quinta-feira, dezembro 26, 2024

 

Aceito, Jesus, este ‘espinho’!



Estamos a chegar ao final do ano, por isso é tempo de fazer um balanço. O que aprendi ao longo de 2024? Muita coisa, mas há uma que se destaca. É o ‘espinho’, de que falava São Paulo. Não se sabe com precisão do que se tratava, mas percebe-se nas Escrituras que é algo que causava grande sofrimento ao apóstolo.

Por três vezes, pediu a Deus que o livrasse dele, mas a resposta de Deus foi: “Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.”  (2 Co, 12,9) Também este ano, pedi, pela terceira vez, que o meu ‘espinho’ fosse retirado. Mas a resposta de Deus foi a mesma: “Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.” ( 2 Co, 12,9)

Pois bem, seja feita a Vontade de Deus. Como Ele nos garante nas Escrituras: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio” (Rm 8, 28). 

Tal como São Paulo, também acredito que “os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há de revelar-se em nós”. 

Assim deve ser a nossa vida numa fé que tem de crescer e de amadurecer: mesmo no sofrimento, sabemos que Deus não nos abandona, porque Ele próprio nos diz: “Escuta, é uma ordem que te dou: tem coragem; não tremas, porque o SENHOR, teu Deus, estará contigo para onde quer que fores” (Js 1, 9)

 

segunda-feira, dezembro 16, 2024

 

Onde está Jesus no Natal?

 


Ainda me lembro como é trabalhar numa loja em plena época do Natal. Correria, correria, muita falta de paciência, pessoas mal-educadas… Infelizmente, o Natal tornou-se cada vez mais consumismo, como nos alertava, ontem, o Papa.

Nós, cristãos, vivemos o Advento, o tempo de preparação para o Natal. Até que ponto o aproveitamos? Até que ponto estamos demasiado cheios de prendas  e de brigas para se saber onde se vai realizar a ceia de Natal? O nosso coração está a preparar-se para Jesus ou nem nos lembramos do Advento? No meio dos preparativos, lembramo-nos, por acaso, de ter tempo para ir à Missa e à Reconciliação (Confissão)?

Jesus quer nascer em nós. Mas será que deixamos?

 

sexta-feira, dezembro 06, 2024

 

O grito da oração


Há momentos de dor e de angústia que quase nos paralisam. Ninguém gosta de passar por isto. É uma agonia enorme. Mas é nessa altura que a nossa oração é mais autêntica e mais simples. Se estivermos habituados a orar e a falar com Jesus, nesses momentos conseguimos gritar mesmo sem palavras. Podemos até nem sequer conseguir rezar um Pai-Nosso completo, por causa da dor física e ou psicológica que estamos a sentir. Mas Jesus e a Mãe sabem que estamos a falar com eles, mesmo sem palavras.

Tenho vivenciado esta dor várias vezes ao longo da vida. Mas, admito, é completamente diferente desde que dedico mais tempo à oração, sobretudo à oração em silêncio e em adoração. Quantas vezes, Lhe digo apenas: Tu sabes como estou. Dói demais, não consigo falar… Mesmo não sentindo nada, tenho a certeza de que Ele está ali comigo, acalmando a minha alma…

E, assim, no meio da agonia, vou entregando-Lhe a dor para Ele a usar como quiser. É uma entrega imperfeita, mas Ele aceita-a com muito amor. E tenho a certeza absoluta que a vai usar da melhor forma, porque o sofrimento não tem a última palavra, como Ele nos mostrou na cruz…

Jesus é, de facto, Maravilhoso!

 


sexta-feira, novembro 29, 2024


Ir a Jesus com canadianas e bengalas

 


Admiro imenso as pessoas idosas que, mesmo quando mal conseguem andar, vão à Missa. Com canadianas ou bengalas, com passo vagaroso, lá vão elas estar com Jesus, receber Jesus. Algumas delas estão no coro, no grupo de leitores…

Quando se ama Jesus, quando a fé não é uma fezada e uma crendice, é isto que acontece. Sabe Deus as dores que sentem… Mesmo assim vão. E vão com um sorriso no rosto e no olhar e saem da Missa ainda mais felizes…

Seguir Jesus, amar Jesus implica evangelizar, levar a Boa Nova, ser missionário. Cada um com o seu talento, no local onde Deus o coloca. Não importa a idade. Abraão também era velho. Deus abandonou-o? Não!

