Jesus, pegaste-me ao colo naquele acidente… Obrigada!
No
colo de Jesus, assustada, em pânico. Mas no colo de Jesus… Foi assim que me
senti na passada sexta-feira, à noite. Em segundos, o carro
capotou e ficou pronto para ir para a sucata. Como ficamos em parte
atravessados na estrada, só pedia a Jesus que viesse ajuda, porque o barulho
dos carros a passarem a alta velocidade, a passarem por cima dos destroços, era
assustador. E se viesse um carro para cima de nós?
Entrei
em pânico, apesar de o socorro ter sido rápido. Telefonei a uma amiga que orou
comigo. O medo era intenso, a respiração acelerou, mas Jesus continuava a
aninhar-me no seu colo. Permitiu que a minha amiga atendesse o telefone,
mostrou-me no meio da confusão e sem óculos a medalha com a imagem da Mãe e dos
3 Pastorinhos, deixou-me ver onde tinha o comprimido para o pânico, enviou dois
paramédicos da Cruz Vermelha de Aveiras que foram autênticos anjos …
E,
mais importante, Jesus colocou no meu coração uma grande certeza: “Ainda não
chegou a hora. Preciso de ti para cuidares do teu filho e para as missões, às
quais tanto queres voltar.” Esta certeza – que não se explica, sente-se –
fortaleceu-me. Quem me via de certeza que achava que não me sentia forte… Mas bem
lá dentro, esta certeza ajudou-me a respirar mais calmamente e a cooperar com
os paramédicos.
No
final, eu e mais duas pessoas saímos com hematomas, mas sem nada partido. Como? Humanamente não se
explica. Mas ainda não era a hora, porque essa, como diz a Liturgia de hoje, só
Deus sabe… (Cfr. Mc 13, 24-32)
Resta-me
agradecer o dom da vida de nós os três e digerir o que aconteceu, relembrando
sempre que, mesmo no meio do pânico, Jesus nos pega ao colo… Tal qual um bebé
que chora sem parar quando tem cólicas que não passam nem com remédio ou
massagens, mas que se sente mais confiante se estiver no colo da mãe ou do pai…
Oração:
Jesus,
ajuda-nos a saber que, mesmo quando não parece, Tu estás sempre lá. Seja a
nossa hora, ou não, saibamos nesse momento dizer-Te “Amo-Te, meu Deus, mesmo
quando tudo se desmorona à nossa volta”. Ámen.
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