A vontade de Deus não tem de ser a minha ... mesmo que seja algo bom!
“Faça-se
em mim segundo a Sua Palavra.” (Lc 1, 38) Esta
passagem bíblica há muito que me toca profundamente. Este sábado estive em
Fátima, no encontro do P.e Petar Ljubicic – quem vai divulgar os 10 segredos dadospela nossa Mãe em Medjugorje – e voltaram a ressoar ainda mais forte dentro de
mim.
O
padre testemunhou como a vida de algumas pessoas em grande sofrimento físico e
psicológico – inclusive casos de cancro – mudaram a partir do momento que
pediram a graça de conseguir viver segundo estas palavras da Mãe: “Eis a serva
do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua Palavra.”
Isto
leva-me a um certo dia, há uns anos, quando não aceitava bem a dor por que
passava naquele momento. Estava num retiro de cura interior do Aliança da
Misercórdia e lutava contra essa dor... O retiro aconteceu num espaço verde e,
enquanto caminhava no jardim, vi uma pedra grande, onde estava escrito: “Mas
faça-se a Minha vontade.” Lembro-me que estremeci, porque percebi que aquela
mensagem era mais que nunca para mim...
Os
anos passaram e, teimosa, forcei a minha vontade. Afinal, era uma coisa boa:
constituir família. O problema é que nem estava a ir pelo caminho certo, nem
estava sequer a esperar pelo tempo certo. Claro, as coisas não correram como deviam,
porque era a minha vontade e não a de Deus. Voltei a derramar muitas lágrimas
e, num momento de forte agonia e desespero, corri para uma igreja para poder
desabafar. Aí estava a decorrer um encontro do Canção Nova e o tema era: “Eis a
serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua Palavra.”
A
partir daí percebi que não podia lutar mais com Deus. Tinha de aceitar a Sua
Vontade, porque Ele sabe realmente o que é melhor para nós. Desde então tenho pedido
muito para que seja a vontade de Deus que comande a minha vida. Ainda estou a
treinar, dou várias quedas, mas a verdade é que tenho sido muito mais feliz e
os momentos de dor – que são inevitáveis – são encarados de outra maneira.
O
que estou a aprender com esta experiência é que é preciso estar atento áquilo
que Deus quer para nós, porque as nossas emoções, experiências, mágoas mal
curadas podem levar-nos a optar por um caminho que, apesar de ser bom, não é
aquele em que Deus mais precisa de nós. Não é aquele que realmente nos vai trazer
a felicidade...
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