Que os jovens olhem para estes ‘avós espirituais’ e aprendam a amar Jesus em todos os momentos. E que aprendam a dedicar o seu tempo a Quem mais os ama, a Quem morreu por eles na cruz. Ámen.


domingo, novembro 24, 2024

 

Amar os últimos…

 


E quem são estes últimos? Neste caso específico, são os que estão presos. Em Mt 25, 36-40, Jesus diz-nos que quem visitar um preso, é a Ele que se visita. Esta é uma das ‘medidas’ de amor com que seremos julgados no fim dos tempos.

Ao falar disto na catequese, a crianças entre 9-11 anos, percebi o quão indignadas ficaram por Jesus pedir um gesto destes. É normal, são crianças. O problema é que esta indignação também é sentida pelos adultos e alguns – se calhar, muitos – até são pessoas que gostam de ir à Igreja e que dizem que amam a Deus.

As palavras de Jesus tornam-se um escândalo. Mas como é possível amar bandidos, pessoas que fazem mal aos outros e que estão atrás das grades? Pois é! Nem sempre é fácil. Mas é o que Jesus nos pede. Porquê? Porque Ele também perdoou aqueles que o mataram. Ele também sofreu e morreu por eles.

A Pastoral que se dedica à visita das prisões tem permitido salvar várias almas. Almas que cometeram crimes – alguns graves -, mas que, após conhecerem Jesus, mudam mesmo de vida. Nem que seja uma só alma, já vale a pena.

É preciso transmitir, desde a infância, que qualquer pessoa é digna do amor de Deus. Cometeram um crime, têm de pagar pelo que fizeram, mas continuam a ser filhos de Deus… Continuam a ser nossos irmãos e irmãs. Quer queiramos, quer não…

PS: Quem não pode visitar, pode sempre orar e entregar sacrifícios para a sua conversão. 

 

sexta-feira, novembro 15, 2024

 

As almas do Purgatório precisam de nós!

 


Cresci a ter pavor das almas do Purgatório. Mas, hoje, sei que o Purgatório é um dos pontos mais altos da misericórdia e do amor de Deus. Até à última, Ele luta pela nossa salvação.

Mas estas almas precisam das nossas orações. E muito! Elas apenas podem rezar por nós, por elas próprias já não podem fazer mais nada. O sofrimento que sentem é porque veem como ofenderam a Deus. Sentem remorsos, mas sabem que têm de reparar o que fizeram antes de entrarem no Céu. Ofereçamos orações por elas. Orações, jejum/abstinência, Missa, adoração, indulgências, etc. Ajudemo-las, pois são nossas irmãs em Cristo!

Só Deus sabe o que uma Avé Maria ou um Pai Nosso, rezados com amor, poderão fazer a uma alma…

PS: Recomendo que leiam este livro sobre o Purgatório. Tem Imprimatur. 

https://santidade.net/artigos/doft-purgatory.pdfhttps://santidade.net/artigos/doft-tragedy.pdf (este é sobre tragédias)



sábado, novembro 09, 2024

 

A necessidade virou um grande amor

 


Procurei-Te, Jesus, por necessidade. Já lá vão uns anos. Hoje, mesmo perante o sofrimento e a incerteza, quero ir Ter Contigo por amor e não apenas por necessidade. Fiquei farta de Te procurar apenas por precisar disto ou daquilo… Como é maravilhoso, mesmo no meio da tempestade e da incerteza, ir Ter Contigo por amor… Está aqui o segredo da vida em abundância que nos queres dar (Jo 10,10)…

Mas, Senhor, também sabes que só consigo sentir este amor – ainda tão imperfeito e pequenino -, graças ao Espírito Santo que me envias para a maior glória do Pai. Não permitas que me afaste de Ti, que Te volte a abandonar, que volte a viver a fé apenas a pensar na necessidade disto ou daquilo… Sem Ti, nada consigo! (Jo 15, 5)

O Teu amor por cada um de nós é tão maravilhoso… Sofreste e morreste na cruz por pecadores, por nós que te abandonamos todos os dias, por aqueles que te vão negar para sempre… Choramos por tanta coisa. Por que razão não nos vêm lágrimas aos olhos quando pensamos na Tua cruz, na Tua solidão nos altares, na dor que sentes quando fazemos asneira… Ajuda-nos, pela intercessão da Mãe, a ir ter Contigo por amor e não apenas pela necessidade. Ámen.


segunda-feira, novembro 04, 2024

 

O sofrimento não tem a última palavra


Ouvi um testemunho no Canção Nova que me tocou muito. Um jovem, diagnosticado com cancro em estádio avançado, entregou o seu sofrimento pela salvação das almas do Purgatório. O irmão contava que ele é que dava forças à família, apesar do enorme sofrimento que estava a viver. E ainda pensava nos outros, naqueles que ele nem conhecia…

Acredito, sinceramente, que o sofrimento não tem que ter a última palavra. No caso deste rapaz, que já deve estar bem junto a Jesus, a sua vida final, nesta terra, serviu para nos mostrar isso: o sofrimento não tem que ter a última palavra.

