segunda-feira, julho 27, 2020


A fé e a esperança ainda estão vivas



 Queridos filhos! Neste tempo de inquietude, onde o diabo ceifa almas para atraí-las para si, convido-vos à oração perseverante, para que, através da oração, descubram o Deus do amor e da esperança.
Filhinhos, tomem a cruz em suas mãos. Que ela seja para vocês um estímulo de que o amor sempre vence, especialmente agora, quando a cruz e a fé são rejeitadas. Com suas vidas, sejam reflexo e exemplo de que a fé e a esperança ainda estão vivas e que um mundo novo de paz é possível.
Eu estou com vocês e intercedo por todos vocês diante de meu filho Jesus. Obrigado por terem atendido ao meu chamado.” Mensagem 25 de julho de 2020



sexta-feira, julho 24, 2020


Livros de autoajuda? Prefiro a Bíblia!




Ora vejam estes conselhos tão importantes. Qual é o que vos deixa mais a pensar? No meu caso é a alegria que não só faz bem, como ajuda na santidade…


“Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida.

Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade e afasta a tristeza para longe de ti, pois a tristeza matou a muitos e não há nela utilidade alguma.

A inveja e a ira abreviam os dias e a inquietação acarreta a velhice antes do tempo. Um coração bondoso e nobre banqueteia-se continuamente, pois seus banquetes são preparados com solicitude.” Eclesiástico (ou Ben Sirá) 30, 22-27


terça-feira, julho 14, 2020


Prudência, mas sem temor e desânimo…



“Tem cuidado, mas não temas; não desanimes nem te assustes à vista desses dois tições fumegantes.” Is 7,1-9 São palavras de consolo as que podemos ler na 1.ª Leitura da Eucaristia de hoje.

Estamos numa fase complexa das nossas vidas. Um vírus tornou-se numa ameaça mundial, afetando todas as áreas: saúde, social, Economia, Cultura, etc. Muitas pessoas estão no desemprego, outras com doenças graves e possivelmente letais esperam semanas/meses a fio sem saberem se podem fazer uma cirurgia… Não há certezas e até se tem medo das previsões.

No meio do caos temos a vida bem real, que não para. Uns estão em casa por serem de risco; outros, mesmo sendo de risco, têm de andar todos os dias em transportes para darem comida aos filhos; e há quem esteja de tal forma assustado e em pânico que já precise de apoio psicológico. No meio de tanta angústia ficam ainda mais esquecidas as realidades bem cruéis – e que sempre existiram – dos refugiados, deslocalizados, imigrantes, violência doméstica, abuso sexual, maus-tratos infantis…

Mas, como Deus não está longe, e nos continua a falar por meio da Palavra Viva, diz-nos claramente: “Tem cuidado, mas não temas; não desanimes nem te assustes”.

Oração
Pai, dá-nos força para enfrentar a vida com alegria e sem pânico, nunca deixando de ser prudentes. Somos fracos, mas a Ti tudo é possível. Ajuda-nos a ir para a frente, nunca esquecendo de Te louvar e amar e de Te levar aos nossos irmãos e irmãs. Ámen.



quinta-feira, julho 09, 2020


Deus não desistiu de Mim, esperou na minha indiferença e salvou-me!




Trocando os nomes Israel e Efraim pelo meu, dou por mim a meditar na Palavra da 1.ª Leitura de hoje (Oseias). Também a mim Deus me amou desde criança e me chamou muitas vezes, enquanto eu me afastava. Nem percebia que era Deus, como um Pai amoroso, que, apesar da minha indiferença, me carregava nos braços, atraindo-me com laços de amor, dando-me de comer, estremecendo de compaixão… Obrigada, meu Único Deus Maravilhoso, por nunca teres desistido de Mim!


“Eis o que diz o Senhor: «Quando Israel era ainda criança, já Eu o amava; e, para o fazer sair do Egito, chamei o meu filho. Mas quanto mais Eu os chamava, mais eles se afastavam de Mim. Ofereciam sacrifícios a Baal e queimavam incenso aos ídolos.
Contudo, Eu ensinava Efraim a andar e trazia-o nos braços; mas não compreenderam que era Eu quem cuidava deles. Atraía-os com laços humanos, com vínculos de amor. Tratava-os como quem pega um menino ao colo, inclinava-Me para lhes dar de comer.
O meu coração agita-se dentro de Mim, estremece de compaixão. Não cederei ao ardor da minha ira, nem voltarei a destruir Efraim. Porque Eu sou Deus e não homem, sou o Santo no meio de ti e não venho para destruir.”



segunda-feira, julho 06, 2020


E a Confissão/Reconciliação? Tão esquecida, mas tão importante…




As lágrimas vieram-me aos olhos quando entrei na Igreja e vi que podia confessar-me. A Confissão ou Reconciliação é um sacramento de cura, sobretudo interior, que nos leva a fazer um exame de consciência dos nossos atos, palavras, pensamentos, omissões… Todos os dias peço perdão a Deus, obviamente, mas é diferente quando se recebe o sacramento, instituído por Jesus (Jo 20,21-23).


É triste que muitos de nós tenhamos crescido com a ideia de que a Confissão é algo horroroso, chato, aborrecido, que nos obriga a contar os nossos erros a um padre. Mas não é nada disso! É um momento maravilhoso em que, de forma humilde – não humilhante -, abrimos o nosso coração, pedindo perdão. É um momento magnífico para sentir a misericórdia e o amor de Jesus e para aprender a ser mais humilde e a pedir perdão também aos irmãos que magoamos. Pode ainda ser – infelizmente, nem sempre acontece – uma forma de ouvir do sacerdote aquele conselho que nos vai dar mais força e orientação.

Há, aliás, muitos testemunhos, em grupos de cura e libertação e até de exorcistas, de pessoas angustiadas e desamparadas que, após uma confissão geral de vida (todos os erros da vida), ficam curadas, enchendo-se de vida e vida abundância (Jo 10,10).

Neste tempo de pandemia também as confissões ficaram confinadas. Obviamente que Deus é Pai e sabe bem que assim teve de ser. O próprio Papa realçou que ninguém deixava de ter a misericórdia de Deus. Mas penso que já se deveria voltar. Nalgumas igrejas isso já acontece, noutras não. Compreendo que deva haver cuidados, mas se é possível celebrar a Eucaristia, com segurança, por que não tentar o mesmo com a Confissão?

Pode haver casos em que, de facto, a Igreja não tenha espaço. Mas não existe uma alternativa? Nem que seja por videoconferência, telefone… Quem não se lembra das imagens de pessoas que, dentro do carro, num descampado iam ter com o padre para se confessarem?

Esta pandemia tem-nos feito refletir sobre muitas coisas, além de ter, em muitos casos, aumentado a falta de paz dentro de casa, no trabalho, etc. Precisamos da Reconciliação, desta fonte inesgotável de vida, amor e misericórdia, que nos cura e nos fortalece…



quarta-feira, julho 01, 2020


Vazio, sensação de sujidade: O trabalhador do sexo também é um ser humano…





“Um vazio muito grande.” “Sentimo-nos sujas depois de estarmos com um homem…” Estas foram algumas das palavras que mais me tocaram no testemunho de uma mulher que conheceu a prostituição e que hoje em dia luta pela legalização dos trabalhadores do sexo, em dadas circunstâncias, para evitar o abuso de jovens adolescentes, que dão o seu corpo por 20 euros.

Não quero entrar aqui na discussão da legalização. Vou focar-me apenas nas palavras desta mulher que, num programa de TV, revelou o vazio que sente e a sensação de sujidade após se estar com alguém que paga para ter sexo. Di-lo em lágrimas… É uma mulher muito bonita, bem vestida, mas por dentro mostra como não está bem.

Enquanto a oiço penso na mulher apanhada em adultério e que foi salva por Jesus quando a queriam matar à pedrada. (Cfr Jo 8, 1-11) Jesus não se ficou pelo que habitualmente fazemos: julgar ou olhar para o lado, como se o negócio do sexo não existisse ou como se fosse coisa de gente que está condenada e que vai inevitavelmente para o inferno. Jesus começou por salvar a vida daquela mulher, evitando que fosse apedrejada até à morte. E foi mais longe ao propor – não impondo – outra vida. Percebeu e interessou-se pelos seus sentimentos, fraquezas, condições de vida. Compreendeu que ela mendigava amor…

Devíamos aprender com o Mestre, porque o mundo da prostituição é muito vasto e há de tudo um pouco: as que gostam, as que querem ter dinheiro para umas calças de marca, as que fora enganadas e que, em busca de melhores condições de vida noutros países, são alvo de lenocínio… É uma situação muito delicada e que só tem solução – nem que seja menos uma pessoa na prostituição já é salvar uma vida – se olharmos para o interior de cada uma estas mulheres – ou homens – e percebermos o que as levou aquela realidade.
Quem sabe se o problema está na ausência dos pais, que preferiram a carreira e o dinheiro, em vez de dar amor? Ou na infância vivida entre brigas, álcool, droga… que impediram o conhecimento do verdadeiro amor?

E, nós cristãos, julgamos ou amamos, procurando soluções? Será que a forma como amamos e damos atenção aos nossos filhos não os levará um dia a mendigar amor onde impera antes o vazio, quer seja na prostituição ou noutras escolhas erradas?


Conheçam o trabalho das Irmãs Oblatas nesta área: https://www.oblatasportugal.pt/