terça-feira, dezembro 05, 2006

O verdadeiro espírito de Natal

A Unicef está a pedir ajuda para vacinar as crianças. A Rádio Renascença está a pedir ajuda para dar enxovais de bebés a quem mais precisa. O Banco Alimentar esteve aí. Não tarda muito, temos o Natal dos Sem-Abrigo.

Enfim, nesta altura do ano vêm-se imensas campanhas de ajuda aos mais desfavorecidos. Mas, porquê só nesta altura? As pessoas só têm fome no Natal? Só têm frio no Natal? As crianças só precisam de brinquedos no Natal? Hummm…Não sabia… Pensei que estas necessidades existiam durante todo o ano….

Pois é! E existem mesmo. E que tal aproveitarmos este tempo de Advento para reflectirmos mais sobre o que damos aos outros? Será que só nos lembramos de quem mais precisa nesta altura? Será que é só nesta altura que damos dinheiro, roupa, comida, brinquedos, etc? Se calhar devíamos dar durante todo o ano, não é verdade?

No meio destas reflexões, lembrei-me: a diferença pode começar já agora no Natal. Em vez de comprarmos só coisas para os nossos, que tal ajudarmos a Unicef na campanha de vacinação, darmos brinquedos na campanha Sorriso, irmos ao Natal dos Sem-Abrigo e levar roupa e um enorme sorriso… Enfim… ter um Natal diferente em que gastamos mais com os outros do que connosco e com os nossos. Que acham? E, claro, manter este espírito de solidariedade o resto do ano.

Que grande prenda daríamos a Jesus! Não acham?

8 comentários:

J disse...

Maria João,

já me tinha dado conta dessa questão que levanta no sue pots. Parece que só no Natal é que as pessoas "acordam" para os outros, mas não devia ser assim porque os outros estão ao nosso lado todo o ano, nós é que muitas vezes não os vemos talvez porque não queremos.

Este Natal tenho mais do que um obectivo, além de limpar a minha casa e prepará-la para O receber, vou tentar dar presentes aos outros originais por exemplo, dou a amigos presentes sem nada de especial lá dentro, apenas um comprovativo de compra da unicef, para que eles saibam que o dinheiro que devia gastar com eles nos presentes deles, gastei na compra de vacinas, de comida para quem mais precisa.

Beijinhos

Aida Melo disse...

É verdade querida amiga… esquecemo-nos da solidariedade noutras alturas. Diante desta realidade só nos resta a mudança pessoal, é a que está mais ao nosso alcance!

Obrigado pelas visitas, lol

Anónimo disse...

Parabéns pelo blog…somos arautos do Evangelho no mundo da net!
O Natal que põe de lado o nascimento de Cristo não é Natal.
Pode ter o nome, pode ter todo o bom espírito de solidariedade, de amizade, de paz, de reunião de família, de festa…mas se Cristo não está presente…não é verdadeiramente o Natal. Todos se queixam do excesso, do materialismo, que o Natal é sempre a mesma coisa todos os anos: bacalhau, rabanadas, corrida às prendas…mas o que fazem para mudar. Não são coisas más, mas não são plenas porque falta a perspectiva do Menino deitado na manjedoura. Hoje, como em qualquer tempo da história é preciso evangelizar…evangelizar as próprias festas que nasceram do Evangelho! E isso começa por cada um de nós…aceitar Jesus na vida, deixá-Lo ser o principio e o fim das nossas acções, do nosso pensar, do nosso afecto…assim, o Natal nos transporta para o presépio de Belém e o actualiza no nosso presente.
Está a passar uma publicidade da Coca-Cola com o Pai Natal “que nesta época do ano, traz a paz, o amor etc”…mas afinal, quem nos pode dar tudo isto que os publicitários passam no spot…o Pai Natal?
Porque inventarmos magia no Natal quando podemos falar simplesmente de afecto, de demonstração de amizade quando se partilha as prendas?
Será a história do Natal que se inventa nos livros, nos centros comerciais mais bonita do que aquela de Belém há 2000 anos atrás que hoje podemos ler na Bíblia?
Dirão: isto não é mau, são pequenos detalhes…de facto são, mas aos poucos transformaram o Natal de Jesus num Natal universalmente comercial.
O Natal que vemos por esta altura pode ser melhor…tem que ir à Fonte!
Menino deitado nas palhas, ilumina-nos, ensina-nos a sermos como Maria e José, como os pastores e os magos…simples adoradores da tua presença na nossa vida. Transforma a nossa vida como transformaste a deles.

Anónimo disse...

Sem dúvida, Maria João, e fases bem em tocar esta questão. Afinal estamos sempre precisados de lembrar o muito que ainda há a fazer.

Já aqui li boas sugestões.
Um beijinho para ti e todos os que cá estão.

Anónimo disse...

Por isso é que o poeta clama por um Natal de todos os dias.
Mas infelizmente ficamos só com algumas prendas e quase sempre dadas a quem nos pode retribuir.

P.e Júlio da Costa Gomes disse...

Maria João tens toda a razão no post que acabo de ler. Que tal sermos cristãos! Afinal Cristo veio para os marginalizados, ou seja, para aqueles que estão ao lado. O Espírito de Natal soa-me a muita hipocrisia. Neste mundo de consumismo sinto que só aquele que tem a nivel material é que bom. Tudo gira pela matéria e não pelo valor da pessoa que é a grande riqueza, o grande Presente que Deus deu à humanidade no seu Filho a fim de como Ele nasceu para a vida também nós o façamos com um espírito de entrega ttotal, na nudez d'Ele.

Padre Vítor Magalhães disse...

Simplesmente gostei da reflexão,...

Anónimo disse...

desculpa n concordar :p

existem iniciativas de "caridade" durante todo o ano.. podem é estar menos visíveis..

quanto a prendas, talvez por nc abundar o dinheiro nem o tempo para 'grandes projectos', prefiro continuar a partilhar pequenos momentos de paciencia, de tristeza e alegria, "tempo de qualidade" .. seja com amigos-conhecidos, ou com amigos-desconhecidos :)