Muito tempo sem confissão? É como as limpezas
de verão…
Quem é dona de casa sabe
o que custa fazer limpezas de verão. É nessa altura que descobrimos a tralha
que ainda temos em casa e que não serve de nada. Este verão, enquanto deitava
fora algumas coisas, lembrei-me da tralha que acumulamos, sem dar conta, quando
estamos muito tempo sem ir à confissão.
Nossa Senhora, Rainha da
Paz, nas aparições em Medjugorje, já o dizia em 1983: “Deveis confessar-vos,
pelo menos, uma vez por mês.” Sei que estas palavras nem sempre nos soam bem.
Lembro-me que a primeira vez que as ouvi, pensei: “Pelo menos uma
vez por mês? Mas é mesmo preciso?”
Acabei por fazê-lo e,
acreditem, crescemos muito mais na fé! Percebi como estar mais que um mês sem
confissão é o mesmo que a tal tralha acumulada. Ganha-se maior sensibilidade
para os atos menos próprios do nosso dia-a-dia. É uma grande graça!
Não estou a falar de autopiedade falsa, mas de
uma fonte de cura e de bênção que Deus nos dá! Ao contrário do que se possa
pensar, ter maior noção dos nossos pecados diários não nos deixa abatidos ou
com um constante sentimento de culpa. Pelo contrário! Noto que com a confissão
mensal – há alturas em que tem de ser quinzenal ou até semanal – consigo
apreender mais a Palavra de Deus e a Sua Infinita Misericórdia e Paciência.
E
ganha-se outra graça muito importante: maior condescendência para com os erros
dos outros, porque vemos a quantidade de vezes que caímos na asneira. E, acima
de tudo, ganha-se uma maior sensibilidade para com o sofrimento de Jesus e de
Sua Mãe.
E, como se trata de um
tema que gera alguma controvérsia, relembro que este sacramento não foi criado
pelos homens, mas por Deus. E Ele, que é Amor, lá sabe o que é melhor para nós…
“Em seguida, soprou sobre
eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os
pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.” Jo20, 22-23