Que imagem de Jesus deixo refletir na minha vida?
Uma amiga contou-me uma
história que me deixou triste, como cristã católica. E que nos deve levar a
pensar na imagem que passamos de Jesus. Não falo dos erros que todos cometemos,
mas daquelas falhas de amor que não devem ter justificação, se é que me
entendem…
Esta amiga esteve
recentemente em países onde há muitos budistas. Conviveu com uma cultura muito
diferente da nossa, mas uma imagem ficou bem marcada no seu coração: A forma
como as pessoas se ajudavam umas às outras. Por exemplo, às 5h30 da manhã vão
para a rua distribuir comida aos monges que, por sua vez, a dividem com as
crianças e famílias mais pobres.
Quando me falou disto,
lembrou-se do que se tinha passado numa peregrinação que fez a pé a Fátima.
Dessa vez, apesar de se ir em oração, houve quem tivesse reservas em deixar um
outro peregrino, que caminhava sozinho, comer no mesmo local. A razão prendia-se
com a logística, porque não se contava com o prato dele… Graças a Deus, tudo se
resolveu e obviamente que aquele peregrino comeu com o grupo e a maioria do
grupo não levantou problemas.
Com estes exemplos,
questiono-me: Até que ponto, cada um de nós que nos dizemos cristãos, somo-lo
de facto? Até que ponto deixamos a Palavra de Deus ser Vida em nós?
Jesus diz em Mt 25 que
seremos julgados pelo amor ao próximo, como dar de comer e de beber a quem tem
fome e sede… Mas depois acabamos por viver, muitas vezes, como não cristãos,
não humanos, escondemo-nos nos nossos próprios interesses, fechamo-nos em
regras que são tudo menos humanas e cristãs.
Não entendam este post
como um julgamento, mas como uma reflexão para todos – inclusive para mim
própria – sobre a imagem que passamos de Jesus e façamos como aquela mulher
muito pobre que, após receber uma tigela de arroz da Madre Teresa de Calcutá,
foi dividi-la com a vizinha, porque valia mais cada uma ter pouco do que só uma
ter tudo e a outra não ter nada.
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