quinta-feira, janeiro 30, 2020


Silêncio, adoração, 5 pedrinhas e … revigoro as minhas forças em Jesus



“O auxílio vem do Senhor, do Senhor Nosso Deus…” Foi este cântico de Taizé que ouvi mal entrei na capela. O lugar é pequeno e muito acolhedor, próprio de uma capela de hospital. Ali fiquei em oração, no silêncio, saboreando a paz de Jesus…

Apetecia-me dizer como Pedro: “Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas…” (Mc 9, 5). Não tinha muito tempo, porque estava na hora de almoço, e tinha de voltar ao trabalho. Mas, mesmo sabendo que não podia ficar ali nem 15 minutos, quis aproveitar cada segundo.

Sentia-me exausta e tinha um nó na garganta. Mas ao mesmo tempo sentia paz ao recordar as palavras de Jesus: “E quem de vós, pelo facto de se inquietar, pode acrescentar um côvado à extensão da sua vida?” (Lc 12, 25) ou “No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo!” (Jo 16, 33)

Ali fiquei… E como foi maravilhoso! À medida que caminho na fé e no amor a Jesus – com os vários altos e baixos – tenho cada vez mais a certeza de uma coisa: se estivéssemos mais vezes em oração no Sacrário, em silêncio, teríamos mais facilmente forças para enfrentar as agruras desta vida.

Mesmo quando estamos impossibilitados de ir ao Sacrário, devíamos ficar em silêncio durante uns minutos perante Jesus. Acreditem que as respostas vão surgir. Mesmo que não seja logo, vão surgir. E enquanto não chegam damos por nós a ter paz e confiança, apesar das dores e da confusão que gira à nossa volta.

Também tenho percebido que é preciso mais para vencer o Golias – ou os Golias – desta vida. O segredo está nas 5 pedrinhas de que nos fala a Mãe em Medjugorje: Eucaristia (todos os dias ou ao domingo/dias santos), Confissão mensal e após pecado grave, Leitura da Palavra de Deus (diária), recitação diária do Rosário (pelo menos, do Terço) e jejum (4.as e 6.as).

Sem estas 5 pedrinhas, que se complementam, é muito mais difícil enfrentar as adversidades, que, não tenhamos ilusões, hão de sempre existir neste mundo, ou Jesus não nos tivesse pedido para aceitar a cruz de cada dia (Cfr. Mt 16, 24-26).



quinta-feira, janeiro 23, 2020


E quando a vida não faz sentido, eis Jesus a pedir o teu amor…





Sempre me questionei por que razão Jesus disse: “Meu Deus, meu Deus porque Me abandonaste?” Mc 15, 34 Há uns dias, após ler um livro de Tomáš Halík, estava em oração e percebi: Aquele é o momento em que Jesus, no Seu sofrimento atroz, se identifica com quem está em agonia. Seja por causa da morte iminente, seja porque a vida já não tem qualquer sabor.

Tudo isto fez ainda mais sentido quando vi a partilha de uma amiga no Facebook do testemunho do jornalista e escritor espanhol Jesus Garcia (o link em baixo). Este homem lembrou-se desse momento de agonia de Jesus quando estava muito mal, a achar que a vida não fazia sentido. Enfim, quando a vida já não tinha qualquer sabor...

No seguimento do último post – referente ao suicídio – escrevo mais estas palavras. Jesus escuta quem olha para a vida e já não lhe vê qualquer sentido. Ele sabe como é indescritível essa dor dilacerante que pode – e é muitas vezes – mais forte que a dor física. Mas, logo de seguida, mostra que o caminho não é desistir e entrega o Seu Espírito. Lc 23, 46

No meio da agonia, Ele mostra-nos que, independentemente do que se possa estar a sentir – melancolia, tristeza, frustração, etc. – basta entregar-nos a Deus. Como? Basta uma simples oração como “Não tenho mais forças, não consigo mais, quero mesmo desistir da vida, por isso agarra a minha mão, Jesus!” Ou simplesmente “Jesus…” Ou um simples – mas tão profundo – olhar para uma imagem…

E esta entrega leva-nos ao que aconteceu a Jesus: à ressurreição. No caso da doença física pode haver um milagre ou então partimos em paz, para O ver. No caso da dor psicológica também ressuscitamos mas já aqui, deixando de lado o desejo de abandonar este mundo. O reerguer pode ser difícil, lento – aos nossos olhos -, doloroso, mas termina na Luz verdadeira, que é Jesus.

Porque, como Ele disse, à apostola Anne: “Sois tão valiosos para o Meu Reino e Eu preciso de vós para Me ajudardes a chegar até aos outros.”



quarta-feira, janeiro 22, 2020


Tu és importante! Jesus não te abandona! Essa morte não te traz alívio!




Jesus deixou à apóstola Anne uma mensagem sobre suicídio. Leiam, partilhem e, por amor a Jesus e à Mãe, não julguem não apontem o dedo. O sofrimento que não se vê é aterrador. A quem possa estar a pensar nisso, pare e leia estas palavras de Jesus.


