domingo, dezembro 29, 2019


S. José não quis saber se tinha de ser “muito macho” e optou pelo Amor





S. José é um exemplo para qualquer homem, mas, sobretudo, para qualquer marido e pai. A Bíblia (Cfr. Mt 1 e Mt2) fala pouco da sua vida, mas esse pouco já é muito, tendo em conta o exemplo de amor, misericórdia, obediência, humildade, fé...


Confrontado com a gravidez de Maria, sem saber o que se passava, achou que havia sido traído. Se fosse outro, denunciava-a, deixava-a morrer apedrejada... Lutava pela sua boa fama, sem se importar que uma mulher e um filho morressem, sem dó nem piedade, em plena praça pública...


Mas S. José não fez nada disso. Não quis saber da honra, da necessidade de ser “muito macho”, do despeito... E resolveu repudiar Maria em silêncio (Mt 1, 19), deixando que a “culpa” da gravidez fosse atribuída a ele... Não revela este gesto amor e misericórdia?


Sendo homem de fé, aceitou Maria e acreditou que havia concebido sob ação do Espírito Santo, não querendo saber dos olhares incriminatórios, dos ditos e mexericos, das infâmias de que seria alvo... S. José mostra que Deus não é apenas uma ideia para ele, mas realmente Deus, com quem mantém uma relação de amor, alimentada pela oração, meditação da Palavra, caridade.


Deus, para ele, não é apenas Aquele de quem ouve falar na sinagoga e que supostamente exige muitos rituais... E é assim que consegue aguentar todo o sofrimento que vem após este “Sim”: ver nascer o Filho num estábulo sem condições, ter de fugir com Ele ainda bebé para o salvar da morte, arranjar emprego para que nada falte à família no meio de todas as tempestades, continuar a ser um exemplo, sobretudo para o Filho...


Neste dia da Sagrada Família de Nazaré, peço a especial benção de S. José sobre todos os homens, para que não se guiem pelo que a sociedade dita mas pela Palavra de Deus. Ámen.




segunda-feira, dezembro 23, 2019


Santo Natal com Jesus!!!! 




Que o Natal não seja ...

Guerra pelo local onde vai ser a Ceia;

Dinheiro mal gasto em redundâncias;

Briga e inveja porque X recebeu aquela prenda e eu recebi Y;

Excesso de álcool ... que pode acabar da pior maneira na estrada;

Solidão, desamparo, mesmo quando estamos acompanhados.



Mas sim...

Paz!

Amor!

Família!

Enfim, tudo aquilo que Jesus ensinou e que é para todos, crentes e não crentes!



sexta-feira, dezembro 13, 2019



 Palavra de Deus… Que atenção Lhe damos? Até que ponto A conhecemos?



Há uns anos, na catequese, perguntaram-me se podia ficar naquela hora com um outro menino, amigo de um dos meus catequizandos. Disse que sim, como é óbvio. Esse menino frequenta (ou frequentava) uma das igrejas evangélicas. Procurei acolhê-lo da melhor maneira, explicando-lhe que podia participar se quisesse e que respeitávamos as diferenças.

Por momentos achei que ele queria apenas ficar no seu canto, mas não foi assim, e quis participar. O tema era os 10 Mandamentos. Com apenas 8 anos, ele falou da Bíblia de uma maneira extraordinária. Sabia bem muitas das passagens. (Atenção, neste post não me vou focar nas diferenças de interpretações, apenas quero chamar a atenção para este conhecimento com apenas 8 anos.)

Foi um encontro de catequese muito gratificante, porque no centro esteve o mais importante: o amor de Jesus. Mas aquele menino fez-me pensar como nós, cristãos católicos, devíamos dar mais atenção à Palavra de Deus. Graças a Deus, as coisas estão a mudar e dá-se cada vez mais importância ao ensino da Palavra nos grupos de oração. Mas ainda há tanto por fazer…

Ainda no outro dia pedi ajuda a um familiar –  de Missa dominical, terço diário – e ele não me ajudou, porque isso implicava ter contacto com uma realidade mais dura… No fundo, o que me disse foi que não se queria misturar com certas realidades… Para tentar trazê-lo à razão – quem não comete erros – falei-lhe de Jesus quando nos diz em Mt 25: “Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.”

Esse meu familiar olhou para mim, muito admirado e disse-me: “Mas é mesmo assim? Não conheço nada disso.”

Partilho isto para nos fazer pensar. Até que ponto conhecemos a Palavra de Deus, mesmo quando somos assíduos na Missa? Já pedimos ajuda para A conhecer melhor? Sem A conhecer, dificilmente vamos conseguir por em prática o Seu Amor, que foi contra muitas das ideias feitas da sociedade de então. As ideias feitas (e erradas aos olhos de Deus) continuam a existir. Para as combatermos, temos de conhecer e entender a Palavra.

