quinta-feira, julho 24, 2025

 

Os sinais de Deus e a teimosia humana


Pedimos muitos sinais a Deus, mas nunca (ou raramente) nos lembramos de olhar para o passado e de ver se Ele já nos falou noutras situações. Muitas vezes, o passado dá-nos as respostas, mas nós não queremos encará-las. E porquê? Porque não aceitamos a vontade de Deus.

No Pai Nosso dizemos “seja feita a Tua Vontade”, mas no coração sentimos outro desejo: seja feita a minha vontade. Isso leva-nos à cegueira e ao sofrimento. Teimamos, muitas vezes, em seguir a mesma direção que Deus já nos mostrou não ser a melhor para nós. 

Muito do sofrimento que temos hoje, tem a ver com essa cegueira, com essa teimosia em seguir a nossa vontade, em não querer interpretar os sinais bem visíveis de Deus na nossa vida. 

Como somos difíceis, meu Deus! Como complicamos tudo! Ajuda-nos a sair desta teimosia e a aceitar a Tua Vontade, que é aquela que nos vai levar à salvação eterna. Ámen.



quinta-feira, julho 17, 2025

 

Quando a dor revela a nossa verdade…

Quando uma criança está no hospital, a sentir dores, agarra-se à mãe e ou ao pai e chora. Fica ali nos seus braços, à procura de consolo. A dor até pode não parar de imediato. Ainda pode levar muitos dias… Mas a criança não deixa o colo da mãe e ou do pai.

Com Jesus é o mesmo. A vida é imprevisível e pode ser muito dolorosa. Quando nos sentimos oprimidos e cansados, Jesus convida-nos a ir ter com Ele (Mt 11,28). E como é bom ter este colo! Mas isso não significa que a dor passe de imediato.

Muitas vezes, a dor tem de se manter, porque Jesus sabe que temos algo a aprender com ela. Sabe que essa dor pode ser a única maneira de conhecermos a Verdade, nomeadamente a verdade de quem realmente somos.

É na dor que descobrimos as nossas misérias, que temos noção de até que ponto daríamos a vida ou recusaríamos uma coisa boa que é má, em nome de Deus.

Ficar no colo de Deus é um gesto que deve ser diário, mas é ainda mais importante no momento da dor, do cansaço, da desilusão, da provação. Até se pode ter vergonha da verdade que a dor nos mostra de nós mesmos. Mas jamais devemos sentir vergonha em ir ter com Jesus. Ele ama-nos como somos. Ele já nos amava antes de conhecermos essa verdade. Por isso, nunca abandonemos o colo de Jesus. É Ele, e só Ele, que nos pode consolar e dar a mão para nos desviarmos (ou para nos levantarmos) do caminho errado.




sexta-feira, julho 11, 2025

 Esperança, ainda existes?

 


Caminhando, a pensar na vida, deparo-me com esta frase num cartaz de um seminário: “Transbordar de Esperança”. Esta palavra, Esperança, é cada vez mais uma prova de que o cristão é muitas vezes visto como um louco.

Como sentir/ter esperança num mundo de guerra, onde se matam crianças que vão pedir comida; onde se anunciam, publicamente, nomes de crianças, sem qualquer respeito pela sua privacidade, apenas por serem filhos de imigrantes; onde se trata o outro, sobretudo idoso e doente, como um fardo…

Se olharmos à nossa volta, vemos crianças que estão a ser recrutadas por grupos neonazis e satanistas; crianças e jovens que odeiam mulheres; pessoas de todas as idades que acreditam em todas as desinformações/mentiras que circulam nas redes sociais… Onde está a esperança no meio de tanta desgraça, de tanta falta de princípios e valores, inclusive por parte de quem se intitula cristão?

A esperança está nas palavras de Jesus: “No mundo tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo” (Jo 16, 33) Jesus não nos engana: não diz que tudo vai correr bem. Mas promete-nos a Vida Eterna. Hoje vivemos num caos, mas não podemos perder a esperança de que, um dia, Ele voltará e, após o julgamento com base no Amor (inclusive por quem ninguém quer Mt 25,31-46), vai dar a Vida Eterna a quem preservar.

Ajuda-nos, Jesus, a ter Esperança e a levá-la aos outros, em Teu nome!