“Eu vou mandar-te alívio. Não tenhas medo. Eu estou contigo agora e nunca te deixarei.”

“Eu vou levar-te para longe da tua tristeza.”

 “Eu amo-vos. Eu vejo a vossa dor. Eu compreendo que ansiais pelo alívio da vossa angústia. Peço-vos, trazei-Me a vossa angústia. Eu posso ajudar-vos. Sois tão valiosos para o Meu Reino e Eu preciso de vós para Me ajudardes a chegar até aos outros.”


“Eu, Deus, posso mudar a tua vida durante este dia, durante o dia de hoje. Deves permanecer neste dia, no presente, porque Eu te dei graças suficientes para lidar com a tua cruz.”


“Eu preciso que tu sirvas de uma forma que tu não compreendes e não podes compreender hoje, no teu enorme desânimo.”


Em Português no site Santidade do P.e Sousa Lara:

Em Inglês:



segunda-feira, janeiro 13, 2020


Quem gosta de ouvir falar mal da sua própria mãe?




Cheguei à capela e ali fiquei à espera da Exposição do Santíssimo. Enquanto aguardava, houve uma imagem que me captou a atenção: a de Nossa Senhora carregando nos braços Jesus, após a ressurreição. A imagem é por demais conhecida e já a vi muitas vezes, mas desta foi diferente. Talvez porque após ser mãe entenda melhor o que é esse sentimento de amor e dor que se sente quando temos um filho nos braços…

Ali fiquei a olhar e a meditar nas dores da Mãe e de Jesus… Que união, que amor tão belo! O Santíssimo é Exposto e desvio obviamente o olhar para Jesus. Enquanto procuro “despejar” todo o cansaço nos braços de Jesus e de Lhe fazer alguma companhia, lembrei-me que também Jesus sente esse amor e essa dor pela Mãe. Amor pelas razões óbvias. Dor, porque ao olhar ao Seu redor vê muitos que repudiam e que falam mal da Sua Mãe.

Naquele momento pensei como seria bom que todos A aceitássemos. Afinal Jesus deu-no-La na cruz para nos acompanhar sempre (Jo 19, 25-27) Sei que a veneração - adoração é apenas a Deus – é um tema “quente”, que gera controvérsias. Mas não quero entrar por aí, porque somos todos filhos de Deus.

Mas mais que qualquer diferença entre religiões, há um ponto que é mais importante: o respeito e a aceitação da Mãe de Deus. Pode-se até não acreditar na Mãe na maneira como ensina a Igreja Católica, mas isso não nos obriga a tratá-La mal. Quem gosta de ouvir falar mal da sua própria mãe? Então não falemos mal da Mãe de Jesus, porque isso ofende e magoa o Filho… Se amamos mesmo Jesus, respeitemos - de preferência, amemos – a Sua Mãe.


segunda-feira, janeiro 06, 2020


A culpa não tem que ser uma ... culpa maldita que nos leva “à morte”!






Culpa. Esta é das palavras/sentimentos que mais tem afastado as pessoas de Deus. E porquê? Porque desconhecemos a Palavra de Deus. Quando estudamos a Bíblia vemos como Jesus faz tudo por tudo para afastar essa ideia errada de culpa. Um bom exemplo é o da mulher adúltera, que estava para ser lapidada (morta à pedrada). (Jo 8, 1-11)


Jesus não quis que ela morresse. Hoje em dia, na nossa sociedade, não somos apedrejados, mas acabamos muitas vezes por “morrer” asfixiados na culpa, acabando por cair numa tristeza terrível. Com isso vem a solidão – mesmo no meio de muitas pessoas -, a depressão, os problemas de estômago, as palpitações, etc, etc.



A culpa é algo normal e que até é bom. É sinal que percebemos que estamos a cometer erros. Mas esse sentimento nunca nos deve levar à autoflagelação – mesmo que seja apenas psicológica – nem a fecharmo-nos à graça de Deus. Ele é Misericórdia e quer que assumamos a nossa culpa de uma forma feliz (felix culpa), ou seja, devemos admitir o erro, reparar sempre que possível – o que implica pedir perdão ao outro e a Deus -, aprender com o erro e ir em frente.



A culpa ajuda-nos a ver que não somos mais que ninguém, porque vemos que qualquer um pode cair no erro. É também uma forma de aprendermos a confiar em Jesus, na Sua Misericórdia, a sermos mais humildes. Já pensaram que o nosso erro pode ajudar outros a não fazerem o mesmo?



“Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” (Mt 9, 13) Jesus quer curar-nos, veio para que tenhamos vida e vida em abudância (Jo 10, 10). Quer que admitamos o erro, peçamos perdão, confiemos na Sua Misericórdia e Amor. Depois, aprender com o erro, ser testemunha para que outros não façam o mesmo e continuar em frente, dando graças por tudo, sendo feliz (1 Ts 5, 16-22).