Ajuda-nos, Senhor, a conhecer-Te melhor, principalmente para partilharmos a maravilha que é a Tua Palavra! Palavra de Cura, Renovação, Liberdade, Alegria Plena, Misericórdia… Ámen.



sábado, dezembro 07, 2019


Mesmo ferida com a minha indiferença, a Mãe nunca me abandonou e conduziu-me a Jesus!




“Nossa Senhora está sempre contigo.” Ouvi isto mais que uma vez, mas  numa fase muito inicial do meu voltar à casa do Pai, ainda tinha a mente e o coração obscurecidos pela ideia de que Maria nos afasta de Jesus. Mente e coração baloiçavam entre a ternura da Mãe que me levava, em pequena, a segurar com o máximo de cuidado e amor a vela na Procissão das Velas, em Fátima, e as ideias descontextualizadas de quem não A conhece bem. 

Mas Ela, cheia de paciência e de ternura, esperava por mim e orava por mim, sem se cansar junto do Seu Filho Jesus. Acompanhou-me sempre: na alegria, na doença, quando vi a morte à frente, quando me senti sozinha, quando me senti demasiado dona de mim própria...

Como verdadeira Mãe, mesmo ferida com a minha indiferença, não se cansou de mim. Continuou a proteger-me e esperou que as sombras desaparecessem. Melhor, aproveitou as minhas dúvidas para A conhecer como Ela o é realmente: amor, misericórdia, ternura ... um verdadeiro colo de Mãe. E não apenas uma ideia ou uma tradição...

Agradeço-Lhe por me ter mostrado que quando oro a Ela não estou a trair Jesus. Cheguei a sentir isso há uns anos... Ao contrário, a Mãe tem-me mostrado cada vez mais Jesus. Nas aparições, nomeadamente em Medjugorje, não nos pede que A adoremos, mas que façamos tudo o que Jesus nos disser (Cfr Jo 2, 5

Resta-me pedir-Lhe que mais irmãos A conheçam, que sintam o Seu colo e como Ela os conduz a Jesus. Amo-te, minha Mãe querida!


quarta-feira, dezembro 04, 2019


6 de dezembro: Um dia de oração pelo Mal que aflige a Igreja Católica






E que tal dedicarmos o dia 6 de dezembro, a próxima sexta-feira aos erros da Igreja Católica? É este o pedido de um grupo de exorcistas norte-americanos. Jejum, abstinência, oração (nomeadamente o Rosário), adoração ao Santíssimo, Eucaristia, amor, misericórdia... Cada um sabe como pode participar nesta oração conjunta pelos males que afligem a Igreja por causa do erros que todos cometemos.



Estes sacerdotes pediram também para que os fiéis ofereçam nessa jornada a oração do Santo Rosário e o ato de consagração da humanidade ao Sagrado Coração de Jesus e o ato de reparação ao Sagrado Coração de Jesus.



Vamos colaborar? 😊






segunda-feira, dezembro 02, 2019


Será que estamos a adorar o padre em vez de Deus? A propósito de umas notícias ...





Há uns anos, Deus deu-me uma lição que nunca mais me esqueço. Ao pé do trabalho tinha uma Igreja, onde costumava ir à Missa quase diariamente. Habituada a um padre mais carismático e alegre na minha paróquia, ali nem sequer havia homilia. Sem coro, a Missa começava e terminava num instante. Inicialmente fez-me muita confusão, mas depois percebi o que Jesus me queria mostrar: Participas na Missa por causa de Mim, Jesus, não por causa do padre ou do coro.


Estou a partilhar isto por causa das notícias de paroquianos que não aceitam a saída do padre para outra paróquia – às vezes é o próprio padre que também não quer sair. Preocupa-me seriamente este tipo de situações. Afinal, somos Igreja por amor a Jesus ou por causa do padre? Será que não estamos a adorar o padre em vez de Deus?



A imagem que se transmite a quem está de fora é de pura desunião. Não é uma imagem de amor e de humildade, mas de discórdia. Lembremos as palavras de Jesus: “Todo o reino dividido contra si mesmo será devastado” Mt 12, 25. Lembremos que Jesus nos diz: “Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” Jo 13, 34-35



Nesta discórdia cria-se o ódio, não o amor. Compreendo que não seja fácil para os paroquianos e para o padre aceitar a mudança, porque criam-se ligações de amizade e, por vezes, até familiares. Mas é a Vontade de Deus que tem de se cumprir, não a nossa, como dizemos no Pai-Nosso.



Que Jesus nos ajude a aceitar a Sua Vontade que, apesar de ser a melhor, continuamos a querer rejeitar a cada dia. E que nas paróquias impere a paz e o amor, apesar das imperfeições próprias de cada ser humano. Ámen.