Há três semanas que estou em casa. Tenho estado doente. As coisas estão a correr bem, não se preocupem. Durante este tempo senti algo muito especial. A comunhão espiritual.
Como não tenho podido sair de casa, não tenho ido à missa... na igreja. Mas, vou mesmo aqui em casa. Ao domingo, de manhã, tenho assistido à Eucaristia através da televisão. Faço tudo como se estivesse na igreja. Tem sido óptimo. Sinto que Deus Pai me dá a comunhão na mesma. Afinal, ele sabe que não vou à igreja porque não posso mesmo.
Às vezes, em conversas sobre religião, há pessoas que olham deconfiadas para mim quando falo que gosto imenso de ir à missa e que quando estou doente e não posso sair faço questão de a celebrar em casa. Há vários comentários, mas o mais habitual é "não precisamos de ser muito obcecados".A minha reacção é só uma: "A Eucaristia alimenta o espírito como o pão alimenta o corpo. Quando estamos na missa, perante Jesus e toda a comunidade de fiéis, estamos em comunhão com Deus Pai e com os nossos irmãos em Cristo. A partir do momento em que percebi que isto é o mais importante e que a Eucaristia nos alimenta para irmos em missão ajudar o próximo com oração, palavra e acção, senti que a missa fazia sentido. Faz tanto sentido que não vou à missa todos os domingos por obrigação. Vou por amor a Deus Pai."
Podemos não gostar muito do coro ou do padre, mas o mais importante é a comunhão. É receber Jesus. Acho que o grande problema da missa é que não compreendemos muito bem o que vamos lá fazer. Se calhar devíamos falar mais da importância deste sacramento...