Ressentimento, que doença maldita...
Há situações muito dolorosas na vida,
que nos vão moldando da pior maneira e, muitas vezes, sem termos se calhar consciência
disso. E assim vai crescendo dia após dia uma doença maldita: o ressentimento.
Não é fácil, porque a sua causa pode estar numa grande injustiça, num crime, em
algo que moldou o rumo da nossa vida.
Assim surge o ódio, a raiva, a sensação de que poderíamos hoje ser alguém diferente ou estar noutra situação que achamos melhor e não é assim por causa de um acontecimento passado. Teoricamente, é muito fácil dizer: “Esqueça isso, já passou.” Mas, na prática, as coisas são diferentes.
São dores da alma, que afetam o corpo, e que causam angústia e revolta. Mas se não é fácil, o que fazer? Cruzar os braços? Jamais. Deus não nos quer ver assim. Não apenas porque o ressentimento é anticristão (pecado), mas porque Jesus nos ama incondicionalmente.
Da minha experiência pessoal, somente Jesus e a Mãe nos podem ajudar. Existem situações que exigem intervenção psicológica e não se deve ter vergonha disso. Mas, mesmo nesses casos, é preciso levar esse ressentimento a Jesus através das mãos da Mãe para que possa ser limpo.
E essa limpeza não tem que acontecer de um dia para o outro. Exige muita oração (sobretudo no Sacrário), Eucaristia, Confissão, autodomínio. Muitas vezes vamos cair ao longo desse processo de cura, mas, com Jesus e a Mãe, essas quedas vão diminuindo.
É uma prova de grande esforço, mas vale a pena. Jesus veio para nos dar vida em abundância (Cfr. Jo 10, 10). Não nos quer presos aos grilhões do ressentimento, da mágoa, daquele dia em que aconteceu X ou Y.
Não desistam! Lutem pela cura do
ressentimento, mesmo que ele já tenha grandes raízes. Para Deus não há
impossíveis (Cfr. Lc 1, 37).
Além disso, tudo concorre para o bem daqueles que O amam (Cfr. Rm 8, 28).
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