segunda-feira, fevereiro 11, 2019



“Se eu não for para o céu, mais ninguém vai.” 

Será mesmo assim?



Quando Jesus cura o leproso não lhe restitui apenas a cura física, mas também a sua dignidade. Naquela época, os leprosos ficavam às portas da cidade e ninguém os ajudava. As pessoas não o faziam apenas por terem medo de ficar doentes, mas porque achavam que a sua condição de saúde se devia aos seus pecados.

Quando Jesus ouve aquele homem dizer: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me (Mt 8, 2)” não teve medo de lhe tocar. Sem hesitar olhou-o nos olhos, tocou-o e restituiu-lhe a sua vida.

Tal como naquele tempo também há muitos que ainda hoje ficam às portas das cidades, sendo considerados “indignos de Deus”, “pecadores perdidos”. E quem lhes aponta o dedo somos muitas vezes, nós, cristãos. Esquecemo-nos que também nós temos “lepra”, ou seja, estamos cheios de vanglória e de soberba, a achar que já estamos salvos. Como ouvimos desde pequenos: “Se eu não for para o céu, mais ninguém vai.”

Mas, como Jesus disse, “os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”. (Mt 20, 16) “Em verdade vos digo, os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder-vos no Reino de Deus” (Mt 21, 31)

Oração: 
Peço-Te, Jesus, que tires as escamas dos nossos olhos para olharmos para os nossos irmãos, principalmente os que mais erram, com a Tua Misericórdia, nunca desistindo de orar por eles e de mostrar o Teu exemplo com palavras e obras. Ajuda-nos a ser mais misericordiosos principalmente quando esses erros nos afetam diretamente. Mesmo quando nos temos de defender, relembra-nos: “Quem nunca pecou, que atire uma pedra.” (cfr. Jo 8, 1-7)

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