quinta-feira, dezembro 26, 2024

 

Aceito, Jesus, este ‘espinho’!



Estamos a chegar ao final do ano, por isso é tempo de fazer um balanço. O que aprendi ao longo de 2024? Muita coisa, mas há uma que se destaca. É o ‘espinho’, de que falava São Paulo. Não se sabe com precisão do que se tratava, mas percebe-se nas Escrituras que é algo que causava grande sofrimento ao apóstolo.

Por três vezes, pediu a Deus que o livrasse dele, mas a resposta de Deus foi: “Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.”  (2 Co, 12,9) Também este ano, pedi, pela terceira vez, que o meu ‘espinho’ fosse retirado. Mas a resposta de Deus foi a mesma: “Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.” ( 2 Co, 12,9)

Pois bem, seja feita a Vontade de Deus. Como Ele nos garante nas Escrituras: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio” (Rm 8, 28). 

Tal como São Paulo, também acredito que “os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há de revelar-se em nós”. 

Assim deve ser a nossa vida numa fé que tem de crescer e de amadurecer: mesmo no sofrimento, sabemos que Deus não nos abandona, porque Ele próprio nos diz: “Escuta, é uma ordem que te dou: tem coragem; não tremas, porque o SENHOR, teu Deus, estará contigo para onde quer que fores” (Js 1, 9)

 

segunda-feira, dezembro 16, 2024

 

Onde está Jesus no Natal?

 


Ainda me lembro como é trabalhar numa loja em plena época do Natal. Correria, correria, muita falta de paciência, pessoas mal-educadas… Infelizmente, o Natal tornou-se cada vez mais consumismo, como nos alertava, ontem, o Papa.

Nós, cristãos, vivemos o Advento, o tempo de preparação para o Natal. Até que ponto o aproveitamos? Até que ponto estamos demasiado cheios de prendas  e de brigas para se saber onde se vai realizar a ceia de Natal? O nosso coração está a preparar-se para Jesus ou nem nos lembramos do Advento? No meio dos preparativos, lembramo-nos, por acaso, de ter tempo para ir à Missa e à Reconciliação (Confissão)?

Jesus quer nascer em nós. Mas será que deixamos?

 

sexta-feira, dezembro 06, 2024

 

O grito da oração


Há momentos de dor e de angústia que quase nos paralisam. Ninguém gosta de passar por isto. É uma agonia enorme. Mas é nessa altura que a nossa oração é mais autêntica e mais simples. Se estivermos habituados a orar e a falar com Jesus, nesses momentos conseguimos gritar mesmo sem palavras. Podemos até nem sequer conseguir rezar um Pai-Nosso completo, por causa da dor física e ou psicológica que estamos a sentir. Mas Jesus e a Mãe sabem que estamos a falar com eles, mesmo sem palavras.

Tenho vivenciado esta dor várias vezes ao longo da vida. Mas, admito, é completamente diferente desde que dedico mais tempo à oração, sobretudo à oração em silêncio e em adoração. Quantas vezes, Lhe digo apenas: Tu sabes como estou. Dói demais, não consigo falar… Mesmo não sentindo nada, tenho a certeza de que Ele está ali comigo, acalmando a minha alma…

E, assim, no meio da agonia, vou entregando-Lhe a dor para Ele a usar como quiser. É uma entrega imperfeita, mas Ele aceita-a com muito amor. E tenho a certeza absoluta que a vai usar da melhor forma, porque o sofrimento não tem a última palavra, como Ele nos mostrou na cruz…

Jesus é, de facto, Maravilhoso!