quinta-feira, março 09, 2023

 

Abuso sexual na Igreja: Jesus está sempre com os mais vulneráveis


Volto inevitavelmente a falar de abuso sexual e pedofilia na Igreja. Faço-o por respeito por todas as vítimas. Dói ouvir discursos negacionistas de quem dentro da Igreja vê esta situação como o Anti-Cristo e como um ataque à Igreja. Imagine-se o que não sente quem foi abusado...

Graças a Deus, a grande maioria dos fiéis está com as vítimas e defende o afastamento preventivo dos acusados para não se correr o risco de novo crime. Podem argumentar que ainda não foram condenados. Exato! Por isso são apenas afastados e não expulsos. Além disso, a maioria dos casos não vai ser julgado por prescrição ou porque as vítimas não conseguem aguentar a dor de contar tudo em Tribunal. Por isso, alguma coisa tem que ser feita...

Jesus defendia as pessoas ou o Judaísmo? Quem Ele colocava à frente de tudo? As pessoas, sem se importar se eram judias ou ateias ou de outra religião. Se havia uma injustiça, colocava-se do lado das vítimas. Vê-se isso claramente quando fala dos fariseus que teimavam em seguir normas sem amor e sem misericórdia.

Isso não O impediu de ir à sinagoga. As críticas (construtivas) tinham como intuito defender os mais vulneráveis e ajudar a comunidade de fiéis a caminhar em Deus e não na aparência. Nos Evangelhos podem ler-se muitas passagens que o demonstram...

Paremos com o negacionismo! Jesus é bem claro: “Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?' E, então, dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mt 7, 22-23

Essa iniquidade é a falta de amor pelos que pedem ajuda, como está bem claro em Mt 25, 31-46.

 

 

 

Sem comentários: