Orar com o coração, sem palavras vazias
Está a
terminar mais um ano de catequese. Admito que gosto muito de falar de Jesus às
crianças e aos jovens, apesar de ser cada vez mais difícil. Fruto deste tempo,
os mais pequenos estão habituados ao imediato, às informações flash, a
estímulos visuais, a não terem paciência para ouvir seja o que for.
Como
vamos falar de Jesus com esta agitação? Como vamos pôr estas crianças a orar e
a amar Jesus, sem acharem que a catequese é uma seca? Não é fácil, é preciso
admiti-lo. Mas, com muito Espírito Santo, é possível.
É verdade
que são muito agitados, desinteressam-se facilmente, mas acredito que Jesus aproveita
esta geração para, mais que nunca, nos lembrar como é que se deve orar:
“Mas chega a hora - e é já - em que os
verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são
assim os adoradores que o Pai pretende.” (Jo
4, 23)
Por
outras palavras, tal como nos diz a Mãe nas suas aparições, é preciso orar com
o coração. Estas crianças e jovens mostram-nos que Jesus quer oração com amor, sem
palavras vazias, que apenas saem da boca. Eles mostram-nos como devemos ser
mais simples, mais concretos, como devemos centrar-nos mais na Palavra de Deus
que é para usar no dia-a-dia…
Todas as
gerações têm coisas boas e más. E estes pequeninos mostram-nos Jesus a dizer
que está cansado de muitas palavras ditas apenas por tradição, sem saírem do
fundo do coração, sem terem por base uma relação de proximidade com Jesus.
Temos de
ensinar as crianças e os jovens, mas também temos muito a aprender com eles. Como
diz Jesus: “Se
não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu”
(Mt 18, 13)
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