terça-feira, abril 02, 2019


Ser cristão não é apenas não matar e não roubar… é amar os inimigos




No tempo em que andei longe da Igreja costumava dizer que era católica não praticante e cristã. Católica não praticante, porque me habituei a ouvir isso. Cristã, porque supostamente fazia o que Deus pedia. Não matava, não roubava…

Hoje olho para trás e penso como me estava a enganar a mim própria. Ser cristão católico é de facto ser Igreja, estando presente, não vivendo uma “fé individual”. Como Jesus nos disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” Mt 18, 20. Aliás, se se defende o amor de Jesus, que sentido faz viver uma “fé individual”!? O amor não existe sozinho…

Quanto à questão de que sou cristã, porque não mato ou não roubo … Será que é mesmo assim? De facto, podemos não cometer um homicídio, podemos não roubar nada … mas a mensagem cristã não se fica por aí. Além de que matar e roubar pode significar simplesmente matar e roubar a autoestima do outro com palavras.  

Ser cristão é muito mais. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo é dar a outra face, orar por quem nos faz mal… Em suma, amar os nossos inimigos, porque assim somos filhos de Deus, Aquele que dá o sol e a chuva aos bons e aos maus…  Mt 5, 44-45

E isso eu não o fazia quando tinha a minha “fé individual”. Hoje em dia já o faço? Sim. Consigo sempre? Não. Mas consigo mais vezes, porque em comunidade e com os sacramentos vou fortalecendo a minha fé e abrindo portas a Jesus, para que, na Sua graça, consiga amar quem me faz mal, por mais difícil que seja. Afinal, também eu cometo erros e gosto de ser perdoada…  


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