Sim, sou Igreja! Não, não sou pedófila!
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Digamos que apetece dizer isto várias vezes e bem alto: “Sim, sou Igreja! Não, não sou pedófila!” Apetece dizer aquilo que supostamente é demasiado básico face ao estado de evolução do mundo: “lá por que uns fazem asneira, não quer dizer que todos os outros o façam e que compactuem com eles”.
Sim, sou contra a pedofilia, como é LÓGICO! E como é LÓGICO não digo que os padres que cometeram estes actos e os que os esconderam fizeram bem. Reajo como reajo perante qualquer notícia de pedofilia e abuso sexual. É um crime hediondo e as entidades competentes devem tratar do assunto.
Quanto às acusações contra o Papa, deixo aqui estes 3 links. Importantes, mas que não suscitaram grande interesse. Um deles, de um agnóstico, fala do papel importante de Ratzinger na luta contra a pedofilia (fala de documentos históricos). Mas vende mais o que é negro, não é verdade???
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=99580
Não sei se se lembram, mas quem levantou a questão da pedofilia na Igreja foi o Papa nas suas visitas. Esta é um exemplo.
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=99356
Pois! Parece que a carta incriminatória é apenas uma carta padrão, o que revela que o pedido de laicização do padre não foi interposto por casos de pedofilia …
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=99356
Pois! Parece que a carta incriminatória é apenas uma carta padrão, o que revela que o pedido de laicização do padre não foi interposto por casos de pedofilia …
Vejam o comentário de José Manuel Fernandes, agnóstico e que faz uma retrospectiva histórica
Enfim… Ah! O Ministério Público também disse que, relativamente ao padre do Porto, a vítima era … ele próprio. Ah! O que o pregador Cantalamessa disse foi “um amigo judeu disse ….”. Cheguei a ouvir um pivô de um telejornal dizer que o Vaticano dizia que a pedofilia era como o anti-semitismo. De seguida, a notícia mostrava o pregador a dizer que um amigo judeu disse …
Não, não estou a dizer que tudo o que se diz na comunicação social é mentira. Mas que há coisas deturpadas e falsas, há. Veja-se o caso do padre do Porto ou este exemplo do pregador. Com isto quero dizer que devemos ter atenção e ver melhor o que se passa, sem atacarmos a primeira pessoa (da) Igreja que nos aparece à frente.
Por isso, continuo a dizer. Existe pedofilia na Igreja, mas não só na Igreja. Infelizmente é um crime que acontece todos os dias em muitos sítios, ou a pedofilia não fosse uma parafilia, cuja característica é a pessoa não revelar qualquer sinal do que é e exercer actividades com crianças.
Deve-se falar do assunto, mas devemos saber falar.
Não se esqueçam que ao levantar antigos casos, ao falar insistentemente de casos, não estão a atacar apenas a instituição onde acontece esse crime (seja a Igreja ou outra). Estão, acima de tudo, a avivar a memória das vítimas. Não é que elas se esqueçam, mas para elas, a justiça possível neste mundo não se fica apenas pelos tribunais. Também querem viver e não terem medo de ligar a televisão ou abrir um jornal e verem o seu caso exposto constantemente.
Fale-se, denuncie-se, mas atenção: os casos são pessoas com sentimentos.
11 comentários:
Maria João
Que fim de texto tão confuso, nem parece teu.
É lógico que não se pode responsabilizar a igreja apenas pelos "pecados" cometidos por alguns sacerdotes, mas daí a justificar o silêncio cúmplice com o sofrimento das vítimas...
Toda esta mediatização, incómoda e "sufocante", terá sido responsável pela angustiante desorientação que permitiu que alguns crentes promovessem a mediocridade.
Um crime é um crime e o seu autor é um criminoso, seja ele aquilo que for.
Fica bem
Demo
Olá, Demo!
Desculpa, mas no meu texto não refiro em lado nenhum que defendo o silêncio disto tudo em nome das vítimas.
Defendo, sim, o saber falar-se sobre o assunto. Defendo que haja menos mediatização sensacionalista que vai buscar casos antigos, já do conhecimento público, sem pensarem nas vítimas que voltam a enfrentar o seu sofrimento nos media.
Fica bem.
Não se esqueçam que ao levantar antigos casos, ao falar insistentemente de casos, não estão a atacar apenas a instituição onde acontece esse crime (seja a Igreja ou outra.
Também fiquei com a mesma ideia do Demo
"Fale-se, denuncie-se, mas atenção: os casos são pessoas com sentimentos"
"Deve-se falar do assunto, mas devemos saber falar."
