Ser cristão não é apenas não matar e não roubar… é amar os inimigos
No
tempo em que andei longe da Igreja costumava dizer que era católica não
praticante e cristã. Católica não praticante, porque me habituei a ouvir isso.
Cristã, porque supostamente fazia o que Deus pedia. Não matava, não roubava…
Hoje
olho para trás e penso como me estava a enganar a mim própria. Ser cristão
católico é de facto ser Igreja, estando presente, não vivendo uma “fé individual”.
Como Jesus nos disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu
estou no meio deles” Mt 18, 20. Aliás, se se defende o amor de Jesus, que
sentido faz viver uma “fé individual”!? O amor não existe sozinho…
Quanto
à questão de que sou cristã, porque não mato ou não roubo … Será que é mesmo
assim? De facto, podemos não cometer um homicídio, podemos não roubar nada …
mas a mensagem cristã não se fica por aí. Além de que matar e roubar pode
significar simplesmente matar e roubar a autoestima do outro com palavras.
Ser
cristão é muito mais. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim
mesmo é dar a outra face, orar por quem nos faz mal… Em suma, amar os nossos
inimigos, porque assim somos filhos de Deus, Aquele que dá o sol e a chuva aos
bons e aos maus… Mt 5, 44-45
E
isso eu não o fazia quando tinha a minha “fé individual”. Hoje em dia já o
faço? Sim. Consigo sempre? Não. Mas consigo mais vezes, porque em comunidade e
com os sacramentos vou fortalecendo a minha fé e abrindo portas a Jesus, para
que, na Sua graça, consiga amar quem me faz mal, por mais difícil que seja.
Afinal, também eu cometo erros e gosto de ser perdoada…
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