Mesmo quando dói muito, quando parece que não há uma luz ao fundo do túnel ou, como aconteceu com este rapaz, mesmo quando sabemos que a nossa vida neste mundo está a chegar ao fim, podemos vencer o sofrimento.

Como? Entregando-o nas mãos de Jesus, oferecendo-o pelas almas do Purgatório, pela salvação da nossa alma, para os nossos filhos sofrerem menos, pelas dores de Jesus e da Mãe…

Jesus, em todo o calvário, mostrou-nos que a atitude tem de ser esta: pode doer muito, pode ser aflitivo, mas o sofrimento não vai ser inútil. No caso de Jesus, permitiu a nossa salvação eterna…

Ajudai-nos, Jesus, através da intercessão da Mãe, a abraçar a cruz para que o sofrimento não tenha a última palavra. Ámen.

 PS: Podem ouvir o testemunho AQUI.

sexta-feira, novembro 01, 2024



No meio de tanto trabalho, de tantas dificuldades, é aí que aprendemos a orar com o coração...






sexta-feira, outubro 25, 2024

sábado, outubro 19, 2024

 

A salvação está em ter calma

“A vossa salvação está na conversão e em terdes calma; a vossa força está em terdes confiança e em permanecerdes tranquilos.” (Isaías 30, 15)

Meditemos em cada palavrinha… Deus é muito claro: é preciso conversão, ou seja, pôr em prática a Sua Palavra para sermos salvos; é preciso ter calma, pois a nossa força está na confiança e na tranquilidade…

Eis o segredo para a nossa vida… Não sei qual é a vossa reação perante esta Palavra. Pessoalmente, mea culpa. Ainda tenho muitos momentos que prefiro fugir da cruz… O que tenho a aprender, o que tenho de pôr em prática…

Deixo-vos um desafio: vamos pedir esta conversão, calma, confiança e tranquilidade. Fazem-se tantas promessas, novenas, jejuns por tantas coisas que são menos importantes… Empenhemo-nos em orar, sem cessar (1Ts 5, 17), para obter a graça de viver e testemunhar esta calma e confiança. Assim salvaremos a nossa vida, a dos nossos irmãos e faremos com que Jesus e a Mãe se sintam muito mais felizes…


domingo, outubro 13, 2024


Jesus está triste pelo que fazem à Mãe

 

“Fazei tudo o que Ele vos disser!” (Jo 2, 5) Estas são as palavras da Mãe e o seu grande desejo: olhem para o Meu filho, é para Ele que vos envio. O católico é acusado de adorar Maria, mas isso é MENTIRA! Nós amamos a Mãe, não a adoramos!

Podem argumentar, mas há pessoas que isto ou aquilo… Não tomemos a floresta por umas árvores. Jamais se diz para se adorar a Mãe! Fui enganada em relação a isto durante anos… Como costumo dizer, tarde te amei, minha querida Mãe Maria…

O católico olha para a Mãe e acede ao seu pedido: faz o que Jesus te pede. Este pedido está na Bíblia. Maria pede ao Filho que faça um milagre. O católico não inventou nada disto.

Não adoremos a Mãe, mas também não a desprezemos nem a tratemos mal. Quem me lê, pode até duvidar e pôr em causa o que estou a dizer. Mas, pensemos: será que Jesus fica feliz ao ver que tratam mal a Mãe? Será que Ele gosta que a desprezem como se fosse lixo ou que a vejam quase como se fosse o diabo?

Nem nós, seres imperfeitos, suportamos que falem mal da nossa mãe. Quanto mais Jesus, que é Deus…

 

domingo, outubro 06, 2024

 

Orar entre sorrisos e cruzes bem pesadas

 


João foi o único discípulo que ficou com Jesus aos pés da cruz. Já imaginaram o que se passava na cabeça de João? Ele viu Jesus, o grande Amigo, a ser acusado injustamente e a sofrer coisas horrorosas, sem nada poder fazer.

Naquele momento, João sabia que poderia ser castigado por causa de seguir Jesus. Podia, até, morrer… Mesmo assim não fugiu. O que o levou a aguentar tudo isto? A oração, sobretudo a oração contemplativa, no silêncio do coração. Mesmo que à volta só existisse barulho, ele praticava este tipo de oração… Sem desistir! Sabe Deus as vezes que pode ter vacilado ou que pode ter tentado desistir da oração…

Além disso, João não esperou pelos maus momentos da vida para começar a orar. E com isso ganhou duas grandes prendas de Deus:

1)    Aguentou-se firme num momento de grande tribulação, apesar do medo e da angústia;

2)    Aprendeu a seguir Jesus por Amor e não por interesse - esta última prenda é  aquela que mais nos faz falta.

