quarta-feira, janeiro 15, 2025

 

Aquele olhar de Jesus

 


“Mesmo Jesus tendo diversas atividades, ele nunca deixou de olhar de forma concreta e especial para cada pessoa. Mesmo quando Jesus estava cercado por uma grande multidão, Jesus olhava a cada um de forma individual.”

Estas palavras são do padre Ricardo Rodolfo, da Canção Nova. É maravilhoso ver como Jesus nos olha, como nos escuta, compreende, perdoa, ama… Podemos pensar: quem me dera ter vivido no tempo em que caminhou nesta terra, para poder sentir esse olhar tão personalizado…

Pois, bem: eis a boa notícia! Jesus está vivo em todos os sacrários deste mundo! É aí que nos espera da maneira com estamos – felizes, tristes, magoados, etc. Ele quer olhar-nos dessa forma como quando caminhava com pés humanos nesta terra. Mas quantas vezes vamos ter com Ele?

 

sexta-feira, janeiro 03, 2025

 

Culpa feliz

 


Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais vemos os nossos erros. Isto deve assustar-nos? Quer dizer que em vez de melhorarmos a nossa vida, estamos a piorar? Nada disso! Simplesmente, à luz de Deus, acabamos por ter noção até daqueles erros mais pequenos, que mesmo não sendo capitais (pecados mortais), magoam Jesus e a Mãe.

Não podemos desanimar, mas agradecer por Jesus nos mostrar o que devemos alterar na nossa vida! Ele está sempre de braços abertos na Confissão para nos perdoar e curar. Não tenhamos medo nem vergonha!

Ajudai-nos, Jesus, a ver onde estão esses erros! E ensina-nos a culpa feliz (felix culpa), aquela culpa que nos ajuda a ter noção do que está errado, mas sem nos esmagar, sem nos fazer desanimar!

Os santos bem nos ensinam como devemos sentir esta culpa feliz, porque a outra é apenas condenatória e pode levar-nos ao abandono de Deus, a uma visão distorcida do Amor de Deus ou até à depressão.


quinta-feira, dezembro 26, 2024

 

Aceito, Jesus, este ‘espinho’!



Estamos a chegar ao final do ano, por isso é tempo de fazer um balanço. O que aprendi ao longo de 2024? Muita coisa, mas há uma que se destaca. É o ‘espinho’, de que falava São Paulo. Não se sabe com precisão do que se tratava, mas percebe-se nas Escrituras que é algo que causava grande sofrimento ao apóstolo.

Por três vezes, pediu a Deus que o livrasse dele, mas a resposta de Deus foi: “Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.”  (2 Co, 12,9) Também este ano, pedi, pela terceira vez, que o meu ‘espinho’ fosse retirado. Mas a resposta de Deus foi a mesma: “Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.” ( 2 Co, 12,9)

Pois bem, seja feita a Vontade de Deus. Como Ele nos garante nas Escrituras: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio” (Rm 8, 28). 

Tal como São Paulo, também acredito que “os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há de revelar-se em nós”. 

Assim deve ser a nossa vida numa fé que tem de crescer e de amadurecer: mesmo no sofrimento, sabemos que Deus não nos abandona, porque Ele próprio nos diz: “Escuta, é uma ordem que te dou: tem coragem; não tremas, porque o SENHOR, teu Deus, estará contigo para onde quer que fores” (Js 1, 9)

 

segunda-feira, dezembro 16, 2024

 

Onde está Jesus no Natal?

 


Ainda me lembro como é trabalhar numa loja em plena época do Natal. Correria, correria, muita falta de paciência, pessoas mal-educadas… Infelizmente, o Natal tornou-se cada vez mais consumismo, como nos alertava, ontem, o Papa.

Nós, cristãos, vivemos o Advento, o tempo de preparação para o Natal. Até que ponto o aproveitamos? Até que ponto estamos demasiado cheios de prendas  e de brigas para se saber onde se vai realizar a ceia de Natal? O nosso coração está a preparar-se para Jesus ou nem nos lembramos do Advento? No meio dos preparativos, lembramo-nos, por acaso, de ter tempo para ir à Missa e à Reconciliação (Confissão)?

Jesus quer nascer em nós. Mas será que deixamos?

 

sexta-feira, dezembro 06, 2024

 

O grito da oração


Há momentos de dor e de angústia que quase nos paralisam. Ninguém gosta de passar por isto. É uma agonia enorme. Mas é nessa altura que a nossa oração é mais autêntica e mais simples. Se estivermos habituados a orar e a falar com Jesus, nesses momentos conseguimos gritar mesmo sem palavras. Podemos até nem sequer conseguir rezar um Pai-Nosso completo, por causa da dor física e ou psicológica que estamos a sentir. Mas Jesus e a Mãe sabem que estamos a falar com eles, mesmo sem palavras.

Tenho vivenciado esta dor várias vezes ao longo da vida. Mas, admito, é completamente diferente desde que dedico mais tempo à oração, sobretudo à oração em silêncio e em adoração. Quantas vezes, Lhe digo apenas: Tu sabes como estou. Dói demais, não consigo falar… Mesmo não sentindo nada, tenho a certeza de que Ele está ali comigo, acalmando a minha alma…

E, assim, no meio da agonia, vou entregando-Lhe a dor para Ele a usar como quiser. É uma entrega imperfeita, mas Ele aceita-a com muito amor. E tenho a certeza absoluta que a vai usar da melhor forma, porque o sofrimento não tem a última palavra, como Ele nos mostrou na cruz…

Jesus é, de facto, Maravilhoso!

 


sexta-feira, novembro 29, 2024


Ir a Jesus com canadianas e bengalas

 


Admiro imenso as pessoas idosas que, mesmo quando mal conseguem andar, vão à Missa. Com canadianas ou bengalas, com passo vagaroso, lá vão elas estar com Jesus, receber Jesus. Algumas delas estão no coro, no grupo de leitores…

Quando se ama Jesus, quando a fé não é uma fezada e uma crendice, é isto que acontece. Sabe Deus as dores que sentem… Mesmo assim vão. E vão com um sorriso no rosto e no olhar e saem da Missa ainda mais felizes…

Seguir Jesus, amar Jesus implica evangelizar, levar a Boa Nova, ser missionário. Cada um com o seu talento, no local onde Deus o coloca. Não importa a idade. Abraão também era velho. Deus abandonou-o? Não!

Que os jovens olhem para estes ‘avós espirituais’ e aprendam a amar Jesus em todos os momentos. E que aprendam a dedicar o seu tempo a Quem mais os ama, a Quem morreu por eles na cruz. Ámen.


domingo, novembro 24, 2024

 

Amar os últimos…

 


E quem são estes últimos? Neste caso específico, são os que estão presos. Em Mt 25, 36-40, Jesus diz-nos que quem visitar um preso, é a Ele que se visita. Esta é uma das ‘medidas’ de amor com que seremos julgados no fim dos tempos.

Ao falar disto na catequese, a crianças entre 9-11 anos, percebi o quão indignadas ficaram por Jesus pedir um gesto destes. É normal, são crianças. O problema é que esta indignação também é sentida pelos adultos e alguns – se calhar, muitos – até são pessoas que gostam de ir à Igreja e que dizem que amam a Deus.

As palavras de Jesus tornam-se um escândalo. Mas como é possível amar bandidos, pessoas que fazem mal aos outros e que estão atrás das grades? Pois é! Nem sempre é fácil. Mas é o que Jesus nos pede. Porquê? Porque Ele também perdoou aqueles que o mataram. Ele também sofreu e morreu por eles.

A Pastoral que se dedica à visita das prisões tem permitido salvar várias almas. Almas que cometeram crimes – alguns graves -, mas que, após conhecerem Jesus, mudam mesmo de vida. Nem que seja uma só alma, já vale a pena.

É preciso transmitir, desde a infância, que qualquer pessoa é digna do amor de Deus. Cometeram um crime, têm de pagar pelo que fizeram, mas continuam a ser filhos de Deus… Continuam a ser nossos irmãos e irmãs. Quer queiramos, quer não…

PS: Quem não pode visitar, pode sempre orar e entregar sacrifícios para a sua conversão.