terça-feira, novembro 30, 2021

 

Será que sou uma “católica dietética”?


Gloria Polo é uma conhecida missionária, leiga, que passou por uma experiência de quase-morte, quando foi atingida por um raio. O seu testemunho no livro “Estive às portas do céu e do inferno” alerta-nos para muitas coisas. Uma delas é para não sermos o que ela era antes deste acidente: uma “católica dietética”. 

Mas, afinal, o que é isso? Gloria Polo recorda que a sua vida cristã deixava muito a desejar, apesar de achar que era uma pessoa de Deus. Como ela nos conta, ia à missa por tradição, quando lá estava só queria que o padre se calasse, saía de lá e ia ao astrólogo ou à “bruxa”, rezava um terço entre o intervalo da novela, limitava-se a dar umas coisas aos pobres para descansar a consciência, não dava atenção aos filhos e acreditava na encarnação e em práticas esotéricas. Defendia também o aborto.

Fica a questão: será que somos “católicos dietéticos”? Será que nos achamos muito bonzinhos e muito católicos, mas, na vida concreta, não passamos de hipócritas? Não estou a falar dos erros que qualquer um pode cometer, mas de uma vida sem qualquer coerência com a Palavra de Deus.

Que o Espírito Santo nos ilumine nas respostas a estas perguntas e que nos dê a força necessária para assumirmos a nossa verdade, erguendo-nos para correr para os braços de Jesus. Só refletindo sobre as nossas incoerências, sem tapar o sol com a peneira, é que podemos ir ao encontro de Jesus, para que Ele nos possa curar e purificar.

 

Um resumo da sua história:

 http://wiki.cancaonova.com/index.php/Testemunho_Gloria_Polo

quarta-feira, novembro 24, 2021

 

“Escuta-me!” – eis o grito de tantas pessoas hoje em dia…

  



Já lá vão uns anos que o M. e a J. partiram para o Pai. Eram um casal de idosos muito simpáticos, mas que se sentiam sozinhos. A vida não lhes permitiu ter filhos e a solidão das quatro paredes da casa levaram-nos a pedir ajuda na Igreja: precisavam de alguém para conversar, para os visitar. 

Eu e a minha mãe costumávamos ir a casa deles e com o passar do tempo deixámos de ser voluntárias e passámos rapidamente a ser família. O M., já com mais de 80 anos e com problemas de memória, contava-me vezes sem conta a mesma história. A mulher, também com mais de 80 anos, refilava e dizia-lhe: “Coitadas! Estás sempre a repetir-te!” Mas ele continuava. Não nos importávamos: os olhos daquele meu “avozinho” brilhavam por saber que havia alguém para o escutar.

Esta sede em ter alguém para nos escutar, sem qualquer julgamento, faz muita falta no mundo atual. Muitas vezes não sabemos como podemos ajudar os outros. Se calhar, basta escutar o que o outro tem para dizer, acolhendo a sua dor e revolta. Ou, então, escutar o seu silêncio, com o máximo de respeito. Como teríamos todos mais saúde física, psicológica e espiritual…

Envia, Jesus, mais trabalhadores para esta messe da escuta! Ámen.


sexta-feira, novembro 19, 2021

 

A mínima pedrinha, devia provocar dores… Que Amor, meu Deus!

 


Na capela, olhando para a imagem de Jesus na cruz pensei nas dores atrozes que Ele sentiu na Sua entrega. Além de todo o sofrimento psicológico e espiritual, cada parte do Seu corpo estava feita num farrapo. Cada pedrinha, por mínima que fosse, deveria provocar fortes dores… 

Jamais, Jesus, vamos conseguir apreender neste mundo esse Teu Amor tão grande por cada um de nós, mesmo por quem não Te quer, por quem não acredita em Ti… Mas, ajuda-nos, na nossa limitação, a meditar mais vezes nessa Tua entrega e nesse Amor infindável que é capaz de curar e de transformar os nossos vícios e erros. Ámen.




quinta-feira, novembro 11, 2021

 

Os problemas querem esmagar-nos, mas Deus está connosco!


É no silêncio que Deus fala e é bem verdade. Nem 5 minutos pude estar na capela, mas bastou entrar, escutar o silêncio, para Deus me relembrar aquilo que há muito me diz:

"Escuta, é uma ordem que te dou: tem coragem; não tremas, porque o Senhor, teu Deus, estará contigo para onde quer que fores” (Js 1, 9)

E continuou na voz de quem me ligou, sem saber de nada, e que me diz, noutro contexto: “Temos que ser mais bondosos connosco próprios, não podemos exigir tanto de nós.”

Muito obrigada, meu Senhor e meu Deus! (Jo 20, 28)

terça-feira, novembro 09, 2021

 

Pandemia, pandemia, o que temos aprendido?


A pandemia ainda não chegou ao fim, alguns países já voltaram a confinar, sabe Deus o que irá acontecer em Portugal. Face a tudo o que se tem vivido, é importante refletirmos sobre o impacto desta doença na nossa relação com Deus.


- Será que se mantêm vivas as muitas Igrejas Domésticas que nasceram durante o confinamento?

- Como está a nossa solidariedade? Continuamos a ajudar ou escondemo-nos atrás do medo do vírus? Infelizmente, há locais que ainda não recebem, por exemplo, roupa ou brinquedos…

- Será que mantemos a mesma vontade em visitar ou contactar com os idosos nos lares e nas suas casas, onde passam dias sem fim em plena solidão?

- E as crianças? Ainda brincamos com elas?

- E como está aquela noção de que o nosso comportamento vai afetar o nosso próximo?

- Será que continuamos demasiado agarrados a este mundo imperfeito, pondo de lado a grande meta do cristão: a Vida Eterna?


Estas são apenas algumas perguntas. Existem muitas outras. Ajuda-nos, Jesus, a refletir sobre o que aprendemos com este vírus e o que temos de mudar para Te seguir. Ámen