segunda-feira, abril 23, 2007

Pai, quero estar sempre Contigo!

Vivemos numa sociedade secularizada em que, consciente ou inconscientemente, há uma tendência crescente de Deus só estar presente na vida quando se reza no templo. No dia-a-dia só existe quando precisamos Dele.


O problema é que este relacionamento supérfluo afasta-nos de Deus. Estar com o Pai não é apenas quando se vai ao templo. É em cada momento da nossa vida: bom ou mau. Segundo a segundo. Só asim conseguimos estabelecer uma relação em que mostramos a Deus tudo o que sentimos e deixamos que Ele nos molde da melhor forma. Assim conseguiremos senti-Lo, mesmo quando parece ausente.


Mas esta relação forte com o Pai levanta outra questão não menos importante. Como chegar a este contacto tão próximo? Regra geral, quem já o consegue relata grandes experiências, mas não relata como chegou a esse degrau da Fé. Quem ainda não consegue esta relação próxima sente-se, regra geral, frustrado e acha que uma relação assim só é possível para os consagrados.


Mas, isso não é verdade. Cada vez mais sinto a Presença do Pai: nos bons e maus momentos e quando não O consigo escutar. Mas para chegar aqui não foi num estalar de dedos. Foi preciso estudar a Sua Palavra, tirar dúvidas, rezar muito (mesmo sem grande vontade e sem sentir a Sua Presença), fazer retiros, estar com os mais necessitados... Enfim, tudo requer um crescimento.


O importante é não desistirmos de procurar essa relação tão especial com o Pai. Não é fácil. Há momentos de desânimo, de euforia, de muita calma... Mas, com a ajuda Dele, com a ajuda de outras pessoas e com a nossa preserverança, vamos lá chegar.


E depois? Ficamos por aí? Nem pensar. Temos de continuar a crescer e a aprender a falar com o Pai. Devemos continuar a pedir-Lhe que nos oriente e que saibamos amá-Lo e amar o próximo. É preciso oração, palavra e acção constantemente, como dizia Stª Teresinha do Menino Jesus, para que a relação com o Pai não arrefeça. É tal e qual como manter uma relação com um amigo. Não se pense que vamos ficar fanáticos ou sentirmo-nos escravos de Deus. Pelo contrário, é quando descobrimos como Ele é de facto Amor e como o Seu jugo é tão suave.


Todos nós podemos conseguir isto. Não importa o passado, o presente, se somos consagrados ou leigos.

9 comentários:

silvino disse...

na representação da via-sacra na sexta-feira santa fiz de simão de cirene!

apesar de ter sido um pouco lá para o forçado a carregar a cruz de jesus.. até q é um bom exemplo da forma cm somos varridos pela presença de deus - que vai a passar por ali e tal..

num sentido mais literal da frase «toma a tua cruz, vem e segue-me» ;)

Catequista disse...

Infelizmente é verdade - só nos lembramos de Deus nas horas de aflição e nem sequer somos capazes de Lhe agradecer as coisas boas que vão acontecendo na nossa vida. Só pedimos, ou melhor, exigimos e não damos nada em troca. E no entanto o que Ele nos pede é tão pouco, apenas Amor e cumprimento dos Seus Mandamentos.
Que saibamos conduzir a nossa vida ao Seu encontro!

Cátia disse...

Ola Maria Joao,

Está a nascer uma comunidade na blogosfera, com o objectivo da partilha da fé, de amor... Um lugar livre, onde as diferenças são aceites e onde todos queremos crescer, caminhar para Deus.

Chama-se "O Amor de Deus" e está no endereço http://www.oamordedeus.blogspot.com. Gostava de te convidar a participar, a te juntares a nós. Envia um mail para elsa.catia@gmail.com e enviar-te-ei um convite.

Convido também todos os que te visitam... enviem-nos um mail. O unico requisito é amar!!

Beijinhos

Padre Vítor Magalhães disse...

O importante é Amar!

Laurie Queiroz disse...

Desistir jamais!
Continue assim, firme e forte. Um grande abraço.

Ver para crer disse...

Interessante a tua caminhada para chegar a Deus.
Eu bebi a fé com o leite de minha saudosa mãe.

Elsa Sequeira disse...

Linda!

È bom esytar com o Pai!

Beijitos!
:)

Paulo disse...

Por vezes é isso mesmo, só nos lembramos d`Ele quando chove o que é mau. À pouco tempo descobri (redescobri) o caminho para Ele e é bom sentir uma alegria dentro de nós, mesmo que chova lá fora

J disse...

Maria João,

Muitas vezes sentimo nos desanimados, porque ainda não demos o salto que tanto ansiamos na nossa fé, mas temos que ter calma, porque como disse com persistência e força de vontade e muita fé a relação com o Pai vai se estabelecendo como com um amigo, cativando-se.

Um grande beijinho em Cristo