segunda-feira, abril 29, 2019


Jesus tem saudades nossas…





Lembro-me como se fosse hoje, apesar de já terem passado quase 20 anos. Ia na camioneta para casa. No caminho passámos pela rua da Igreja onde fui batizada e onde fiz a Primeira Comunhão. Na altura estava muito zangada com a Igreja, mas não resisti em olhar para a porta. E senti um aperto no coração, uma saudade imensa…

Na altura não percebi. Achei que tinha apenas saudades de ir dentro de uma igreja para escutar o silêncio e ver as imagens. Mas não foi nada disso. Hoje sei que aquele aperto no coração, aquela saudade imensa, era Jesus a dizer-me: “Tenho tantas saudades tuas! Volta!”

Jesus é mesmo assim. Tem saudades nossas e, mesmo que os nossos erros sejam horrendos, Ele pede para voltarmos para os Seus braços, para nos curar nas Suas Santas Chagas (Is 53, 5) e para nos restituir vida e vida em abundância (Jo 10, 10).


Ontem foi a Festa da Misericórdia. Jesus disse que neste dia, quem se aproximasse de Si, através da Confissão e da Eucaristia, alcançaria o perdão total das suas culpas.

Quem não foi, NÃO DESISTA de procurar Jesus e de conhecer a Sua Misericórdia! Não é apenas uma devoção ou palavras bonitas lançadas ao ar! É Jesus a chamar cada um de nós para voltarmos para os Seus Braços por pior que sejam os nossos erros. Como disse: “Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” Mt 9, 13


Aqui podemos ficar a conhecer melhor tudo o que está em volta de Jesus Misericordioso. Não custa espreitar … ;) Houve um dia que espreitei e desde aí que é essa Mão de Jesus, cheia de Misericórdia, que me ajuda a viver cada dia que passa, com mais ou menos erros, com mais ou menos dificuldades…



sábado, abril 27, 2019


Festa da Misericórdia! Jesus, eu confio em vós!


Por maior que seja o nosso erro, Jesus espera por nós, amanhã, na Festa da Misericórdia! Procuremos Jesus na Eucaristia e na Confissão, CONFIEMOS Nele! Ele quer-nos dar vida e vida em abundância! Jo 10, 10
No link pode-se conhecer melhor esta Vontade de Jesus para nos mostrar o Seu amor! Quem não for amanhã, não desista e tente conhecer a Divina Misericórdia, que tantos tem salvo!


quarta-feira, abril 24, 2019



Se a vida fosse só este mundo, seria em vão…



Na Quinta-Feira Santa senti uma dor tão grande no coração quando retiraram Jesus do Sacrário… Era uma dor de saudade. Nunca tinha sentido isto. Naquele momento lembrei-me do que deviam ter sentido os discípulos quando ficaram sem Jesus ao verem-No morrer na cruz…

Nós sabemos e acreditamos que Ele está vivo, mas os discípulos ainda não sabiam o que era ressuscitar… Fiquei a pensar como eles se devem ter sentido completamente perdidos, vazios, sem qualquer orientação… Provavelmente até se sentiram traídos, a acharem que tinham acreditado em mais um profeta, igual a muitos outros.

Isto fez-me lembrar uma conversa que tive uma vez com uns jovens num momento de oração e de meditação. Acreditavam em Deus, mas tinham muita dificuldade em acreditar na ressurreição. Lembro-me que abri a Bíblia e lhes li: “Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé e permaneceis ainda nos vossos pecados. Por conseguinte, aqueles que morreram em Cristo, perderam-se. E se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” 1 Co 15, 16-19

Nunca mais vi estes jovens, mas a sua dificuldade em crer na ressurreição é comum hoje em dia, infelizmente. É fácil acreditar no Deus Amor, mas quando se chega à ressurreição… Eu sei que é a linguagem do Espírito, mas, de facto, de que valeria a pena se Jesus não tivesse ressuscitado e se não pudéssemos caminhar para a Vida Eterna? Deus seria o quê? Sadomasoquista? Qual seria o sentido de se viver neste mundo imperfeito, de sofrimento, e depois tudo acabar?

Abramos o nosso coração e deixemos Jesus inundar-nos com o Seu Espírito para vermos que a ressurreição não é uma ilusão ou uma história da carochinha! Abramos o nosso coração para anunciar a Sua Ressurreição nos quatro cantos do mundo, não nos importando com quem possa gozar connosco! Lembremos: “Porque, se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos” Lc 9, 26

quinta-feira, abril 18, 2019

Jesus, eu confio em Vós!




 A novena da Divina Misericórdia começa Sexta-Feira Santa! Como disse Jesus a Santa Faustina: "Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate" (Diário de Santa Faustina, nº. 699)




segunda-feira, abril 15, 2019



"Já pensou como a Mãe sofreu ao ver o seu Filho em plena agonia, sem poder fazer nada?"




