Nunca
sabemos se foi a última conversa…
Nunca
sabemos quando é a última vez que voltamos a ver a pessoa neste mundo tão
imperfeito e é bem verdade. Por isso todas as conversas deviam acabar bem, em
paz, com um sorriso.
O
Rui deixou-nos ontem. Conhecia-o apenas das festas de aniversário de dois
amigos, mas era inevitável não perceber a bondade que existia no coração do
Rui.
Em
mais uma festa, há pouco mais de 1 mês, conversámos muito sobre a sua doença,
sobre o cansaço psicológico que acarreta toda a doença crónica e debilitante.
Falámos muito de resiliência e, entre piadas, dizíamos que quando caímos temos
que obrigatoriamente que nos levantar de seguida, por mais difícil que seja.
Quando
me despedi do Rui nessa festa lembro-me de lhe dizer “Força, lembra-te do cair
e levantar”. E ele, sorrindo, meteu-se comigo por causa do medo que tenho de
andar de avião. “Não custa nada!” Rimos…
Ainda
bem que foi assim. Despedimo-nos deste mundo imperfeito – haveremos de nos
encontra na Vida que Jesus nos prepara – com sorrisos e com palavras de apoio.
Afinal,
como Jesus nos diz, “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.” Mt25, 13 Por isso deveríamos despedir-nos em paz, mesmo que pelo meio tenha
havido desentendimentos… Por isso deveríamos aproveitar cada segundo para amar,
para pedir perdão e para perdoar…
Jesus, dá o descanso eterno
e merecido ao Rui e ajuda-nos, cada dia, a amar, a perdoar e a pedir perdão,
porque não sabemos o dia e a hora da partida. E que nesse dia, quando chegarmos
ao pé de Ti, sejamos aqueles que, apesar das fragilidades e erros, soubemos
aproveitar esta vida para amar (cfr. Mt 25, 31-46). Amén.
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