Saí a correr da Missa e deixei Jesus sozinho…
A
Eucaristia terminou e saí apressadamente, pensando nas tarefas que tinha pela
frente. A caminho, percebi o que tinha acabado de fazer e senti-me muito
triste. Apesar de ter tempo, não fiquei mais um tempo para adorar Jesus, para
Lhe fazer companhia.
Senti
uma tristeza enorme e não me saía da cabeça como Jesus está tão sozinho …
Ama-nos tanto, sofreu (e sofre) tanto por nós, tendo morrido na cruz
completamente flagelado… E o agradecimento que recebe é este: vamos à Missa,
oramos, mas, de preferência, de forma rápida, para depois irmos à nossa vida.
No
caminho fui pensando como estava a ser ingrata. Jesus nunca me abandona, está
sempre comigo e eu não fiquei mais um pouco… Apesar da minha ingratidão, Jesus
perdoa-me e, no mesmo caminho, Jesus envia-me uns pardais lindos, a cantarolar…
Ele sabe como gosto muito de contemplar os pássaros e como esses momentos para
mim são um “Eu amo-Te muito” de Jesus... Naquele momento apaziguei a tristeza,
agradeci a Jesus por me ter mostrado quão ingrata tinha sido e pedi-Lhe para me
iluminar com o Espírito Santo para que veja – com olhos de ver – quando O estou
a magoar.
Partilho
este momento também para refletirmos sobre o modo como tratamos Jesus. Será que
as nossas orações são de intimidade e de verdadeiro amor ou são mais meras
palavras que vamos dizendo da boca para fora, para cumprir um preceito? Será que
vamos à Missa para estar com Jesus ou limitamo-nos a cumprir um preceito e, de
preferência, em pouco tempo? Cumprimos tudo isto e depois não nos lembramos
mais de Jesus ao longo do dia?
Não
tenhamos vergonha ou medo da resposta. Se não for a melhor, lembremo-nos que
Jesus nos ama e nos perdoa e peçamos-Lhe a graça da proximidade com Ele nas 24h
da nossa vida.
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