segunda-feira, agosto 30, 2021

 

Não temos de viver presos a rótulos e a palavras ditas no passado…



“Não vales nada!”; “És mesmo fraco”; “És feio!”, “És mau!” Há palavras que nos deixam marcas e feridas para o resto da vida e que se colam a nós próprios como rótulos. Vamos crescendo, muitas vezes, a acreditar que é verdade, e com isso perdemos autoestima, vitimizamo-nos ou então reagimos com agressividade.

Acabamos por ficar escravos de uma suposta “verdade” sobre nós próprios, esquecendo-nos que fomos criados à imagem e semelhança de Deus e que tudo o que Ele criou foi muito bom (Cfr. Gn 1, 26-32). Esses rótulos ganham vida dentro de nós sem nos apercebermos e com isso vamos perdendo a autoestima, achando que somos feios e que ninguém nos quer ou que nunca iremos ser bons e, por isso, o melhor é continuar a ser agressivo.

Mas não tem de ser assim. Com a graça de Deus é possível lançá-los fora. Mas, para os deitar para o lixo, é preciso reconhecer quais são e de que forma nos afetam hoje em dia. O processo pode ser doloroso, mas no fim vale a pena… Pedindo ao Espírito Santo que nos ilumine, saibamos identificar esses rótulos, pedindo-Lhe a cura das feridas que nos trouxeram ao longo da vida.

Desta forma é possível ter a tal vida e vida em abundância de que nos fala Jesus (Jo 10, 10), mesmo quando enfrentamos tempestades. Aproveitemos também para reconhecer as palavras amargas que lançámos sobre os outros, pedindo perdão a eles e a Deus.

 

PS: Escrevi estas palavras a pensar na máxima de Santo Agostinho “Conhece-te, aceita-te, supera-te!” que é relembrada no livro “Mulheres empoderadas do Espírito” (Canção Nova), da missionária leiga Rogerinha Moreira, que nos fala sobre a importância do autoconhecimento sob a ação do Espírito Santo. Note-se, sob a ação do Espírito Santo… Nem tudo o que existe de autoconhecimento é de Deus.

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