quarta-feira, junho 15, 2016


Ansiedade, pânico ou depressão não são “caprichos”, Jesus pede para dares a mão…

 
 
Os problemas de ansiedade e os ataques de pânico há muito que estavam controlados com medicação. Mas, com a gravidez e uma paragem abrupta desses medicamentos, os sintomas voltaram.
A sensação de deixar de controlar o próprio corpo, a mente, a sensação de mal-estar 24 horas por dia não a deixavam. O pensamento de que o seu filho estava a passar por tudo aquilo ainda a atormentava mais.
A fé nunca esmoreceu, mesmo quando ficou fechada em casa, com agorafobia, sem conseguir colocar um pé na rua, porque o corpo começava a tremer e sentia-se a sufocar.
Agarrando com muita força a mão de Jesus, pediu ajuda a um grupo de missionários e a um padre. Como não podia sair de casa, pediu que fossem ter com ela.
Resultado final: Esta mulher já teve um filho lindo há 4  anos. Mas ainda hoje espera pela visita dos missionários e do padre… Graças a Deus, não se afastou de Deus, mas … podia ter acontecido…

 

Esta história bem verdadeira mostra uma realidade triste. Nós, Igreja, ainda menosprezamos certas doenças do foro psicológico, como depressão, ansiedade ou síndrome de pânico.

Consideramo-las “caprichos e manias das pessoas” ou “falta de fé”. Mas não é nada disso. Estas doenças existem, afetam cada vez mais pessoas e é preciso que, nós Igreja, saiamos das nossas capelinhas, nos informemos melhor sobre estas doenças e ajudemos quem mais precisa.

Até que ponto, nós Igreja, abandonamos e menosprezamos quem sofre destes problemas mentais que a sociedade considera “luxos” ou “manias de quem nada tem para fazer”? Será que um dia Deus nos vai dizer que não Lhe demos apoio quando Ele mais precisava?

 
PS: Falo no geral, obviamente que há muitas pessoas (Igreja) que acolhem estas mulheres e homens. Só quero mesmo alertar para a necessidade de se dar mais atenção à Saúde Mental e ao apoio ao domicílio dentro da Igreja.

2 comentários:

Ailime disse...

Boa tarde Maria João,
Que caminhada a sua, minha jovem amiga.
Louvo-a pela sua persistência e dedicação ao seu amado filho já com cinco anos!
Como o tempo passa!
Não posso estar mais de acordo com o que diz explicitamente no seu testemunho, pois não fora a minha fé em Jesus...
A nossa Igreja precisar saber acolher e escancarar as portas aos "problemas" do mundo.
Senão arrisca-se a ficar cada vez mais vazia como já está a acontecer.
Temos que acompanhar os tempos e não nos fecharmos e fingir que não sabemos dos problemas dos outros.
Só sorrisos e atitudes de circunstância não matam a fome dos necessitados nem curam as debilidades por que todos já passámos um dia.
Como eu a compreendo e como nos últimos tempos também tenho andado magoada.
Fiquei feliz com a sua visita e com o seu testemunho tão frontal. A Igreja necessita de pessoas assim que desta forma desassombrada pregam a mensagem de Jesus.
Muito obrigada e uma semana abençoada.
Ailime

Canela disse...

Pior do que achar, que são manias e luxos, é acharem que são coisas demoníacas. A doença psiquiátrica existe! E dói, dói na alma...

O Papa Francisco, veio relembrar-nos como se deve fazer, sair do conforto das Igrejas e ir ao encontro de quem mais precisa.