Quer queiramos quer não, na vida há momentos bons e momentos maus. Acrescentaria, e momentos mesmo muito maus. Chorar, gritar, perder a cabeça … tudo isto faz parte do ser humano. Mas, com a oração contemplativa, mesmo no meio do barulho, é possível manter-nos unidos a Jesus por amor e aguentar o peso da cruz.

Dai-nos, Jesus, a graça de saber orar!

 

 

sexta-feira, outubro 04, 2024

 Recuso-me a desistir!


A guerra está cada vez pior, as coisas estão cada vez mais caras, as pessoas estão cada vez menos empáticas, mata-se por tudo ou nada, mas recuso-me a desistir do Amor e do Perdão.


É nestes momentos de trevas, quando somos bombardeados com notícias de desgraça, que devemos intensificar ainda mais a nossa oração pelos que sofrem e pelos inimigos. Estes últimos geram, muitas vezes, mal-estar. Há uma certa relutância em orar por eles. Pois, mas se calhar o problema está aí. Falta mais oração para quebrar corações de pedra...

Não desistamos de orar por todos, em particular pelos ditos inimigos. É um pedido de Jesus! (Cfr Mt 5, 44)


sábado, setembro 21, 2024

 

Maturidade espiritual, onde estás?

 


Na fé e no amor a Deus também é preciso crescer. Não podemos ser crianças que só conseguem ouvir coisas belas e que acham que seguir Cristo é apenas sentir consolo. Jesus nunca nos enganou: “No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo!” (Jo 16, 33)

Não é fácil crescer, passar de bebé a adulto. Na vida espiritual é o mesmo. Mas, assim como na vida humana em si, não podemos continuar a ser bebés, na vida espiritual também não.

O sofrimento abala-nos, dói demais, mas tem de ser enfrentado com maturidade espiritual. Não podemos ficar parados e enterrar os nossos talentos. É muito importante ir a encontros e retiros, mas não podemos ficar de braços cruzados para sempre. Quando saímos de um encontro, o que fazemos com as graças que Deus nos dá? Enterramo-las, usamo-las apenas para nosso consolo, esquecendo o irmão que está a sofrer, longe do amor de Deus?

Que Jesus, por intercessão da Mãe, nos ajude a crescer espiritualmente por amor a Deus e por amor ao próximo. Ámen.



 

quarta-feira, setembro 18, 2024

 

Quando Jesus chama, não há como fugir



Ainda se lembram de quando Deus vos chamou? Daquele momento que vos abanou, no qual sentiram que não podiam fugir mais da vontade de Deus? Olhando para o meu passado, posso dizer que tentei fugir várias vezes da voz de Deus. Tinha medo de não ser livre, de ser obrigada a rezar muitas orações, muitas ladainhas, muitas novenas…

Nos primeiros anos de vida era obrigada a ir à Missa todos os domingos e a Fátima todos os anos. Por um lado, sentia-me bem, porque a mensagem de Jesus era demasiado bela; por outro, via em tudo aquilo uma ‘seca’ e uma contradição. Porquê? Porque quem me obrigava a ir era tudo menos cristão católico. O sofrimento a que me submetia levou-me a detestar a Igreja. Como se esta fosse culpada pelos nossos pecados, pelas nossas contradições…

Os anos iam passando e Jesus continuava a chamar. Pesquisei e comparei as mais diversas religiões, comparei traduções da Bíblia, procurei-O em crendices e coisas alternativas… Numa das nossas conversas, perguntei-Lhe: Onde estás? Como Te posso seguir? Tenho medo do que é seguir-Te, mas não aguento mais. O Teu chamamento é muito forte… Onde estás?

Agora que O descobri – apesar de ainda O conhecer tão pouco – só posso dizer: Não perdi nada! Só ganhei! Contigo, Jesus, descobri o que é realmente viver! Seguir-Te não é uma “seca”, é uma bênção,  a maior de todas!

E tu que me lês, lembras-te de quando Deus te chamou? Continuas a responder-Lhe ou precisas de um reavivamento? Ou será que ainda não Lhe respondeste? Seja lá qual for a situação, não tenhas medo do melhor “Sim” da tua vida!

 


 

sábado, setembro 07, 2024

Dias difíceis...

