Abuso sexual na Igreja: Jesus está sempre com os mais vulneráveis
Volto inevitavelmente a falar de abuso sexual e pedofilia na Igreja. Faço-o por respeito por todas as vítimas. Dói ouvir discursos negacionistas de quem dentro da Igreja vê esta situação como o Anti-Cristo e como um ataque à Igreja. Imagine-se o que não sente quem foi abusado...
Graças a Deus, a grande maioria dos fiéis está com as vítimas
e defende o afastamento preventivo dos acusados para não se correr o risco de
novo crime. Podem argumentar que ainda não foram condenados. Exato! Por isso
são apenas afastados e não expulsos. Além disso, a maioria dos casos não vai
ser julgado por prescrição ou porque as vítimas não conseguem aguentar a dor de
contar tudo em Tribunal. Por isso, alguma coisa tem que ser feita...
Jesus defendia as pessoas ou o Judaísmo? Quem Ele
colocava à frente de tudo? As pessoas, sem se importar se eram judias ou ateias
ou de outra religião. Se havia uma injustiça, colocava-se do lado das vítimas.
Vê-se isso claramente quando fala dos fariseus que teimavam em seguir normas
sem amor e sem misericórdia.
Isso não O impediu de ir à sinagoga. As críticas
(construtivas) tinham como intuito defender os mais vulneráveis e ajudar a
comunidade de fiéis a caminhar em Deus e não na aparência. Nos Evangelhos podem
ler-se muitas passagens que o demonstram...
Paremos com o negacionismo! Jesus é bem claro: “Muitos me
dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em
teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?'
E, então, dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade.” Mt
7, 22-23
Essa iniquidade é a falta de amor pelos que pedem ajuda,
como está bem claro em Mt 25,
31-46.
Sem comentários:
Enviar um comentário