sexta-feira, fevereiro 11, 2022

 

Teologia queer: Manter a Palavra de Deus sem levantar o dedo acusador

 


O equilíbrio entre manter os ensinamentos de Jesus, que podem ser para alguns “palavras insuportáveis” (Jo 6, 60), e ao mesmo tempo manter o respeito pelos sentimentos do nosso próximo é dos grandes desafios da Igreja atual. 

Uma das questões que vai estar em voga nos próximos tempos é a teologia queer – cristão católicos que se assumem como sendo LGBTIQA+ (homossexuais, bissexuais, etc.) A Palavra de Deus diz-nos que há homem e mulher (Gen 5, 2), mas há quem se sinta mal da forma como nasceu e que é cristão católico. Tem mesmo atividade pastoral. O que fazer? Adaptar a Palavra de Deus ao que se diz serem “outros tempos”? Não, nem pensar! E apontar o dedo e julgar? Não, nem pensar.

Então, o que fazer? Manter-nos firmes nos ensinamentos de Jesus, na Palavra que nos deixou, mas nunca esquecendo que são nossos irmãos em Cristo e que, por causa da discriminação, chegam ao ponto de pôr termo à vida. Tal como Jesus, é preciso propor, não impor. É preciso, com gestos de amor, escutar, amar e deixar que o outro escolha, livremente, o caminho que quer trilhar. Lembremos a mulher adúltera: Jesus não disse que o adultério era bom, mas também não a condenou (Jo 8, 1-11).

Cabe a cada um de nós fazer como Jesus: jamais mudar a Palavra, mas também jamais julgar e condenar o outro, sobretudo quando sabemos que esse nosso irmão pode vir a cometer suicídio, por ser alvo de dedos acusadores.


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