É nos dias mais difíceis que se tem de ter a certeza - mesmo não sentindo - que Deus nos leva no colo e que não nos abandona. Um dia vamos perceber por que razão tivemos de passar por determinada tempestade. No tempo de Deus, a vitória virá! Deixo esta música, que é uma oração...



sexta-feira, agosto 30, 2024

 

Na Igreja não há cargos

 


O próprio Jesus “estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo” (Lc 10, 21)

Já repararam nesta passagem da Bíblia? Jesus estremeceu, ou seja, sentiu uma alegria imensa, sem explicação. E lembram-se porquê? Porque os discípulos tinham voltado da sua missão cheios de alegria por terem ajudado outras pessoas e por terem, inclusive, libertado muitas das mãos do maligno.

Jesus, que é Deus, podia limitar-se a fazer tudo sozinho, por ser o Todo-Poderoso. Mas preferiu partilhar com cada um de nós a alegria de se amar. Não quis que fossemos meras marionetas na sua mão ou escravos.

Então por que razão sentimos, mesmo dentro da Igreja, inveja dos sucessos (no sentido espiritual) dos nossos irmãos? Por que existe a mania do “cargo”, de ser dono disto tudo?

Sigamos o exemplo de Jesus e estremeçamos de alegria pelo bem dos outros…



quarta-feira, agosto 21, 2024

 

Os amigos do Purgatório


“[O Purgatório] é uma invenção genial da parte de Deus.” As palavras são da mística Maria Simma, que teve o dom de receber e ajudar as almas do Purgatório. Atenção: ela não chamava estas almas, elas é que apareciam por vontade de Deus. Não se trata de espiritismo e de falar com mortos, pois isso não é de todo da vontade de Deus (Dt 18, 10-12).

Nesta entrevista, dada à irmã Emanuelle, faz um resumo de como podemos ajudar imenso estas almas que estão a purificar-se para entrar no Reino de Deus. Fala-nos, também, de como a Mãe as ajuda neste tempo de expiação e, tal como ensina a Igreja, diz-nos que o grande sofrimento destas almas se deve ao conhecimento de que não amaram como nos ensina Deus.

Infelizmente, hoje em dia, não se dá a devida atenção às almas do Purgatório. Acha-se que é coisa do passado, crendice, há quem tenha medo… Nada disto faz sentido. Deus é Amor e Misericórdia, por isso nos dá mais este estado [o do Purgatório] para nos poder salvar. Estas almas precisam das nossas orações e estão sempre prontas a orar por nós. Não as abandonemos! São nossos amigos!

 O impressionante segredo das almas do Purgatório

Notas biográficas de Maria Simma


PS: Cuidado com alguns vídeos que circulam sobre Maria Simma. Nem tudo é verdade. 



segunda-feira, agosto 12, 2024

 

Cristão também pode ter ansiedade!

 


Vamos parar com o jugo pesado de se achar que o cristão não pode ter ansiedade. Não me refiro à ansiedade normal, mas à que se torna uma perturbação psicológica. Aquela que causa um enorme sofrimento e que incapacita a pessoa de fazer as coisas mais banais.

O cristão não está livre deste ou de qualquer outro problema psíquico. Mas, admito, tem a mais-valia de ter a fé e o amor por Jesus e de ter a Palavra de Deus que, até já no Antigo Testamento, nos ensina a prevenir e a lidar com a ansiedade. Partilho estes dois vídeos de uma psicóloga católica, que têm ajudado muitas pessoas.

Atenção: estamos a falar de um problema que pode ser muito incapacitante e que exige a procura de apoio médico e psicológico. Estes vídeos são apenas uma ajuda, não substituem o acompanhamento individual.

Estratégias comportamentais para lidar melhor com a ansiedade - https://www.youtube.com/watch?v=YBA2dafcIXo

Use a ansiedade a seu favor - https://www.youtube.com/watch?v=1S6g4oUJY0s

 A quem ainda acha que a perturbação da ansiedade (a depressão, fobias, entre outras) são “frescuras” da pessoa, sobretudo da cristã, peço que pare para pensar que pode estar errado. O sofrimento é demasiado grande e merece o maior respeito…

Deus vos abençoe!


 

terça-feira, agosto 06, 2024

 

Ser indulgente com o outro

 


Vou partilhar este artigo (em baixo) do Canção Nova, porque é um grande ensinamento. Será que somos indulgentes? Por outras palavras, perdoamos de maneira a voltar a falar com a pessoa como se nada tivesse acontecido?

É isso que Jesus faz connosco. Fazemo-lo também? Pessoalmente, descobri que ainda tenho algumas arestas a limar nesta questão da indulgência… Admito que ainda não tinha pensado nisto. Mas é libertador descobrir o que ainda temos a melhorar com a graça de Deus.

