segunda-feira, julho 16, 2018


Santos à porta de casa e ... sem copy/paste!




É ou não verdade que nos sentimos bem quando olhamos para os pais que dão o seu amor pelos filhos, deixando tantas vezes o descanso para segundo plano para poderem conjugar o trabalho – que dá o pão-nosso de cada dia – com momentos de brincadeira e de carinho ? Ou quando olhamos para a senhora de 90 anos que, apesar de as pernas estarem fracas, continua a caminhar e a sorrir para os vizinhos? 

Estes são alguns exemplos que mostram que todos nós, SEM EXCEÇÃO, somos chamados por Deus à santidade. “Sede santos, como Eu sou santo.” (1 Ped 1, 16). Já muitas vezes havia escutado esta passagem, mas este sábado ganhou outro significado, num encontro da Canção Nova, na Igreja da Divina Misericórdia, em Odivelas.

O Padre Toninho lembrava-nos a última exortação apostólica do Papa, “Alegrai-vos e exultai!”, recordando o principal chamamento de Jesus, antes de sermos consagrados ou leigos: ser santos. Como ele nos dizia, ser santo não significa ser perfeito, mas tentar todos os dias seguir Jesus, refletindo nos nossos erros, lutando para sermos mais cristãos, quer seja nos bons ou nos maus momentos.

Jesus sabe que somos imperfeitos, mas pede-nos esta constância e esta luta diária para sermos reflexo de Cristo no mundo, ou seja, “santos ao pé da porta”, apesar das imperfeições. Para isso relembremos as palavras do Papa, para não entrarmos numa de “copy-paste”:

“«Cada um por seu caminho», diz o Concílio. Por isso, uma pessoa não deve desanimar, quando contempla modelos de santidade que lhe parecem inatingíveis. Há testemunhos que são úteis para nos estimular e motivar, mas não para procurarmos copiá-los, porque isso poderia até afastar-nos do caminho, único e específico, que o Senhor predispôs para nós. Importante é que cada crente discirna o seu próprio caminho e traga à luz o melhor de si mesmo, quanto Deus colocou nele de muito pessoal (cf. 1 Cor 12,7), e não se esgote procurando imitar algo que não foi pensado para ele.”

Esta santidade nos bons e maus momentos começa por pequenos gestos, como nos diz o Papa. “Uma senhora vai ao mercado fazer as compras, encontra uma vizinha, começam a falar e… surgem as críticas. Mas esta mulher diz para consigo: «Não! Não falarei mal de ninguém». Depois, em casa, o seu filho reclama a atenção dela para falar das suas fantasias e ela, embora cansada, senta-se ao seu lado e escuta com paciência e carinho.”

Neste encontro, em frente ao Santíssimo, pedimos esta graça: Jesus dá-nos paciência, oração e silêncio para discernirmos o que devemos mudar e o que devemos reforçar para sermos santos e levar os irmãos a conhecer este Deus maravilhoso!

Se lutamos por tanta coisa supérflua, porque não o fazemos também para sermos já santos aqui neste mundo, a fim de termos a Vida Eterna que Jesus nos tem para dar? Gostámos de conhecer Jesus, então levemo-Lo aos nossos irmãos!


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