Não dá para entender!

Cada vez entendo menos esta sociedade. Agora, não há taxas moderadoras para as mulheres que querem fazer um aborto voluntariamente! Compreendo que não haja em casos de risco de vida. Aí estamos perante situações delicadas. Mas, nos outros, em que a mulher aborta voluntariamente, sem estar a correr qualquer risco?
Não consigo compreender uma lei destas ao olhar para situações como as que vi há pouco tempo num hospital público e central. Uma senhora precisava de um determinado medicamento e só o teve, porque a filha o foi buscar a uma farmácia fora daquela unidade de saúde. Já para não falar que não há comparticipação em muitos medicamentos ou, pelo menos, não há a devida comparticipação. Quer dizer, para se fazer uma TAC, o pedido tem de ir para o director do centro de saúde, e só depois de ele aprovar é que podemos fazer o exame, e nestes casos facilita-se tudo. Por favor, uma coisa é uma mulher em risco de vida e que precisa mesmo de abortar, outra coisa é uma mulher que vai abortar porque quer pensar primeiro na carreira! Aí a escolha é dela. Não está em risco de vida, para ter estas regalias que deviam ser dadas a doentes que estão mesmo com falta de saúde. Isto não faz sentido nenhum!