Uma desilusão? Como é difícil ser testemunha de Deus…
“Para os meus pais, era uma desilusão, uma falhada, uma
pessoa perdida.” Pode-se resumir desta forma o que uma mulher diz ter sentido quando
aos 18 anos decidiu dizer que não queria mais continuar a ir à Missa e fazer
parte da Igreja. Hoje, adulta, continua a olhar para a Igreja como aquela que
um dia a fez sentir-se um “farrapo”, uma desilusão para os pais.
Não sei o que se passou. Os pais fizeram-na mesmo sentir-se
assim, mesmo que inconscientemente? Ou será que é a sua própria interpretação
dos factos? Seja como for, a palavra desilusão é muito forte e nada tem a ver
com Jesus.
Este testemunho deixa-me a pensar: de que forma transmito a
Palavra de Deus? Será que, mesmo inconscientemente, estou a impor a minha fé e
a ter gestos que levem os outros a sentirem-se uma desilusão?
Mas há outra pergunta: até que ponto, testemunhos como
estes nos podem levar a amenizar ou a alterar os ensinamentos de Deus para
parecermos mais “modernos” e para não ferirmos os sentimentos dos outros?
Enfim, resta-me pedir ao Espírito Santo que nos ilumine e
nos ensine o que devemos dizer e fazer para levar Jesus aos outros sem fugirmos
ou alterarmos a Palavra e, ao mesmo tempo, sem tratarmos o nosso próximo como
uma desilusão.
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