Que Jesus nos dê a graça de sermos indulgentes. Dessa forma cumprimos a Sua Vontade, recebemos ainda mais paz interior e ajudamos o nosso próximo a perdoar-se a si mesmo…

Aqui fica o artigo: https://blog.cancaonova.com/diarioespiritual/livros/2a-carta-aos-corintios/eu-tambem-posso-ser-indulgente/


terça-feira, julho 30, 2024

 

Jogos Olímpicos e a defesa de Jesus

 


Sim, vou falar sobre a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos e da polémica em torno da suposta Última Ceia, que, afinal, é a Festa dos Deuses. Há quem diga que os católicos exageraram. Mas, convenhamos, quando se olha para a mesa, a imagem que se destaca é idêntica à da Última Ceia.

Numa sociedade democrática, pode-se fazer este tipo de rábulas? Sim, obviamente. E quem se sente ofendido, pode protestar? Sim, obviamente. Não podemos esquecer que estamos a falar de França, o país onde é cada vez mais difícil professar a fé, seja esta cristã católica, cristã evangélica, muçulmana, etc.

Poder-se-á perguntar: mas Jesus vira as costas a drag queens? Não, obviamente. Mas, tal como aconteceu com a mulher adúltera, não é por tratar uma pessoa como ser humano, que vai passar a ser a favor do que ela faz. Deu a mão à mulher adúltera, mas não se tornou apoiante do adultério. Não confundamos as coisas.

É preciso entender que, para o cristão, o corpo é templo do Espírito Santo, logo não é para ser usado de qualquer maneira. Não se trata de se ser anti-sexo, como nos dizem, mas de respeito pelo próprio corpo. O cerne da questão não está na pessoa que é drag queen, e da qual até posso ser amiga e familiar, mas no uso do corpo daquela forma. Não concordam? Têm direito, mas convém perceberem que a nossa visão é outra.

Além disso, há algo que nem sempre se entende e que deve ficar claro: para o cristão, Jesus é Deus, é Amor, é Tudo. Assim como defendemos a imagem dos filhos e dos pais, também o fazemos com Jesus. Ele não é uma ideia, é Deus vivo, o melhor Amigo.

Terminando, permitam-me também uma crítica (construtiva): este episódio deveria servir de reflexão para os católicos (e não só) que são influenciados por teorias da conspiração e que demonizam os muçulmanos e as suas vestes. Assim como não gostamos que ofendam a nossa fé, também não podemos ofender a dos outros.


 

quarta-feira, julho 24, 2024

 

Ver o outro como ser humano

 


No Metro costumo ver, às vezes, rapazes vestidos de mulher. São os não-binários, ou seja, não se consideram estritamente masculinos ou femininos. Apesar de não notar olhares de gozo – pelo menos, de forma explícita -, apercebo-me da angústia e da insegurança de algumas destas pessoas não-binárias.

Houve uma que me marcou de forma particular, porque era bem visível que estava com medo das reações das pessoas. Fez-me confusão todo aquele sofrimento. Não vou esconder que, para mim, ou há homem ou há mulher. É uma questão científica e, mesmo em termos de saúde, o não-binário tem de ser tratado consoante o sexo com que nasceu. Logo, o sexo (biológico) conta, não é uma imposição cultural.

Mas também não gosto de olhar para os não-binários como “seres estranhos e alucinados”. No caso concreto deste rapaz, o sofrimento era bem visível e, de certeza, que Jesus não lhe ia virar as costas… Não concordar com a ideologia de género, não nos dá direito em maltratar o outro, que continua a ser nosso irmão ou irmã em Cristo.

Sei que tudo isto é polémico. Mas, na minha opinião, o problema está no extremismo com que se veem as coisas hoje em dia. Se sou contra, tenho de pôr a pessoa de parte. Se sou a favor, não a coloco de parte. Isto faz sentido aos olhos de Deus? Não. Ele próprio deixou o exemplo. Ia ter com as pessoas e mostrava-lhes que as amava, apesar de ser contra o que faziam.  E com este amor, mudou muitas vidas… Amemos e oremos mais, em vez de apontar o dedo...

quinta-feira, julho 18, 2024

 

Olhar para o abuso sexual sem rodeios

 


Nas últimas horas foi dado a conhecer que o padre Abbé Pierre, fundador da Comunidade Emaüs, e um defensor dos marginalizados, foi acusado de abusos sexuais. A denúncia é da própria comunidade e remete, de alguma forma, para a confissão do próprio padre antes de morrer: “cometi o pecado da carne”.

Mais informações deverão, entretanto, ser reveladas… De qualquer forma, este caso também me chamou a atenção para a forma como a Comunidade Emaüs lidou com tudo isto. Após a confissão de uma mulher, procuraram saber a verdade. Puseram de lado a admiração enorme que tinham pelo fundador e escutaram as vítimas.