Se calhar é melhor lerem também estas partes.
Volto a dizer, eu não digo que não se deva falar do assunto, mas deve ser falado com bom senso, não esquecendo as vítimas.
Julgo que o que a Maria João quer dizer, parece-me claro.
Não resulta nenhuma dúvida quanto a mim que ela condena a pedofilia e que ela acha que a mesma deve ser denunciada.
O que ela refere julgo eu, é que:
Em primeiro lugar a comunicação social se serve de casos antigos, muito antigos, alguns deles já resolvidos e até condenados, tentando passar uma imagem do aqui e agora.
Em segundo lugar jugo que o que ela quer dizer é que provavelmente algumas dessas vitimas seguiram em frente com as suas vidas, (feridas e magoadas com certeza), mas que agora por força das noticias vão reviver o pesadelo que já tinham vivido.
Aqueles que o quiserem fazer estão no seu direito de vir a público contar o que passaram, mas haverá muitos que não quererão com certeza reviver os terriveis momentos que passaram.
Bento XVI tem sido muito calro na condenação e na denúncia de tais casos.
Oxalá assim fosse em toda a sociedade, em que tanto pedófilo é protegido.
Abraço amigo em Cristo
Oi Maria João!
Vejo que estás um pouco aborrecida com isto de andarem sempre a falar da pedofilia dos padres na televisão, mas não te preocupes, mal surja outro tema de conversa e esse logo passa de moda, é como o Haiti, já ninguém fala disso, ou do chile, enfim, agora o que está a dar é o Vulcão e a pedofilia na igreja católica porque vem cá o pápa e tudo, depois cai tudo no esquecimento, não vale a pena esquentar a cabeça por causa disso, como dizem os brasileiros. Eu não sou católica, mas sou cristã, e apesar disso entendo-te perfeitamente, pois as pessoas teimam em ter a mania de meter tudo no mesmo saco. Tenho um amigo padre e nem por isso é pedófilo. Mudando de assunto, o David fez anos, se quiser dê uma saltada lá no blog. Beijinhos
M joao. Fizeste bem em tocar nessa ferida, que fere a Igreja na sua plenitude.Tudo serve para atacar a instituição... mas devagar; A instituição Igreja, nao é nem nunca foi nem será com toda a certeza isto. Cabe-nos o direito a indignação, do que se diz por gente sem escrupulos.
Bj em Cristo e Maria
M Silva
Infelizmente, quase que é uma cabala contra a Igreja (instituição) no entanto, seja na igreja ou noutro local qualquer, pedofilia É pedofilia.
É surpreendente que um grande número de crentes manifeste sentimentos de indignação pelo facto de serem divulgados actos de pedofilia no “clã” eclesiástico que, assumindo uma postura de vitimização, promoveu a versão do “ataque” ou “investida” dos infiéis, ignorando que as verdadeiras vitimas são crianças e jovens abusados por sacerdotes.
A responsabilidade de toda esta mediatização ficou a dever-se á crise moral e de valores que atingiu a igreja. Afinal que moral poderá ter “a tribo” que conhece abusos sexuais de menores na sua própria organização e opta por fechar os olhos, raramente punindo os agressores?
A duplicidade está geralmente associada a estratégias de auto promoção e toda esta histeria por parte dos crentes revela isso mesmo.
Aonde estavam todos estes “indignados” guardiães da moral e bons costumes quando a igreja condenou [excomungou] a mãe e o médico da menina brasileira de 9 anos que abortou, depois de sucessivamente violada pelo padrasto? Ou será que aplaudiram?
Por favor, sejam coerentes e racionais.
Darius
Darius
Histéricos são aqueles que julgam que por causa dos pecados de alguns membros da Igreja a podem atacar no seu todo e servindo-se de uma comunicação social ao seu serviço tudo fazem para, interpretando à sua maneira tentarem acabar coma Igreja que é o único e final bastião da moral e dos valores, contrariamente aquilo que disse.
Não foi a Igreja que perdeu a moral e os valores, mas sim esta sociedade europeia que se afasta da verdadeira vida, para viver apenas a cultura da morte.
Mas a Igreja não é dos homens, e como tal nenhum homem Lhe pode dar fim.
Quanto ao caso do Brasil é melhor documentar-se e perceber bem o que aconteceu.
Finalmente, eu pessoalmente não responderei a mais nenhum comentário deste tipo, (não estou em "minha casa"), por todas as razões, e também porque não alimento polémicas destas.
Mas rezo por si.
Um abraço em Cristo
Concordo exatamente....
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