“Fiz tanta asneira que não me achava digno de perdão”
O
M. viveu no mundo da droga durante 20 anos. Do conforto da sua casa foi parar
ao crime e à rua, onde dormiu durante anos a fio. Está recuperado há vários
anos e, hoje em dia, ajuda outros sem-abrigo a sair da rua e toxicodependentes a
deixar a droga, graças a Deus.
O
que mais chamou a atenção no seu testemunho foram estas palavras: “Todos me
perdoaram, a minha mãe, o meu pai… Mas eu não conseguia perdoar-me a mim mesmo.
Fiz tanta asneira que não me achava digno de perdão e fazia-me confusão como
todos me perdoavam e me aceitavam de volta, dando-me a mão para me levantar.” O
M. diz que o perdão a si mesmo foi um processo muito complicado que só conseguiu
resolver com a fé em Jesus Cristo.
Este
caso fez-me lembrar dois exemplos, um bom outro não tanto: Pedro e Judas. Ambos
traem Jesus, mas enquanto Pedro, mesmo esmagado de dor pelo que tinha feito,
consegue ver nos olhos de Jesus o Seu perdão, Judas nem se atreveu a olhá-Lo e desistiu
por completo da vida…
Meditando
no exemplo de Pedro e de Judas, surgem-me estas questões:
-
Até que ponto, após cometer erros (mesmo os mais graves), consigo olhar para
Jesus e deixar-me invadir pela Sua Misericórdia?
-
Será que na minha vida mostro esta Misericórdia de Jesus para quem mais erra –
principalmente quando as ações dessa pessoa me prejudicaram - de modo que
também ela, filha de Deus, saiba que ainda tem salvação?
- Mesmo
que todos me condenem, será que consigo ir até Jesus e, com toda a minha
miséria, voltar para a Casa do Pai?
Relembremos
que Jesus disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os
enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” Mc 2, 17
Sem comentários:
Enviar um comentário