Por outras palavras, a dor e a admiração pelo padre não os impediram de pensar nas pessoas que escondiam, há anos, um dos piores traumas que se pode viver nesta vida. Defender a Igreja também é isto. É preciso ir à procura da verdade, por mais dolorosa que seja, porque a cruz do abuso sexual é maior do que a cruz de se ver os ‘podres’ de alguns membros da Igreja.

A dor de Jesus e da Mãe são, sem dúvida, muito maiores, se se optar por esconder crimes, no intuito de se manter uma imagem.

A partir de agora, seja qual for o desfecho deste caso, a forma de atuação deve servir de exemplo. Não se pode virar a cara a quem denuncia abusos sexuais. Há casos que são mentira? Sim, já aconteceu. Como acontece fora da Igreja. Mas, a grande maioria, é verdade. Por que razão só agora falam? A Psicologia explica-o muito bem. O abuso sexual paralisa qualquer um, sobretudo quando perpetrado por alguém que é poderoso e idolatrado.

A Igreja só vai conseguir purificar-se destes crimes horrorosos, enfrentando-os. E, claro, com muita oração e com muita reparação…

Deixo contactos para quem possa precisar de pedir ajuda (sejam casos da Igreja ou não):

https://grupovita.pt/contactos/

https://apav.pt/apav_v3/index.php/pt/

terça-feira, julho 09, 2024

 

O ativismo na Igreja mata o amor



Será possível trabalhar para Deus, sendo constante e empenhado, e perder o amor por Ele? Sim, é um risco a que todos estamos sujeitos. Não sou eu que o digo, é a Palavra de Deus. Em Ap 2, 2-4, Deus fala assim à Igreja de Éfeso:

“Conheço as tuas obras, as tuas fadigas e a tua constância. (…) sofreste por causa de mim e não perdeste a coragem. No entanto, tenho uma coisa contra ti: abandonaste o teu primitivo amor.”

Perder o primitivo amor é deixar de fazer as coisas por amor a Deus, perder o ânimo inicial. Com a falta de trabalhadores para a messe, é fácil cair, inconscientemente, no ativismo, acabando a fazer-se muita coisa, sem sequer se pensar se Deus o quer.

Tenho meditado nesta passagem da Bíblia, nos últimos dias, por causa de um livro que estou a ler e que fala desta questão. Por vezes (ou muitas vezes), quando nos deixamos levar pelo ativismo na Igreja, descuramos a oração e nem sequer procuramos quem nos oriente espiritualmente.

Associado a tudo isto, estão as feridas mal saradas que carregamos dentro de nós e que nos podem levar a fazer muita coisa, apenas para sermos vistos. Muitas vezes, nem sequer temos noção disto. E não temos, porque não paramos, não fazemos silêncio, não pedimos orientação espiritual, não conhecemos (ou não aceitamos) essas feridas...

Assim, se perde o “primeiro amor”, a vontade de fazer obras somente por amor a Deus, o empenho inicial. Tornamo-nos ‘Martas inquietas’, que não procuram o mais importante, que nunca lhes será tirado (Lc 10, 38-42)… E adoecemos, acabando por pôr em causa o mandamento “Não matarás”, que também se aplica a cuidar da saúde (a nossa e a dos outros). E, desta forma, os frutos não serão os mesmos…

Ajudai-nos, Jesus, por intercessão da Mãe, a parar, a fazer silêncio, para saber qual a Tua Vontade. Envia-nos, também, mais trabalhadores para a messe. Ámen.



terça-feira, julho 02, 2024

 

O que oferecer a Jesus e à Mãe?

 


Pedimos tantas coisas a Jesus e à Mãe. Não tem mal, claro. Mas, desta vez, poderíamos fazer algo diferente: dar-Lhes uma prenda, apenas porque Os amamos – mesmo que de forma muito imperfeita. A melhor prenda é, obviamente, fazer a Vontade do Pai. Mas, neste caso, refiro-me também a algo simbólico: uma flor, uma oração, um desenho, uma canção, o sorriso de uma criança…



sexta-feira, junho 28, 2024

 Oração, "a família está sob ataque"


A Mãe bem nos alerta para a importância da oração, nomeadamente em família. Estamos à espera do quê para pedir a Jesus a graça de se conseguir orar e meditar a Palavra de Deus em família? Orar, meditar e, claro, pôr em prática...

