filho...
Neste dia da Sagrada
Família de Nazaré, peço a especial benção de S. José sobre todos os homens,
para que não se guiem pelo que a sociedade dita mas pela Palavra de Deus. Ámen.
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