quarta-feira, abril 10, 2019


“Fiz tanta asneira que não me achava digno de perdão”





O M. viveu no mundo da droga durante 20 anos. Do conforto da sua casa foi parar ao crime e à rua, onde dormiu durante anos a fio. Está recuperado há vários anos e, hoje em dia, ajuda outros sem-abrigo a sair da rua e toxicodependentes a deixar a droga, graças a Deus.

O que mais chamou a atenção no seu testemunho foram estas palavras: “Todos me perdoaram, a minha mãe, o meu pai… Mas eu não conseguia perdoar-me a mim mesmo. Fiz tanta asneira que não me achava digno de perdão e fazia-me confusão como todos me perdoavam e me aceitavam de volta, dando-me a mão para me levantar.” O M. diz que o perdão a si mesmo foi um processo muito complicado que só conseguiu resolver com a fé em Jesus Cristo.

Este caso fez-me lembrar dois exemplos, um bom outro não tanto: Pedro e Judas. Ambos traem Jesus, mas enquanto Pedro, mesmo esmagado de dor pelo que tinha feito, consegue ver nos olhos de Jesus o Seu perdão, Judas nem se atreveu a olhá-Lo e desistiu por completo da vida…

Meditando no exemplo de Pedro e de Judas, surgem-me estas questões:

- Até que ponto, após cometer erros (mesmo os mais graves), consigo olhar para Jesus e deixar-me invadir pela Sua Misericórdia?

- Será que na minha vida mostro esta Misericórdia de Jesus para quem mais erra – principalmente quando as ações dessa pessoa me prejudicaram - de modo que também ela, filha de Deus, saiba que ainda tem salvação?

- Mesmo que todos me condenem, será que consigo ir até Jesus e, com toda a minha miséria, voltar para a Casa do Pai?


Relembremos que Jesus disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” Mc 2, 17



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