Esperança, ainda existes?
Caminhando, a pensar na vida, deparo-me com esta frase num
cartaz de um seminário: “Transbordar de Esperança”. Esta palavra, Esperança, é
cada vez mais uma prova de que o cristão é muitas vezes visto como um louco.
Como sentir/ter esperança num mundo de guerra, onde se
matam crianças que vão pedir comida; onde se anunciam, publicamente, nomes de
crianças, sem qualquer respeito pela sua privacidade, apenas por serem filhos
de imigrantes; onde se trata o outro, sobretudo idoso e doente, como um fardo…
Se olharmos à nossa volta, vemos crianças que estão a ser recrutadas
por grupos neonazis e satanistas; crianças e jovens que odeiam mulheres; pessoas
de todas as idades que acreditam em todas as desinformações/mentiras que
circulam nas redes sociais… Onde está a esperança no meio de tanta desgraça, de
tanta falta de princípios e valores, inclusive por parte de quem se intitula
cristão?
A esperança está nas palavras de Jesus: “No mundo tereis
tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo” (Jo 16, 33) Jesus não
nos engana: não diz que tudo vai correr bem. Mas promete-nos a Vida Eterna. Hoje
vivemos num caos, mas não podemos perder a esperança de que, um dia, Ele voltará
e, após o julgamento com base no Amor (inclusive por quem ninguém quer Mt 25,31-46), vai dar a Vida Eterna a quem preservar.