Que o Natal seja mais o amor e a paz de Jesus do que o consumismo vazio deste mundo!
sábado, dezembro 22, 2018
segunda-feira, dezembro 17, 2018
“Não vos inquieteis com coisa alguma”: Eis o segredo da alegria em Jesus
Ontem
cheguei à Missa a sentir-me triste, angustiada, esgotada… Mal entrei na Igreja
disse a Jesus: “Hoje estou assim. Sei que é o Domingo da Alegria, mas não consigo
senti-la, apesar de ter tanto para te agradecer…” E ali fiquei no meu cantinho,
tentando saborear aquele momento de descanso em Jesus…
E,
na 2.ª Leitura, lá estava este Jesus maravilhoso a sorrir e a dizer-me: “Alegrai-vos
sempre no Senhor. (…) Não vos inquieteis com coisa
alguma; mas em todas as circunstâncias, apresentai os vossos pedidos a Deus,
com orações, súplicas e ações de graças. E a paz de Deus, que está acima de
toda a inteligência, guardará os vossos corações e os pensamentos em Cristo
Jesus.” (Fl 4, 4-7)
Foi
aí que percebi. Para me alegrar preciso de NÃO ME INQUIETAR COM COISA ALGUMA. Se
já pedi a Jesus, se acredito – e acredito mesmo – que Ele me vai mostrar a
melhor forma de lidar com os problemas na vida, porque me continuo a inquietar?
Não
basta pedir e louvar a Deus. Tenho
também que parar de sentir o peso de tudo o que está à minha volta, principalmente
nos momentos em que ando esgotada e com muito trabalho. Porque é muito fácil,
no meio da correria do trabalho e das dificuldades, deixar-me levar pela corrente
da inquietação. Muitas vezes faço-o de forma inconsciente, mas a verdade é que
essa corrente só me vai conduzir ao abismo. Essa corrente só me vai afastar da
alegria de Jesus, da paz de Jesus. Aquela alegria e paz que sentimos mesmo
quando tudo cai à nossa volta.
Peço
assim a Jesus que me agarre e que me puxe dessa corrente, para que eu não deixe
sufocar o Espírito Santo e para que possa, nos momentos bons e maus, ser o
rosto de Cristo junto do meu próximo.
sexta-feira, dezembro 07, 2018
Quão puros são os nossos gestos de amor?
Ajudamos o próximo porque amamos a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos ou porque assim nos sentimos
melhores pessoas?
Será que o nosso gesto de amor é apenas para
encher o nosso ego?
Quem me chamou a atenção para isto foi uma
irmã, missionária em África durante muitos anos. Ela dizia que, muitas vezes,
principalmente no início da nossa caminhada em Cristo, temos tendência a sentir
demasiado orgulho do bem que fazemos, como se o talento não fosse dado por
Deus.
Desde aquelas palavras comecei a pensar no
que fazia. E é verdade: não é por mal, mas cai-se facilmente na tentação de nos
acharmos ‘boas pessoas’. Ao longo dos anos fui-me apercebendo desta tendência
tão humana – no pior sentido da palavra.
Mas, como ela me ensinou, é preciso aceitar
que somos assim, imperfeitos, e entregar a Jesus esta nossa tendência, para que
Ele nos molde como barro e nos permita alcançar aquele amor que se dá sem
querer que a mão esquerda veja o que fez a direita. (Cf. Mt 6, 1-4)
Além disso, estes podem muito bem ser os
primeiros passos de uma entrega cada vez maior a Deus e ao próximo. Por isso,
não nos sintamos derrotados ou demasiado tristes se verificarmos que estamos
nessa fase e peçamos o Espírito Santo a Jesus para que o nosso amor seja cada
vez mais puro. Para que possamos ser cada vez mais o rosto de Jesus neste
mundo, onde a solidão – mesmo no meio de uma multidão – é cada vez mais uma
realidade.
domingo, dezembro 02, 2018
Uma carta a um sem-abrigo… Um pedido de oração por quem vive à margem
Ali estavas a um canto
de uma rua agitada, onde várias pessoas passavam cheias de sacos de compras. Eu
própria ia no meu caminho, a pensar no que tinha que fazer, sem reparar em ti.
Até que o meu filho me diz: “Mãe, está ali um senhor pobre. É sem-abrigo, não
é?”. Foi aí que olhei para ti…
Estávamos a entrar no
supermercado e disse ao meu filho que iríamos comprar alguma coisa para te dar.
Quando me aproximei apercebi-me do teu olhar vazio, sem esperança, triste. Quando
nos viste – principalmente ao meu filho – vi como os teus olhos brilharam. Percebi
o quão importante foi veres uma criança a aproximar-se de ti para te entregar
um saco.
Lembrei-me dos tempos
dos Missionários Combonianos, quando passei uma semana com a Comunidade Vida e
Paz. Tantos como tu andam por aí, ao desnorte. Porque sofrem de doença mental e
já não sabem viver em comunidade – alguns são ex-combatentes que sofrem de
stress pós-traumático – ou porque perderam tudo num azar da vida ou então
porque cometeram erros demasiado graves que os levaram à rua…
Não interessa o que aconteceu.
Naquele momento só queria duas coisas: deixar-te uma mensagem de esperança e
mostrar ao meu filho que não basta dar um saco, mas também sorrir, dizer uma
palavra sempre que possível … Lembra-te do que te disse: “Não desistas! Disseste-me
que és um homem de fé, então agarra-te a essa fé, porque Jesus nunca te
abandona.”
Nunca mais te vi, não
sei onde andas. Só te posso ajudar com oração, por isso entrego a tua história
a todos os que me leem, para que a luz da oração te possa guiar. Acredito que
cada pedido te vai fortalecer, para que não desistas. Mesmo que tenhas cometido
muitos erros, Jesus está de braços abertos, porque, como Ele disse, “não
são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim
chamar os justos, mas os pecadores”. Mc 2, 17
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