"Queridos filhos! Alegro-me convosco e agradeço a Deus por me permitir estar com vocês para conduzi-los e amá-los. Filhinhos a paz encontra-se em perigo e a família está sob ataque. Convido todos, filhinhos, a retornarem à oração em família. Coloquem a Sagrada Escritura num local visível e leiam-na todos os dias. Amem a Deus sobre todas as coisas, para que vivam bem na terra. Obrigada por terem atendido ao meu chamado.”
Mensagem da Mãe, em Medjugorje, 25 de junho 2024

quinta-feira, junho 20, 2024

 

Não és perdoado

 


Há passagens da Bíblia que não podem ser ignoradas. Esta é uma delas:

“Porque, se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não perdoará as vossas faltas.” Mt 6, 14-15

É Jesus que o diz… Será que já perdoámos, de coração, a quem nos magoou ou nos maltratou?

Ajuda-nos, Espírito Santo, a ver se realmente perdoámos ou se ainda resta alguma mágoa. Cura-nos deste tipo de sentimento e ajuda-nos a perdoar de todo o coração, para sermos perdoados e para ajudar quem nos fez mal a ver que o amor e o perdão fazem mais sentido do que o ódio e a vingança. Ámen.


sexta-feira, junho 14, 2024

Um encontro de Amor


Já repararam que, hoje em dia, é comum venderem-se encontros e retiros de silêncio? Mil e um movimentos/grupos oferecem momentos de tranquilidade e de silêncio. Infelizmente, muitos, levam-nos a adorar falsos deuses... Quantos católicos vão atrás disto... O ser humano tem fome e sede da oração em silêncio, contemplativa. Daquela oração que acalma o coração, que conforta a alma, que nos faz sentir amados. Sente falta da oração que é dita de coração, sem ser necessário muitas palavras.

Mas, sabem, na Igreja Católica já existe essa oração há  2 mil anos. E não é preciso ir a um retiro - embora, a Igreja também os tenha. Basta entrar numa Igreja, principalmente quando está Exposto Jesus, e ficar ali, em silêncio, a olhar para Ele. Olhamos para Ele e Ele olha para nós. Não são necessárias muitas palavras. Basta ficar, sabendo que temos um Deus maravilhoso, que nos ama, mesmo cheios de pecados. 

Aproveitemos este silêncio, este momento de contemplação, para amar e para nos sentirmos amados. O nosso mal, muitas vezes, é não conhecermos o Amor que Deus tem por cada um de nós...

Para terminar, aconselho-vos a ler o livro "Testemunhos Eucarísticos", da querida amiga Marisa Ferreira Neto. Contém testemunhos maravilhosos da diferença que faz deste encontro de amor entre Deus e cada um de nós...

PS: Na imagem deste post, está o contacto para quem quiser pedir o livro. Quem não pode deslocar-se a uma Igreja, por motivos de força maior, como doença incapacitante, pode fazer Adoração em casa, através da TV Canção Nova ou da Internet (canais de Adoração Perpétua). 

sábado, junho 08, 2024


"Meus filhos, porque vos apressais tanto?"




Ainda no outro dia conversava com uma pessoa e comentávamos como se saboreia cada vez menos a vida. Na maioria das sociedades, tem-se acesso a mil e uma coisas; vive-se numa ansiedade constante em se conseguir fazer isto, aquilo, em se estar atualizado... No trabalho, com as novas tecnologias, temos de estar sempre contactáveis. Os filhos têm de ter muitas atividades extracurriculares para serem supostamente mais felizes... 

Mas, onde fica o essencial? Onde fica a oração, sobretudo em silêncio? E a Eucaristia? E o tempo para a família sem correria? Jesus pediu à missionária Anne para divulgar uma pergunta: "Por que razão sentis que é preciso andar tão depressa ao longo dos vossos dias?" 

E deixou um desafio. Vamos pô-lo em prática? 

"Quero que mudeis a vossa maneira de viver e estou a pedir-vos que façais esta mudança agora. Durante a próxima semana, pensai em cada atividade e decidi, Comigo, se é algo que Eu quero que façais, ou se é algo que vós quereis fazer."

Porque, continua: "Quero oração, sim, mas também quero conversas que não sejam apressadas, e em stress, entre maridos e mulheres, entre irmãos e irmãs, e entre pais e filhos. Foram estas as pessoas que Eu decidi que partilhariam convosco os caminhos da vida e vós tendes obrigações para com elas. Se estais muito ocupados com a vossa própria vontade, não olhareis para a Minha vontade e perdereis oportunidades de aprender dos outros e de assistir os outros na sua aprendizagem sobre Mim."

PS: Podem consultar o resto em https://directionforourtimes.com/wp-content/uploads/2013/04/POR-Stress.pdf . Tem o imprimatur da Igreja.