quarta-feira, fevereiro 12, 2020



Prometer para não cumprir? Aprendamos com estes meninos da catequese






Um tem 6 anos, o outro, 7 anos. São crianças cheias de energia, com dificuldade em ficarem quietos na Missa, apesar do interesse que mostram pelas coisas de Deus no encontro de catequese. Durante a Missa mal pararam e, no final, tive de falar com eles.

Depois de os chamar à atenção, perguntei-lhes, pedindo que olhassem para Jesus e Maria: “Vão prometer a Jesus e a Maria que se vão portar melhor na próxima vez?” A (não) resposta não podia ter sido melhor: não abriram a boca, olhando apenas para mim com um ar de “não vamos conseguir, por isso não podemos prometer”.

Naquele momento sorri interiormente e agradeci a Deus pela lição destas duas crianças: não se pode prometer o que sabemos que provavelmente não vamos cumprir. Nem sequer temos o direito de levar os outros a fazer promessas falsas e hipócritas. Olhando com ternura para eles, disse-lhes: “Vamos pedir então para que Jesus e Maria vos ajudem a portarem-se melhor.”


“Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu. Quem, pois, se fizer humilde como este menino será o maior no Reino do Céu.” (Mt 18, 3-4) A Palavra de Deus é bem clara: temos de ser puros como crianças, falar com Jesus de forma clara, aceitando as nossas limitações – por piores que sejam -, pedindo-Lhe a graça de nos ajudar a ser melhor. Mas tudo isto sem promessas falsas e hipócritas, que apenas servem para acalmar a nossa consciência por uns tempos. 


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