Há conversas que são autênticos testemunhos da Palavra de Deus. Enquanto o meu filho jogava à bola, fiquei a ler num banco. Apareceu uma senhora que já não via há muito tempo, com a neta. Só nos conhecemos da rua, por isso começámos pelas conversas banais.

Até que ela, senhora já de certa idade, começou a desabafar. Foi aí que percebi como vive num autêntico inferno. Não só ela, como também a neta. É daquelas vidas em que parece que nada corre bem. Desgraça vem após desgraça, afetando os mais inocentes.

Mas no meio do inferno que vive, impressionou-me sobretudo o amor que tem por Jesus e Maria. Não falo apenas de fé, mas de um amor muito intenso. Várias vezes me dizia, com lágrimas nos olhos: “Entrego tudo pelas chagas de Jesus e pelas dores de Nossa Senhora. Já pensou como eles sofreram? Já pensou como a Mãe sofreu ao ver o seu Filho em plena agonia, sem poder fazer nada?”

Fiquei a matutar nestas palavras. Quantas vezes penso no sofrimento de Jesus e de Maria quando estou em aflição? Poucas… Lembro-me mais quando passa a aflição, mas na altura nem sempre… Achei lindo o amor que ela tem por Jesus e Maria. Via-se nos seus olhos, não era apenas conversa bonita.

Peço assim ao Senhor que nos dê este amor, esta proximidade com Jesus e Maria, também no sofrimento. E peço por esta senhora, pela sua neta e por toda a família, que bem precisam…


quarta-feira, abril 10, 2019


“Fiz tanta asneira que não me achava digno de perdão”





O M. viveu no mundo da droga durante 20 anos. Do conforto da sua casa foi parar ao crime e à rua, onde dormiu durante anos a fio. Está recuperado há vários anos e, hoje em dia, ajuda outros sem-abrigo a sair da rua e toxicodependentes a deixar a droga, graças a Deus.

O que mais chamou a atenção no seu testemunho foram estas palavras: “Todos me perdoaram, a minha mãe, o meu pai… Mas eu não conseguia perdoar-me a mim mesmo. Fiz tanta asneira que não me achava digno de perdão e fazia-me confusão como todos me perdoavam e me aceitavam de volta, dando-me a mão para me levantar.” O M. diz que o perdão a si mesmo foi um processo muito complicado que só conseguiu resolver com a fé em Jesus Cristo.

Este caso fez-me lembrar dois exemplos, um bom outro não tanto: Pedro e Judas. Ambos traem Jesus, mas enquanto Pedro, mesmo esmagado de dor pelo que tinha feito, consegue ver nos olhos de Jesus o Seu perdão, Judas nem se atreveu a olhá-Lo e desistiu por completo da vida…

Meditando no exemplo de Pedro e de Judas, surgem-me estas questões:

- Até que ponto, após cometer erros (mesmo os mais graves), consigo olhar para Jesus e deixar-me invadir pela Sua Misericórdia?

- Será que na minha vida mostro esta Misericórdia de Jesus para quem mais erra – principalmente quando as ações dessa pessoa me prejudicaram - de modo que também ela, filha de Deus, saiba que ainda tem salvação?

- Mesmo que todos me condenem, será que consigo ir até Jesus e, com toda a minha miséria, voltar para a Casa do Pai?


Relembremos que Jesus disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” Mc 2, 17



terça-feira, abril 02, 2019


Ser cristão não é apenas não matar e não roubar… é amar os inimigos




No tempo em que andei longe da Igreja costumava dizer que era católica não praticante e cristã. Católica não praticante, porque me habituei a ouvir isso. Cristã, porque supostamente fazia o que Deus pedia. Não matava, não roubava…

Hoje olho para trás e penso como me estava a enganar a mim própria. Ser cristão católico é de facto ser Igreja, estando presente, não vivendo uma “fé individual”. Como Jesus nos disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” Mt 18, 20. Aliás, se se defende o amor de Jesus, que sentido faz viver uma “fé individual”!? O amor não existe sozinho…

Quanto à questão de que sou cristã, porque não mato ou não roubo … Será que é mesmo assim? De facto, podemos não cometer um homicídio, podemos não roubar nada … mas a mensagem cristã não se fica por aí. Além de que matar e roubar pode significar simplesmente matar e roubar a autoestima do outro com palavras.  

Ser cristão é muito mais. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo é dar a outra face, orar por quem nos faz mal… Em suma, amar os nossos inimigos, porque assim somos filhos de Deus, Aquele que dá o sol e a chuva aos bons e aos maus…  Mt 5, 44-45

E isso eu não o fazia quando tinha a minha “fé individual”. Hoje em dia já o faço? Sim. Consigo sempre? Não. Mas consigo mais vezes, porque em comunidade e com os sacramentos vou fortalecendo a minha fé e abrindo portas a Jesus, para que, na Sua graça, consiga amar quem me faz mal, por mais difícil que seja. Afinal, também eu cometo erros e gosto de ser perdoada…