quarta-feira, julho 04, 2018



E quando a ira destrói tudo …




“Felizes os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!” (Mt 5, 9) Estas palavras de Jesus levam-me a pensar naqueles momentos em que só nos apetece gritar e mandar tudo “à fava”, como se costuma dizer.

De facto, como cristãos devemos ser pacíficos, porque assim é o coração de Jesus: manso e humilde. E Jesus bem nos mostra como a mansidão e a humildade são a melhor resposta a todas as situações da vida, principalmente nas mais tempestivas.

Mas bem sabemos que nem sempre é fácil e como é difícil manter esta mansidão quando em casa não há paz, quando o desemprego dificulta o pagamento da renda da casa ou a compra de comida… Quando são injustos com os nossos filhos – mãe e pai têm o coração na boca, quando após muito empenho o patrão berra connosco sem nos dar qualquer valor…

O gatilho para a ira pode estar nas coisas mais comuns da vida: cansaço, doença, alterações hormonais no caso da mulher, problemas antigos mal resolvidos, no perdão que ainda não concedemos a nós próprios e aos outros…

E, em segundos, explodimos e acabamos por nos deixar levar por sentimentos que são tudo menos cristãos. Além de mancharmos o nome de Jesus, apenas ficamos com mais problemas.

A solução? Oração, oração, oração. Pedir muito o Espírito Santo ao longo do dia e, sobretudo, quando percebemos que o gatilho da ira se aproxima. Pedir muito a Jesus que nos ajude a ter autodomínio, um dos frutos do Espírito Santo (Gl 5, 22-23).

E se cairmos e não conseguirmos controlar a ira? Reconheçamos que fizemos asneira, peçamos perdão a quem magoámos e também a Deus, recorrendo ao sacramento maravilhoso da Reconciliação, onde Jesus nos espera de braços abertos.


Não é fácil – falo por experiência própria - mas se não desistimos de nos aperfeiçoarmos em coisas triviais e efémeras, porque não podemos colocar o mesmo empenho na luta pela felicidade já aqui neste mundo e na vida eterna que nos aguarda?



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