O muçulmano
também é nosso irmão
Recebi um vídeo, via WhatsApp, em que se fala dos muçulmanos como se fossem o diabo. É muito triste, porque Jesus não faz aceção de pessoas (At 10, 34). Mesmo nos grandes erros, condena o erro e jamais hostiliza a pessoa, também filha de Deus.
Convivo há várias anos com muçulmanos, ou não vivesse numa localidade onde há uma mesquita. Sou amiga de alguns. Todos eles são contra o fundamentalismo que leva a matar em nome de Alá. São pessoas que ajudam muitas pessoas. Não merecem ser consideradas “terroristas” ou “ocupadores da nossa região para nos colonizarem”.
Entre os cristãos, católicos ou protestantes, também há pessoas fundamentalistas. Hoje não se fala em matar, como no tempo da Inquisição, mas mata-se no sentido de se condenar e de se discriminar os outros que são “os pecadores”. Sabem o que me lembra isto? Os fariseus, os que se achavam perfeitos e únicos detentores do direito à salvação. Jesus mostrou-se mais triste e chateado com eles do que com a mulher prostituta ou com o cobrador de impostos que roubava dinheiro. Porquê? Porque os primeiros tinham o dever de conhecer a Palavra de Amor e de Perdão. Os segundos não A conheciam.
Não nos deixemos contaminar por alas de extrema-direita – até podia ser extrema-esquerda, são extremismos e basta - que querem insurgir-se dentro da Igreja, armados em donos da verdade como faziam os fariseus. A estes irmãos em Cristo temos o dever de lhes mostrar que Jesus não faz aceção de pessoas e que ama cada uma delas, mesmo aqueles que não O querem.
Em vez de
vídeos cheios de ódio – logo um sinal de que não são de Deus -, devíamos
divulgar que a comunidade ismaelita (muçulmana) está a ajudar nas Jornadas
Mundiais da Juventude, indo inclusive disponibilizar espaço para os jovens. Mais
um exemplo de como nem todos são “terroristas”…
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